Com o advento de novas tecnologias na área do diagnóstico por imagem e a constante modernização dos ambientes hospitalares, profissões com ênfase em estudos técnico-científicos, tais como a física médica e a engenharia clínica, ganham espaço em setores que antes não eram tão comuns: a medicina.
Contudo, esse avanço é recente. As novas profissões que surgem são ainda dotadas de mistério e dúvidas. Dessa forma, faz-se necessário uma análise sobre as responsabilidades dos profissionais e suas parcerias.
O que faz o físico médico?
São os especialistas responsáveis pela aplicação do ramo da Física que abrange as leis, conceitos, modelos, agentes e métodos da física para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, exercendo uma importante função na assistência médica, na pesquisa biomédica e na proteção de pacientes, funcionários e do público contra as radiações ionizantes e não ionizantes.
Qual o papel do engenheiro clínico?
Esses profissionais atuam especialmente no âmbito da tecnologia da saúde, onde são os responsáveis pelo planejamento, execução e definição de programas e políticas relacionadas a essas tecnologias. Por exemplo, no “ciclo de vida” dos equipamentos hospitalares. Como também atuam na área financeira, podem tornar o hospital menos custoso e mais eficiente.
Um trabalho multidisciplinar
A atuação conjunta desses profissionais fornece uma maior qualidade em quatro pilares fundamentais na rotina clínica:
- Treinamentos
- Equipamentos
- Ambiente hospitalar
- Gestão da Tecnologia
Treinamento
- Descrição e treinamento sobre operação de equipamentos na rotina clínica;
- Treinamentos sobre condutas e rotinas. Em outras palavras, o físico médico auxilia no esclarecimento de informações inverídicas a respeito dos equipamentos e das radiações ionizantes.
Ambiente Hospitalar
A física médica e a engenharia clínica colaboram:
- Na avaliação e seleção de fornecedores;
- No auxílio na infraestrutura hospitalar e adequação de ambientes;
- No auxílio no fluxo de pacientes e equipe interna;
- Na otimização de protocolos e impactos na redução de custos;
- No auxílio e gestão do PACS, RIS e HIS.
Gestão da tecnologia
Na gestão da tecnologia e nos aspectos administrativos, físicos médicos e engenheiros clínicos atuam em parceria nos seguintes tópicos:
- Auxílio na geração de indicadores;
- Conhecimento das legislações vigentes;
- Avaliação de ações de marketing. Por exemplo, averiguar a veracidade das informações e imagens correspondentes;
- Incorporação de novas tecnologias.
Equipamentos
Talvez um dos aspectos mais importantes e que mais envolve a interação entre os profissionais seja nos equipamentos. Nessa área, os profissionais colaboram nos seguintes tópicos:
- Descarte de equipamentos e acessórios;
- Avaliação das funções do equipamento. Ou seja, custos relacionados ao desempenho do equipamento e a aplicabilidade de suas funções;
- Aceitação de equipamentos;
- Na tomada de decisão sobre aquisição de equipamentos;
- Acompanhamento e avaliação de manutenções corretivas e preventivas;
- Apontamento sobre a descrição do parque tecnológico. Nesse caso, os físicos médicos auxiliam na elaboração do inventário de equipamentos. Por exemplo, na separação entre aparelhos emissores de radiações ionizantes e não ionizantes.
Enquanto a física médica está encarregada pela aplicação de técnicas diagnósticas em imagens médicas e terapias avançadas com o uso de radiação, a engenharia clínica aplica conhecimentos em tecnologias da saúde no gerenciamento e segurança dos aparelhos eletromédicos.
Dessa forma, a física médica e a engenharia clínica promovem juntas suporte científico e técnico para pacientes e profissionais da saúde. Sua atuação agrega confiabilidade e segurança no uso das novas tecnologias que se apresentam na medicina.
Fonte: Brasilrad