Como é realizado o Teste de Segurança Elétrica?

Você ainda possui dúvidas sobre como é feito cada Teste de Segurança Elétrica em Equipamentos Médicos?

Nosso post irá esclarecer todas as suas dúvidas e exemplificar quais medidas garantem que o Equipamento esteja nas condições de funcionamento especificadas pelo INMETRO e ANVISA.

Normas e Especificações sobre o TSE

As normas responsáveis pela especificação e cumprimento do TSE são NBR IEC 60601 e IEC 62353.
IEC 60601 estabelece requisitos gerais para segurança básica e desempenho essencial dos equipamentos eletromédicos, sendo então a principal norma que trata sobre o TSE.

A verificação da Corrente de Fuga, Inspeção visual dos cabos, Medição da resistência ao fio de aterramento, Medição do isolamento dos chassis e do fio de contato com o paciente são os testes gerais determinados pela IEC 60601, além de classificar os Equipamentos Médicos em 03 classes.

Já a IEC 62353 é utilizada para testes de dispositivos médicos em hospitais, especificando a realização de testes recorrentes e testes pós reparos dos equipamentos, com o objetivo de padronizar as técnicas de avaliação da segurança dos equipamentos.

A ausência ou má execução da realização do teste de segurança elétrica é capaz de responsabilizar o responsável por danos causados ao paciente ou ao operador.

A principal ocorrência relacionada aos equipamentos eletromédicos é o acidente envolvendo a eletrecidade (choque elétrico).

Caso ocorra (por motivos que explicaremos abaixo) os efeitos podem ser adversos e causar até a morte! Dentre eles estão as contrações musculares, fibrilações cardíacas, parada cardíaca, eletrólise sanguínea, queimadura superficial ou profunda, perturbação no sistema nervoso e inibição dos centros nervosos.

Como é realizado o testes de segurança elétrica?

Os testes de segurança elétrica são realizados em 03 situações diferentes:
De modo periódico (de acordo com a necessidade de cada equipamento)
Após a manutenção do equipamento (após reparos e consertos)
Antes da primeira utilização no paciente (após ser instalado no local onde o equipamento será utilizado)

O teste se inicia averiguando a documentação necessária para o registro do processo, identificando o estado e informações da qualidade. 

Após a verificação da documentação, é necessário que sejam feitos quatro tipos de testes especificados pelas normas obrigatória, bem como:

  • Resistência de aterramento;
  • Identificar a corrente de fuga;
  • Resistência de isolamento e, por último;
  • Funcional.

Os testes são obrigatórios para todos os equipamentos, porém podem ser feitos de modo bastante específicos dependendo das características do próprio equipamento (classe, modelo, marca, tipo de alimentação).

Verifique no manual de cada equipamento, características que podem ser específicas do mesmo.

Após todos os procedimentos, é importante que o técnico (ou responsável pelos testes) efetue a documentação do procedimento.
A documentação do processo é uma etapa fundamental executada antes, durante e depois do Teste.

Além de servir como registro caso seja necessário o requerimento de provas, com a documentação é possível ter uma visão geral do estado do equipamento e declarar possíveis conclusões.

Etapas do Teste
Teste da resistência de aterramento.

O aterramento de um equipamento permite que seja construído um caminho adequado para a circulação das correntes do sistema, evitando acidentes e garantindo melhor desempenho da instalação.

O teste da resistência de aterramento é efetuado para verificar se existe o controle das tensões e correntes através de um caminho de baixa impedância para o terra. Ou seja, se o sistema de segurança do equipamento está conforme.

Este teste é executado utilizando um dispositivo que aplique uma determinada corrente (nunca inferior à 200mA) em uma resistência de 500mΩ, com tensão em circuito aberto de no máximo 24V.

Teste da corrente de fuga

A corrente de fuga é uma corrente indesejada e não funcional que é gerada a partir de isolamentos incorretos, fios e cabos ligados de maneira inadequada ou isolantes que foram danificados.

Caso a corrente de fuga flua por uma parte do equipamento que não está aterrada ou está de maneira inadequada, ela pode passar pelo corpo de uma pessoa que efetue contato com o equipamento.

Dividida em 03 tipos de corrente, o teste da corrente de fuga possui um espaço importante no TSE pois identifica possíveis defeitos no equipamento para que sejam eliminados, impedindo os riscos de choque elétrico.

Teste da resistência de isolamento

A resistência de isolamento é um tipo de resistência elétrica do material isolante do equipamento. Mas em boas condições de uso e aplicação, este valor de resistência deve ser alto, impedindo que a corrente flua caso toque no equipamento.

De acordo com as normas, este teste deve ser feito de acordo com a instrução do próprio fabricante. Mas geralmente é executada aplicando-se 500V contínuos entre dois pontos diferentes de teste.

Teste Funcional

O último mas não menos importante teste realizado nos Equipamentos Médicos, é o teste funcional.

Mas este teste trata-se da verificação de todas as funções básicas executadas pelo equipamento, antes da utilização.

Portanto, esta etapa é muito importante e necessita ser documentada. Por se tratar de testes específicos para cada equipamento, as normas não estabelecem procedimento padrão.

Conclusão

O teste de segurança elétrica para equipamentos médicos é indispensável tanto para a segurança dos operados quanto para os pacientes. Fica sob a responsabilidade da ANVISA fiscalizar tais procedimentos.

A responsabilidade de efetuar o processo parte dos gestores e técnicos da Instituição.

É importante ressaltar que antes de qualquer teste, o manual de cada equipamento deve ser observado e servir como material de apoio para a execução dos procedimentos.

A calibração dos materiais utilizados (como multímetro, por exemplo) também possui influência direta nos resultados encontrados durante o TSE de cada equipamento.

A utilização de programas analisadores e softwares pode auxiliar durante o procedimento e podem ser adquiridos em estabelecimentos de saúde ou ferramentas online. Porém ainda não substituem a documentação.

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