O coração do hospital: a rotina da Central de Materiais e Esterilização

O coração do hospital: a rotina da Central de Materiais e Esterilização

Dos curativos mais simples aos procedimentos cirúrgicos mais complexos, todas as configurações de uma infraestrutura hospitalar estão diretamente relacionadas ao CME (Central de Materiais e Esterilização). O centro, que movimenta produtos de saúde, é visto como o coração do hospital, pois sem ele o atendimento fica prejudicado. No entanto, mesmo com uma legislação rígida sobre o tema, muitas unidades hospitalares enfrentam problemas no dia a dia de trabalho.

Os processos básicos da CME incluem: inspeção, limpeza, preparo, embalagem, esterilização e armazenamento de produtos para saúde. E é fundamental garantir que o procedimento ocorra sem problemas em um ambiente totalmente adequado para que o processo de limpeza desses produtos não ameace a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde.

Um estudo publicado em 2004 pela Universidade do Litoral Oeste do Estado do Paraná relatou a necessidade de aumentar a conscientização sobre a relevância das CME para um ambiente hospitalar seguro. De acordo com a publicação, o centro costuma ser instalado em outra área, com móveis remanejados de outros ambientes e em colaboração com profissionais que ainda não se adaptaram à atividade.

Riscos – Seguir as melhores práticas é fundamental, pois a falha nesse processo pode contribuir para a persistência de sangue, fluidos corporais, tecidos e outros detritos biológicos em alguns desses dispositivos2. Se isso acontecer, esses resíduos normalmente invisíveis favorecem a formação de biofilmes na superfície do material, aumentando o risco de infecção associado à realização do procedimento. Além disso, o reprocessamento inadequado pode levar a outros eventos adversos, como irritação da mucosa e do tecido devido a resíduos desinfetantes no material devido a etapas de lavagem com falha.

Infecções de sítio cirúrgico são alguns dos eventos adversos mais e garantir a esterilização ideal em todos os produtos para a saúde é fundamental para mitigar qualquer risco. Porém não só o paciente cirúrgico fica exposto à riscos quando há falhas nas centrais de materiais e esterilização1. Se artigos de nebulização, por exemplo, não forem devidamente esterilizados, esses pacientes são expostos a possíveis infecções do trato respiratório, infecções essas que estão entre as três mais importantes no ambiente hospitalar.

As diretrizes também atuam para a segurança dos profissionais de saúde. Estudo3 publicado pela SOBECC (Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização) investigou a ocorrência de acidentes de trabalho e os principais riscos ocupacionais dentro da CME. Como resultado, concluiu que entre os acidentes de trabalho levantados, as lesões com perfurocortantes e as queimaduras por autoclave foram as mais representativas nas instituições.

Regulamentação – Aplicável a materiais reutilizáveis ​​como equipamentos, aparelhos e outros produtos médicos, o reprocessamento é regulamentado pela Anvisa (Autoridade Nacional de Vigilância Sanitária), além da RDC/Anvisa nº 15/2012 existem outras resoluções – estabelecendo requisitos Boas práticas em produto para saúde processamento – deve ser seguido. Primeiramente, para ser autorizado para reprocessamento, o produto não pode ser incluído na lista de produtos médicos de uso único mencionada na RE/Anvisa nº 2.605/2006 e não pode conter as palavras “Sem Reprocessamento” em seu rótulo, conforme RDC/ Anvisa nº 156/2006.

A RE/Anvisa 2.606/2006 propõe uma resolução para orientar o padrão de reprocessamento adequado, que trata do desenvolvimento, validação e implantação de protocolos para o reprocessamento de produtos médicos.

Quando se fala em uso único, um manual apresentado pela Anvisa trata dos aspectos legais, éticos e técnicos do reprocessamento de produtos e afirma que o material não pode ser reutilizado se:

– Comprovado que todas as superfícies do material não podem ser limpas;
– A esterilidade pós-reprocessamento não pode ser demonstrada;
– A avaliação de resíduos químicos tóxicos indica risco de uso no paciente;
– A integridade e funcionalidade do dispositivo de uso único não podem ser demonstradas e documentadas como seguras para o paciente.

Categorias e Equipes – Os Centros são divididos em duas categorias. O CME Classe I processa produtos de saúde não críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa para facilitar o processamento; o CME Classe II realiza todas essas operações, bem como processa produtos críticos com conformações complexas.

Para coordenar todas as atividades ali realizadas, devem contar com um profissional responsável, de nível superior, que, para a Central de Materiais e Esterilização Classe II, deve atuar exclusivamente na unidade durante toda a jornada de trabalho.

Todos os profissionais devem receber treinamento específico e regular sobre temas como classificação de nutracêuticos; conceitos básicos de microbiologia; transporte de produtos contaminados; monitoramento de processos por meio de indicadores químicos, biológicos e físicos; rastreabilidade, armazenamento de produtos higiênicos e distribuição; manutenção da esterilidade; e processo de limpeza, desinfecção, preparo, inspeção, entre outros.

Além de uma equipe dedicada trabalhando no CME, qualquer unidade que realize mais de 500 procedimentos por mês (excluindo entregas) deve ter um Comitê de Controle de Produtos de Saúde (CPPS) e, claro, o chefe do CME.

Cenário – Um estudo realizado pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia analisou as condições técnicas para o reprocessamento de produtos médicos em hospitais. Como resultado, depois de estudar quatro hospitais, ele concluiu que as instalações eram geralmente mal equipadas, o que aumentava o risco para os pacientes.

Os hospitais analisados ​​possuem CME (Central de Materiais e Esterilização) próprios para reprocessamento interno de produtos médicos. A coordenação dessas unidades é dirigida por enfermeiros, que nem sempre compreendem e compreendem plenamente a legislação vigente.

Outro ponto relevante – e tem impacto direto na gestão de risco – estava no fato de que nenhuma das unidades analisadas contava com um comitê responsável pelo gerenciamento dos produtos médicos da instituição. Além disso, em todos os hospitais observados a temperatura e a umidade relativa do ar eram inadequadas; não havia água quente nas pias utilizadas para limpeza dos produtos contaminados (água quente é fundamental para o uso de detergentes enzimáticos); não havia sistema de água potável com filtro bacteriano para retenção de conteúdos microbianos da água usada na limpeza dos artigos; não existiam lavadoras ultrassônicas (imprescindíveis para limpeza de produtos canulados) nem secadoras automatizadas; não havia balança para controle de peso dos pacotes a serem esterilizados; entre tantos outros pontos problemáticos.

A Sanders do Brasil possui soluções para sua Central de Materiais e Esterilização, como autoclaves, lavadoras ultrassônicas, reprocessadoras de endoscópios, termodesinfectoras, entre outros, todos equipamentos destinados a segurança do paciente e dos operadores.

Conheça nossas linhas de produtos, acesse nosso site: www.sandersdobrasil.com.br

Boas práticas para manejo da lavadora Termodesinfectora

Boas práticas para manejo da lavadora Termodesinfectora

Com o aumento da complexidade do desenho dos instrumentos, há a necessidade de um processo de limpeza mais criterioso. Nesse cenário, a lavadora Termodesinfectora atende a essa demanda na CME. Trata-se de uma máquina que limpa em altas temperaturas, matando os microrganismos presentes e garantindo o controle de doenças e de contaminações que podem ocorrer por meio do contato com esses materiais.​

Indústria, hospitais, clínicas e laboratórios exigem processos rigorosos de reprocessamento de seu instrumentário. Para combate aos microrganismos proliferadores de infecções contidos nos instrumentos de manipulação hospitalar, é muito utilizada a lavadora termodesinfectora.

A Termodesinfectora efetua o processo de  limpeza, termodesinfecção e secagem de materiais, atendendo às CMEs e normas da Anvisa. 

Termodesinfectora WDS-200SD – Sanders do Brasil
LAVADORA TERMODESINFECTORA – CARACTERÍSTICAS

Uma lavadora termodesinfectora conta com os mais diversos acessórios para realizar uma desinfecção eficiente.

Esses acessórios complementares são disponibilizados para maior capacidade de desinfecção de instrumentos. Assim como cirúrgicos, instrumentos MIS e instrumentos de oftalmologia, instrumentos de anestesia e instrumentos de cirurgia robótica, por exemplo.

 A Sanders do Brasil possui Lavadora termodesinfectoras da linha WDS, possui capacidade de 380 / 290 litros e documenta todo o processo, ou seja, é possível imprimir a documentação e rastreabilidade da Lavagem.

Além disso, dispensa o uso de carrinho e acompanha um Rack geral com cestos DIN.

Para exemplificar sua robustez com seu rack de cinco (5) níveis é possível lavar até 10 cestos DIN. Além disso, possui doze programações de lavagem, sendo seis pré-programadas e seis abertas para programação do usuário.

O sistema de controle da lavadora Termodesinfectora é muito eficiente. É caracterizado por um sistema de controle PLC com painel touch Screen de tela colorida que monitora e exibe status sobre o ciclo e alarmes.

Com isso torna-se muito fácil definir a duração do ciclo de lavagem, a dosagem de detergente, a temperatura da água (até 93°C ) e selecionar entre a  água fria, água quente ou água desmineralizada.

Vale lembrar que a lavadora termodesinfectora tem sua estrutura feita em aço inox AISI 304 e 316. Assim como seus painéis externos que possuem acabamento escovado.

Assim a máquina é sinônimo de durabilidade e qualidade. 

Manejo da Lavadora Termodesinfectora

Considerando a importância do equipamento, é necessário submete-lo a manutenção periódica por motivos de segurança. A segurança das lavadoras termodesinfectadoras inclui, além da avaliação da temperatura e do tempo do ciclo, a conferência do volume de detergente admitido durante a limpeza e a avaliação da eficácia desta com testes em associação às normas observadas durante a rotina de uso do equipamento. 

Conferindo o volume de detergente: Para observar se a diluição do detergente está bem calibrada, utiliza-se uma proveta graduada. Posicionamos esse instrumento na saída do dosador, dentro da lavadora, e acionamos o comando de dosagem. A quantidade de produto dentro da proveta representa a quantidade utilizada em cada ciclo. O resultado dessa ação deve ser comparado aos parâmetros preestabelecidos para o equipamento. ​

Eficácia da limpeza: Para essa avaliação, precisamos programar um ciclo de limpeza e excluir as fases de termodesinfecção e secagem, testando a capacidade de limpeza com simulação de sujidade. Para monitorar essa etapa, utiliza-se um indicador de limpeza.

Avaliação da temperatura e do tempo do ciclo:

Para confirmar se a termodesinfecção está ocorrendo, verifica-se se o tempo e a temperatura programados foram de fato atingidos. Além disso, também temos que checar rotineiramente algumas normas a serem cumpridas. Dentre essas normas, podemos citar as principais, que devem ser observados diariamente:​

  • Condutividade da água;​
  • Volume de detergente;​
  • Limpeza e fixação da grelha do reservatório de água dentro da câmara;​
  • Movimento das hastes de pulverização;​
  • Papel da impressora;​
  • Cartucho de tinta da impressora; ​
  • Vazamentos de água; ​
  • Inspeção visual da limpeza de todas as cargas.​

​Por fim, conclui-se que é preciso adotar um procedimento contínuo de testes para avaliar a operação das lavadoras termodesinfectoras. Isso nos permite diagnosticar precocemente as falhas, trazendo mais controle e qualidade ao processo automatizado de limpeza e termodesinfecção. 

AS VANTAGENS DAS LAVADORAS TERMODESINFECTORAS 

Portanto a grande vantagem da lavadora termodesinfectora é que ela é equipada com braços aspersores de líquidos sem contato com materiais que cobrem toda a área de limpeza.

Com um sistema de super secagem por turbina para circulação de ar quente filtrado por filtro absoluto (HEPA), sendo sua distribuição de ar quente uniforme por todas as zonas da câmara da lavadora.  

Com isso, logo após a  lavagem e desinfecção há uma secagem perfeita de todos os materiais desinfectados, tudo feito pela mesma lavadora.

A Sanders do Brasil é capaz de atender necessidades médicas, clínicas, industriais e laboratoriais com excelência. Além de lavadoras termodesinfectoras, o catálogo da empresa conta com lavadoras ultrassônicas, lavadoras de endoscópio, secadoras e outros, conheça nossos produtos acesse nosso site. 

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Como fazer o teste biológico da autoclave?

Como fazer o teste biológico da autoclave?

Você sabe qual a importância do teste biológico para autoclave?

Esse procedimento visa a verificação da eficiência do processo de esterilização pelo vapor sob pressão. Por meio dele, podemos entender se a autoclave está funcionando corretamente, realizando o processo como ele precisa ser.

O que o teste biológico em uma autoclave faz?

O processo de teste ocorre porque é necessário monitorar se a autoclave tem a eficiência necessária para esterilizar os instrumentos. O monitoramento com biomarcadores é o mais recomendado e confiável.
Utiliza microrganismos independentes especialmente preparados para identificar o processo de esterilização.

Para quem tem dúvidas sobre a frequência dos testes biológicos em autoclave, recomenda-se o teste semanal de acordo com as normas regulatórias.

A bactéria utilizada foi Bacillus Stearothermophylus (bactéria Coryneform). Na verdade, é uma medida de saber se sua máquina está apta para uso.

Como fazer o teste biológico da autoclave?

Acompanhe o passo a passo para fazer o teste biológico na sua autoclave.

  • Coloque o teste dentro do pacote junto com o material que irá passar pela esterilização;
  • Feche a autoclave e realize o processo de esterilização;
  • Após o ciclo de esterilização, aguarde entre 10 a 15 minutos para o resfriamento;
  • Abra o pacote e retire a ampola;
  • Na incubadora, coloque o indicador-teste (que passou pela esterilização) e o indicador-controle (que não passou pela autoclave). Assim é possível testar também se a incubadora está funcionando corretamente;
  • Dobre a parte superior da ampola plástica, resultando na quebra do vidro interno da ampola. Isso libera o contato dos esporos ao meio de cultura. Tome cuidado para não romper a parte plástica.
  • Não agite a ampola e evite derrubá-la. Além disso, sua parte superior possui um filtro que não deve ser molhado;
  • Verifique as amostras 4 vezes, de 12 em 12 horas.

O Controle e a Checagem das Amostras

Durante as 4 inspeções, atenção deve ser dada à coloração. As ampolas esterilizadas devem começar a ficar roxas, enquanto as ampolas não esterilizadas permanecerão amarelas. Isso indica que o processo de esterilização foi concluído corretamente.

Se ambas as ampolas ficarem roxas, significa que as bactérias cresceram. Como resultado, a esterilização não foi realizada corretamente e será necessária a manutenção da autoclave.

Se ambos os indicadores ficarem amarelos no final da incubação, significa que não há crescimento bacteriano. Isso indica que a incubadora requer manutenção e, portanto, a amostra esterilizada não será considerada para analise.

Em outras palavras, o frasco de teste (que foi autoclavado) permanecerá amarelo, indicando que os esporos foram destruídos. As ampolas de controle (não autoclavadas) ficarão roxas, indicando que os esporos estão vivos.

Como manusear os materiais odontológicos

Por ser um material que pode conter bactérias, o manuseio adequado dos materiais odontológicos é essencial. Portanto, esses aparelhos não podem ser descartados diretamente como lixo comum. Para manter e limpar o aparelho, basta enrolar a ampola em algodão e recolocá-la na autoclave para esterilização. Depois de esterilizados, podem ser descartados.

Sanders do Brasil é referencia em produtos de alta tecnologia para Central de Materiais e Esterilização, CMEs, com produtos destinados ao controle de infecções, entre em contato e conheça nossas soluções.

A relação entre os profissionais da física médica e a engenharia clínica

A relação entre os profissionais da física médica e a engenharia clínica

Com o advento de novas tecnologias na área do diagnóstico por imagem e a constante modernização dos ambientes hospitalares, profissões com ênfase em estudos técnico-científicos, tais como a física médica e a engenharia clínica, ganham espaço em setores que antes não eram tão comuns: a medicina.

Contudo, esse avanço é recente. As novas profissões que surgem são ainda dotadas de mistério e dúvidas. Dessa forma, faz-se necessário uma análise sobre as responsabilidades dos profissionais e suas parcerias.

O que faz o físico médico?

São os especialistas responsáveis pela aplicação do ramo da Física que abrange as leis, conceitos, modelos, agentes e métodos da física para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, exercendo uma importante função na assistência médica, na pesquisa biomédica e na proteção de pacientes, funcionários e do público contra as radiações ionizantes e não ionizantes.

Qual o papel do engenheiro clínico?

Esses profissionais atuam especialmente no âmbito da tecnologia da saúde, onde são os responsáveis pelo planejamento, execução e definição de programas e políticas relacionadas a essas tecnologias. Por exemplo, no “ciclo de vida” dos equipamentos hospitalares. Como também atuam na área financeira, podem tornar o hospital menos custoso e mais eficiente.

Um trabalho multidisciplinar

A atuação conjunta desses profissionais fornece uma maior qualidade em quatro pilares fundamentais na rotina clínica:

Treinamento

  • Descrição e treinamento sobre operação de equipamentos na rotina clínica;
  • Treinamentos sobre condutas e rotinas. Em outras palavras, o físico médico auxilia no esclarecimento de informações inverídicas a respeito dos equipamentos e das radiações ionizantes.

Ambiente Hospitalar

A física médica e a engenharia clínica colaboram:

  • Na avaliação e seleção de fornecedores;
  • No auxílio na infraestrutura hospitalar e adequação de ambientes;
  • No auxílio no fluxo de pacientes e equipe interna;
  • Na otimização de protocolos e impactos na redução de custos;
  • No auxílio e gestão do PACS, RIS e HIS.

Gestão da tecnologia

Na gestão da tecnologia e nos aspectos administrativos, físicos médicos e engenheiros clínicos atuam em parceria nos seguintes tópicos:

  • Auxílio na geração de indicadores;
  • Conhecimento das legislações vigentes;
  • Avaliação de ações de marketing. Por exemplo, averiguar a veracidade das informações e imagens correspondentes;
  • Incorporação de novas tecnologias.

Equipamentos

Talvez um dos aspectos mais importantes e que mais envolve a interação entre os profissionais seja nos equipamentos. Nessa área, os profissionais colaboram nos seguintes tópicos:

  • Descarte de equipamentos e acessórios;
  • Avaliação das funções do equipamento. Ou seja, custos relacionados ao desempenho do equipamento e a aplicabilidade de suas funções;
  • Aceitação de equipamentos;
  • Na tomada de decisão sobre aquisição de equipamentos;
  • Acompanhamento e avaliação de manutenções corretivas e preventivas;
  • Apontamento sobre a descrição do parque tecnológico. Nesse caso, os físicos médicos auxiliam na elaboração do inventário de equipamentos. Por exemplo, na separação entre aparelhos emissores de radiações ionizantes e não ionizantes.

Enquanto a física médica está encarregada pela aplicação de técnicas diagnósticas em imagens médicas e terapias avançadas com o uso de radiação, a engenharia clínica aplica conhecimentos em tecnologias da saúde no gerenciamento e segurança dos aparelhos eletromédicos.

Dessa forma, a física médica e a engenharia clínica promovem juntas suporte científico e técnico para pacientes e profissionais da saúde. Sua atuação agrega confiabilidade e segurança no uso das novas tecnologias que se apresentam na medicina.

Fonte: Brasilrad

Desafios e crescimento da Engenharia Clínica no Brasil

Desafios e crescimento da Engenharia Clínica no Brasil

A Engenharia Clínica no Brasil já vem se tornando mais consolidada e aprimorada, mas ainda enfrenta muitos desafios. O avanço das tecnologias afetou o funcionamento e a rotina de todos os setores do mundo. Com o menor contato do humano às máquinas, a responsabilidade dos ajustes e manutenções aumentou drasticamente.

Nos Brasil, após os anos 90, com a abertura econômica do mercado nacional, marcou-se o fim do processo de burocracia das importações e das dificuldades em gerar tecnologia própria mais sofisticada.

Os equipamentos hospitalares se tornaram mais modernos e complexos. E a exigência de um engenheiro clínico em um hospital se tornou obrigatória.

O grande problema, é que a oferta desses profissionais no mercado ainda é muito pequena. De acordo com um levantamento feito em 2019 pela Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin) consta que o Brasil conta com 4 mil profissionais, entre técnicos e engenheiros.

Cenário da Engenharia Clínica no Brasil

Até novembro de 2020 tivemos 5.530 hospitais públicos e 4.397 hospitais privados. Por essa questão, vemos o quanto ainda temos que avançar no crescimento da área para suprir a demanda do mercado.

Com a Pandemia tivemos o aumento de mais de 47% de leitos no Brasil. Um levantamento feito pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) a partir de dados do Ministério da Saúde mostra que o total de leitos de UTI públicos e privados passou de 45.427 em janeiro para 66.786 em junho de 2020. 

No Brasil, a Engenharia Clínica introduziu-se pressionada pelo aspecto financeiro, devido ao alto índice de equipamentos desativados e parados pela falta de manutenção e treinamento adequado. Entretanto, sua implementação foi dificultada por fatores como a insuficiência de profissionais capacitados, além da falta de uma política clara para este setor (ANTUNES, 2002). 

Entretanto, a partir de 2000 alguns paradigmas começaram a ser alterados na área da saúde. A ANVISA principiou um maior incentivo em relação à qualidade de equipamentos e procedimentos na área hospitalar. Além disso, implementou a obrigatoriedade de certificação dos equipamentos médico-hospitalares comercializados no Brasil (CALIL, 2004).

Além desse fato, houve um aumento na competição entre os hospitais devido ao crescimento dos convênios de saúde, sendo ampliadas também as opções para escolha do hospital onde o paciente desejava ser tratado, demostrando um aumento do nível de exigência. 

A competição no setor hospitalar pode ser analisada de forma diferente da competição tradicional existente nos demais setores, na qual a concorrência de preços e maximização de lucro são os principais elementos que impulsionam a concorrência. A visão tradicional da competição hospitalar tem mostrado que os hospitais disputam principalmente no que se refere à qualidade, de modo a investir em equipamentos sofisticados, atrair profissionais da saúde e oferecer um ambiente agradável, para atrair pacientes (NOETHER, 1988).

No setor público, ainda que a competição não seja um fator relevante, a criação de grupos de Engenharia Clínica foi estimulada pelos processos de acreditação hospitalar, resultando no aprimoramento do gerenciamento de equipamentos médico-hospitalares. 

Ainda que tenha seu perfil desenvolvido para atuar em ambientes hospitalares, o engenheiro clínico tem sido cada vez mais requisitados pelas indústrias fornecedoras de equipamentos médico-hospitalares para funções de desenvolvimento, homologação e certificação, além do suporte técnico.

Com essa informação, já conseguimos destacar a precariedade de profissionais capacitados na área da saúde no Brasil, visto que a demanda de profissionais ainda é baixa, para o setor hospitalar e também para indústria.

O profissional da área, atualmente, deve possuir conhecimentos para controle de custos dos equipamentos (tanto para manutenção, quanto operação), normas técnicas, gerenciamento de riscos e avaliação tecnológica, conceitos de segurança elétrica e confiabilidade dos equipamentos, investigação de incidentes, critérios para certificação de equipamentos e atividades para acreditação hospitalar (CALIL, 2004).

Fonte: Desafios e crescimento da Engenharia Clínica no Brasil

Bioética e sua importancia

Bioética: o que é e qual sua importância?

Bioética, do grego bios (vida) + ethos (ética), é a ética da vida ou ética prática, isto é, um campo de estudo inter, multi e transdisciplinar que engloba a biologia, a medicina, a filosofia, o direito, as ciências exatas, as ciências políticas e o meio ambiente.

Com foco em discutir questões, a área tenta encontrar a melhor forma de resolver casos e dilemas que surgiram com o avanço da biotecnologia, da genética e dos próprios valores e direitos humanos. Isso sempre prezando a conduta humana e levando em conta todas as áreas do conhecimento que, de alguma forma, têm implicações em nosso dia a dia.

Exemplos de casos que envolvem bioética são as polêmicas em torno do aborto, do transplante de órgãos, dos transgênicos, do uso de animais e humanos em experimentos, do uso de células-tronco, da eutanásia, do suicídio, da fertilização in vitro, entre outras.

A tomada de decisões em âmbito clínico na área acontece por meio de três princípios fundamentais:

  • A beneficência e a não maleficência (médico), ou seja, “fazer o bem” e “não causar dano”;
  • A autonomia (paciente), capacidade que cada um tem de tomar suas próprias decisões;
  • A justiça (sociedade), garantia de uma distribuição justa, equitativa e universal dos serviços da saúde.

Nesse contexto, o exercício da enfermagem é de extrema importância, pois deve se apegar a esse referencial de reflexão ética para nortear suas práticas, analisando-as em uma dimensão ou visão bioética.

Sociedade e meio ambiente

Mas não é só nos meios científico e hospitalar que a bioética existe. Os princípios da bioética também estão presentes em nosso cotidiano e no meio ambiente, em todas as relações humanas, no respeito à autonomia das pessoas e até no modo como consumimos e usufruímos dos recursos naturais.

Nesse aspecto ambiental, a bioética pode promover uma reflexão que busque um modelo sustentável que respeite e tenha responsabilidade por todos os seres vivos. Com isso, ela pode ser uma importante aliada para a análise do atual modelo de desenvolvimento, de forma a permitir a sustentabilidade para a atual e para as futuras gerações.

Bioética e avanços tecnológicos

bioética pode ser aplicada também quando falamos em estética. A reflexão por trás do assunto diz respeito à busca insistente na suposta “perfeição física” (que é socialmente construída), em que pessoas se submetem a procedimentos médicos com grandes riscos à saúde.

Esses são problemas e desafios que precisam ser enfrentados por todos os âmbitos da bioética, pois cada avanço da biologia e das ciências da saúde traz consigo obstáculos sociais e psicológicos. A pesquisa com embriões humanos, por exemplo, enfrenta problemas por ser um tema delicado que envolve tanto conceitos morais como o interesse científico e financeiro.

E esse é o papel da bioética: tentar solucionar tais dilemas a partir de seus princípios, sabendo que não há apenas uma resposta que possa ser julgada correta. A busca da área é pelo equilíbrio justo entre a ciência e o respeito à vida, reconhecendo os benefícios que o avanço científico e biológico proporcionam, mas também permanecendo alerta para os riscos que eles representam para a sociedade e para o meio ambiente.

Segurança do paciente: O protagonismo do profissional de enfermagem

segurança do paciente é um propulsor de mudanças significativas na assistência à saúde, que impactam todos  pacientes, instituições de saúde e as diversas categorias profissionais envolvidas no cuidado.

O contexto

O movimento da Segurança do Paciente, no que seria o modelo mais próximo ao que conhecemos hoje, começou em 1999, com a publicação do agora histórico relatório Errar é Humano, pelo então Institute of Medicine, nos Estados Unidos. Pela primeira vez, ficaram claros em números a extensão e a gravidade dos danos que a assistência à saúde pode causar.

Desde então, uma revolução foi colocada em curso – às vezes, não na velocidade com que gostaríamos, é verdade. Mas as mudanças são irreversíveis e irrefreáveis. Somos testemunhas da transformação na concepção de valor na saúde, que está levando à busca de modelos de cuidado centrado no paciente e, em última instância, à alteração nas formas de remunerar os hospitais pelos seus serviços. Não há mais espaço – nem recursos financeiros – para desperdícios e ineficiência. A segurança do paciente está se tornando um pilar essencial à sustentabilidade das empresas de saúde.

É inevitável que ela influencie também no papel de cada uma das categorias profissionais envolvidas na assistência à saúde. Com a enfermagem, uma das primeiras a abraçar essa “nova” missão, não é diferente. Uso o termo novo entre aspas porque registros históricos sugerem que algumas das questões que tanto discutimos hoje como prioridades dentro da segurança do paciente sempre foram preocupações na enfermagem.

Duas pesquisadores da Escola de Enfermagem da Universidade Detroit Mercy, nos Estados Unidos, conduziram um levantamento histórico muito interessante, mostrando a evolução desse conceito ao longo do último século. Ao analisar 1.085 artigos sobre enfermagem entre 1900 e 2015, elas apontaram o papel preponderante da enfermagem no desenvolvimento da segurança do paciente (1).

Evolução histórica

Entre 1900 e 1919, já se relatava a preocupação com a contagem de compressas e gazes em procedimentos cirúrgicos domiciliares, além de lesões na pele e risco de pneumonia para pacientes acamados. A “teoria dos germes”, em voga na época, levava a enfermagem a recomendar a seus profissionais a “esterilização” das mãos parq evitar a propagação de doenças.

Na década de 1920, com a descoberta da insulina, os artigos de enfermagem destacam a necessidade de cuidar da dieta dos pacientes. Na década seguinte, já se nota atenção à administração segura de medicamentos, com a recomendação de ler rótulos três vezes, usar etiquetas para identificar a dosagem , não interromper o profissional que estiver administrando medicação e identificar o paciente pelo nome antes de iniciar o processo.

Preocupação com broncoaspiração, prevenção de quedas e transporte adequado dos pacientes são temas que também aparecem ao longo das décadas seguintes – e que, ainda hoje, são muito atuais.

Planejamento

O papel histórico da enfermagem na evolução de práticas de segurança do paciente e as mudanças em curso hoje sugerem que função da enfermagem atualmente é mais estratégica do que nunca. Talvez, mais do que se prender em fazer diagnósticos de enfermagem, o papel da enfermagem seja o de planejar o cuidado, com foco na avaliação de riscos de eventos adversos, segundo o perfil e as necessidades de cada paciente.

Com essa mudança de perspectiva, a enfermagem se torna, mais do que nunca, não só um elemento essencial à saúde baseada em valor, mas a base do cuidado centrado no paciente.

Nas últimas décadas, a segurança do paciente tem se tornado um dos temas mais debatidos na área da saúde, afetando diretamente a qualidade da assistência prestada pela equipe de enfermagem. Aliás, a segurança do paciente representa um dos maiores desafios para a excelência da qualidade no serviço de saúde, uma vez que as condições de trabalho comprometem a qualidade do cuidado em todo o país, principalmente na Rede Pública de Saúde.

Diante disso, é fundamental refletir e debater sobre o papel dos enfermeiros na prestação do cuidado seguro ao paciente. Mas, por outro lado, é preciso destacar que todo profissional é passível de erros, ainda mais quando essa profissão envolve a realização de cuidados complexos, procedimentos invasivos e a permanência de horas a fio ao lado do paciente.

O enfermeiro na segurança do paciente

Visando melhorar a segurança dos pacientes em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou que sejam implementados pelos gestores de hospitais e clínicas as seguintes ações de segurança:

  • Evitar a ocorrência dos eventos adversos;
  • Torná-los visíveis, caso ocorrerem;
  • E minimizar os seus efeitos com intervenções eficazes.

É importante destacar que os eventos adversos são geralmente associados ao erro humano, mas que devem ser tratados como desencadeadores às condições de trabalho, aspectos estruturais e a complexidade das atividades desenvolvidas, tais como o avanço tecnológico com deficiente aperfeiçoamento dos recursos humanos, falhas na aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), delegação de cuidados sem a supervisão adequada e a sobrecarga de trabalho.

No que se refere ao trabalho de enfermagem, os erros mais comuns a ele relacionados acontecem na administração de remédios; na transferência de paciente e na troca de informações; no trabalho em equipe e na comunicação; na incidência de quedas e de úlceras por pressão; nas falhas nos processos de identificação do paciente, na incidência de infecção relacionada aos cuidados de saúde, entre outros.

O Brasil implementou diversos programas e políticas como a Qualidade da Gestão e Assistência Hospitalar, a Política Nacional de Humanização (PNH), a Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) com o objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do país, sejam eles públicos ou privados, segundo a prioridade dada à segurança do paciente pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Nessa perspectiva, o Ministério da Saúde incentiva os serviços de saúde a desenvolverem as seguintes ações de melhorias:

  • Identificar corretamente o paciente;
  • Melhorar a comunicação efetiva;
  • Incentivar a higienização das mãos;
  • Prevenir, controlar e notificar eventos adversos;
  • Reduzir o risco de lesões ao paciente decorrente de quedas;
  • Assegurar cirurgias com local de intervenção, procedimentos e pacientes corretos;
  • Administrar com segurança de medicamentos, principalmente os de alto-risco, sangue e hemocomponentes;
  • Reduzir o risco de infecções associadas ao cuidado da saúde;
  • Estimular a participação do paciente na assistência prestada e ações de prevenção de quedas e úlceras por pressão.

Fonte: IBSP / PEBMED

Boas práticas de biossegurança nos atendimentos odontológicos – COVID-19

No intuito de promover a segurança dos pacientes e profissionais da odontologia, a Sanders está disponibilizando este material que aborda as boas práticas de biossegurança nos atendimentos, o material contém importantes recomendações para que os profissionais de odontologia possam realizar um atendimento mais adequado neste momento de pandemia.

Recentemente, a OMS declarou uma pandemia causada pelo vírus Sars-CoV-2.

O corona vírus ou COVID-19 é uma doença respiratória transmitida por tosse, espirros, inalação de gotículas, contato indireto a mucosas orais, nasais e oculares, ou no contato com secreções respiratórias que carregavam o vírus.

O ambiente odontológico carrega inúmeros riscos devido aos procedimentos que envolvem comunicação face-a-face com pacientes e a exposição frequente à saliva, sangue e outros fluidos corporais, bem como manuseio de instrumentos perfuro cortantes.

A propagação aérea é outro fator relevante pois transmite gotículas e aerossóis, o que causa grande preocupação nas clínicas odontológicas e hospitais, porque é bastante difícil evitar a produção de grandes quantidades de aerossóis e gotículas misturadas com a saliva do paciente e até sangue durante as práticas odontológicas.

Portanto, de maneira geral os profissionais de Odontologia desempenham um papel fundamental na adoção de medidas de prevenção da transmissão, pois aerossóis e gotículas são os principais meios de propagação.

Recomenda-se que profissionais de saúde trabalhem e tomem medidas bem como, se todos os seus pacientes estivessem contaminados.

Vale lembrar que os profissionais de odontologia estão mais expostos ao vírus que os pacientes, durante um procedimento dentário os pacientes quem ficam com a cavidade oral aberta e emitindo aerossóis.

A melhor maneira de prevenir qualquer tipo de contaminação é adotar ações preventivas, impedindo a propagação do vírus, por isso o controle de ambientes com risco biológico precisa ser parte da rotina e conhecimento de todos os profissionais que trabalham com odontologia.

Desta forma esse material de Boas práticas de biossegurança nos atendimentos odontológicos – COVID-19 – foi elaborado tendo em base os 4 agentes essenciais: CLÍNICA, DENTISTA, EQUIPE AUXILIAR e PACIENTE

Boas práticas de Biossegurança – CLÍNICA

A sua clínica precisa dispor de elementos básicos para uma precaução padrão, e deve ser seguida para todos os pacientes independente da suspeita ou não de infecções:

  • Oferecer máscaras cirúrgicas de fácil acesso;
  • Dispor de Álcool Gel nos ambientes da clínica;
  • Obter Lenço descartável para higiene nasal em caso de necessidade sua ou do paciente;
  • Pia e sabonete na recepção da clínica para higienização das mãos e rosto;
  • Luvas coloque-as imediatamente antes de qualquer contato com o paciente e descarte-as logo após o uso, higienizando as mãos em seguida;
  • Óculos, máscara e avental: use óculos e máscara e ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais;
  • Caixa pérfuro-cortante: descarte, de forma adequada e em recipientes apropriados, agulhas e seringas, sem desconectá-las ou reencapá-las;
  • Se possível, a clínica pode contar com um quarto privativo confortável para isolamento de pacientes que tenham possíveis infecções para espera da consulta e recuperações pós tratamento em caso de necessidade.

As clínicas podem contar também com alertas visuais bem como placas, cartazes, e pôsteres em locais estratégicos para fornecer aos pacientes e acompanhantes, instruções sobre a forma correta de como proceder durante o atendimento.

Cuidados na sala de espera
  • Colocar tapete desinfectante bactericida na porta de entrada;
  • A sala de espera deve conter uma área de 1,2m2 por pessoa;
  • As cadeiras de espera devem conter 1 metro de distância por pessoa;
  • Optar sempre por lixeiras com acionamento por pedal para quaisquer descartes;
  • Manter o ambiente sempre arejado e ventilado;
  • Eliminar, restringir ou controlar o uso de alguns itens compartilhados pelos pacientes assim como canetas, pranchetas, telefones e revistas;
  • Realizar diariamente a limpeza e desinfecção das superfícies de ambientes utilizados pelos pacientes;
  • Realizar a cada atendimento a limpeza e desinfecção de equipamentos e produtos para saúde que tenham sido utilizados;
Cuidados na sala de atendimento

É essencial a realização da limpeza e desinfecção das superfícies da sala de atendimento e de outros ambientes utilizados pelo paciente a cada atendimento.

Agentes de desinfecção que odontológicos que podem ser utilizado nas superfícies da sala de atendimento:
  • Hipoclorito de Sódio a 1%;
  • Quaternário de amônio e biguanida;
  • Glucoprotamina;
  • Álcool 70%.

Vale lembrar que esses agentes são contraindicados para acrílicos, borrachas e plásticos pois endurecem e os tornam amarelados. No caso do uso do quaternário de amônio e biguanida ou glucoprotamina, o profissional limpa desinfecta simultaneamente com esses produtos.

Espaço da sala de atendimento
  • A sala de atendimento deve ser fechada, com área mínima de 9m2.
  • Salas de atendimento coletivo deve ter no mínimo a distância de 0,8 metros nas cabeceiras e 1m nas laterais de cada cadeira, entre 2 cadeiras deve haver a distância de 2 metros, com uma barreira mecânica entre essas no caso da distância mínima.
  • O spray emitido por uma caneta de alta rotação atinge até um raio de 2 metros, por isso esses locais expostos a tais aerossóis devem ser sempre desinfectados, lembrando que há evidencias que o corona vírus pode permanecer infeccioso em superfícies inanimadas em temperatura ambiente por até 9 dias.
A desinfecção das superfícies da sala de atendimento deve ser feita para garantir a biossegurança:
  • Das áreas menos contaminadas para as mais contaminada;
  • De cima para baixo;
  • De dentro para fora.

Obs: Atendendo todas as regras de biossegurança.

É preciso lembrar das mangueiras de ar e água e o filtro do ar acondicionado. Para a limpeza do biofilme das mangueiras de ar e água prefira utilizar ácido paracético para desinfecção de alto nível (efetivo na possível presença de matéria orgânica).

Locais que devem ser revestidos por barreiras (filmes de PVC ou sacos plásticos):
  • Botões manuais de acionamento;
  • Alças de refletores;
  • Encostos de cabeça;
  • Braços da cadeira odontológica;
  • Encosto do mocho;
  • Canetas de alta rotação;
  • Corpo da seringa tríplice;
  • Pontas de unidade de sucção;
  • Superfícies assim como: bancadas e carrinho auxiliar devem ser cobertas por campos descartáveis e impermeáveis.
  • Seringas tríplices devem ter pontas descartáveis.
Descontaminação de equipamentos e instrumentais
  • Peças de mão sem anti-refluxo devem ser evitadas para não contaminar o sistema de ar e água do equipo;
  • Todas as peças de mão (alta e baixa rotação) devem passar pelo processo de descontaminação com detergente enzimático, limpeza e esterilização de acordo com a RDC/ANVISA nº 15 de 15/03/2012;
  • Os instrumentais que forem utilizados precisam ser umectados previamente, limpos com detergentes enzimáticos, não deve ser usado detergente convencional e ao final devem ser esterilizados.
Centrais para manipulação de materiais com dois
ambientes
  • Ambiente sujo: local de lavagem e descontaminação de materiais com bancada, pia e guichê para a área limpa (sala de esterilização de material), com área mínima de 4,8 m2. As atividades de recebimento, limpeza, lavagem e separação de materiais são consideradas “sujas” e, portanto, devem ser realizadas em ambiente(s) próprio(s) e exclusivo(s) e com paramentação adequada, mediante a colocação dos seguintes EPIs: avental plástico, máscara, gorro, calçados fechados, óculos e luvas grossas de borracha (não cirúrgicas). Entretanto, deve-se permitir a passagem direta dos materiais entre esse(s) ambiente(s) e os demais ambientes “limpos” através de guichê ou similar;
  • Ambiente limpo: preparo/esterilização/estocagem de material, com bancada para equipamentos de esterilização, armários para guarda de material e guichê para distribuição de material, com área mínima de 4,8 m2.

Os materiais para o revestimento de paredes, pisos e tetos de ambientes de áreas críticas e semicríticas devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes, não podem possuir ranhuras ou perfis estruturais aparentes, mesmo após o uso e limpeza frequente.

Equipamento individuais de proteção (EPIs):
  • Jaleco/avental impermeável, touca, luvas, máscara cirúrgica e proteções de superfícies: devem ser utilizados durante atendimentos e descartados após cada atendimento em lixeira de conteúdo infectante.
  • Devem ser usados durante o contato direto com o paciente, e retirados no momento administrativo da consulta (escrita, digitação em computador, por exemplo).
  • Jalecos devem ter fechamento traseiro. Protetores de superfícies devem cobrir áreas críticas para proteção do paciente, apoio de instrumental, em especial de regiões de difícil limpeza em caso de contaminação direta.
  • Óculos e protetores faciais: devem ser utilizados nos atendimentos a pessoas com síndrome gripal, dentro do consultório. Devem ser usados durante o contato direto com o paciente (exame físico), e retirados no momento administrativo da consulta (escrita, digitação em computador, por exemplo). Podem ser desinfectados após cada consulta e reutilizados.
  • Roupas e pijamas cirúrgicos: deve-se imergir em solução de hipoclorito de sódio (roupas brancas) ou Lysoform® (roupa colorida), depois disso lavar separado de outras roupas, com água e sabão. Deve ser usado pela equipe odontológica que trabalha direto com o paciente e pelos pacientes em casos de procedimentos invasivos.
  • Respirador facial (N95): deve ser usado por profissionais envolvidos em procedimentos que gerem aerossóis (manipulação de vias aéreas, exames invasivos), podendo ser trocada a cada atendimento.
Qual tipo de máscara o profissional deve utilizar para garantir as normas de biossegurança?
  • MÁSCARA CIRÚRGICA: É utilizada rotineiramente e em pacientes suspeitos ou confirmados com o COVID-19 desde que não sejam realizados procedimentos que gerem aerossóis, com uso complementar de protetor facial;
  • MÁSCARA N95 ou PFF2: É utilizada em procedimentos que geram aerossóis em pacientes suspeitos ou confirmados com o COVID-19, com uso complementar de protetor facial. Reutilizar em situações excepcionais, guardar 4 dias acondicionado em recipiente arejado antes do reuso. Não tocar na parte externa da máscara quando reutilizada, usando as tiras laterais com luvas de procedimento novas;
  • MÁSCARA DE TECIDO: Seu uso não é recomendada em hipótese nenhuma pela OMS, bem como as feitas em casa;
Boas práticas de Biossegurança – DENTISTA
Cuidados na paramentação
  • Higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;
  • Óculos de proteção ou protetor facial;
  • Máscara cirúrgica;
  • Avental;
  • Luvas de procedimento;
  • Gorro.
Atividades de rotina – biossegurança
  1. Diariamente ao chegar fazer a desinfecção dos sapatos em um tapete desinfectante bactericida na porta de entrada;
  2. Verificar a temperatura corporal e se estiver acima de 37 graus observar se tomou vacina para gripe a mais de 10 dias, e retornar para casa em observação;
  3. Remover anéis, colares, brincos e outros ornamentos;
  4. Higienizar as mãos e rosto com água e sabão no banheiro;
  5. Fazer a desinfecção do celular com papel toalha descartável embebido em álcool 70;
  6. Desinfetar bolsas que vão entrar na clínica com spray de álcool 70, as demais devem ser guardadas nos armários. Sempre que necessitar acessá-las, não se esqueça de lavar as mãos com água e sabão de forma correta;
  7. Colocar o propé em polipropileno 30 gramas;
  8. Vestir gorro em polipropileno 30 gramas, de tamanho adequado, acomodando todo o cabelo e orelhas no seu interior;
  9. Vestir jaleco avental em polipropileno 30 gramas com mangas longas, punhos com elástico e gola tipo colarinho. Comprimento 3/4, até metade da canela, fechamento traseiro com alças na altura dos ombros e na altura da cintura;
Assim como..
  1. Colocar máscara tipo concha N95 ou PFF2 e protetor facial para atendimentos com grande aerossolização. Nesse sentido, Para aumentar a vida útil da máscara N95 ou PFF2 pode-se utilizar uma mascara cirúrgica sobreposta. Para atendimento clínico sem aerosol máscara cirúrgica (3 filtros), conforme nota técnica nº 08/2020 da Anvisa. Lembre-se vírus permanecem suspensos no aerosol, então para sua proteção não remova a máscara no ambiente da clínica;
  2. Colocar óculos de proteção, com alça de elástico ou fechamento lateral;
  3. No atendimento dentro da clínica utilizar luvas de procedimento de látex ou vinilica, sempre que remover as luvas, deve fazer nova lavagem das mãos com água e sabão e secar com papel toalha descartável. Lembre-se que ao tocar em alguma parte na clínica com a luva, ela deve ser desinfetada com álcool 70 gel ou trocada imediatamente. Sobreluvas plásticas podem auxiliar em caso de necessidade;
  4. Para cirurgias, deve fazer a degermação cirúrgica das mãos com degermante a base de clorexidina 2%, secagem com lenço de banho;
  5. No caso de cirurgias deve-se vestir pijama cirúrgico e sobre esse o jaleco/avental cirúrgico impermeável e usar luvas cirúrgicas estéreis.
Desparamentação (remoção dos EPIs)

Portanto para o profissional de saúde, esse procedimento é crítico para se evitar potencial contaminação.

  1. Remova as luvas;
  2. Em seguida remova a proteção facial de trás para frente;
  3. Remova o jaleco/avental puxando pela região dos ombros;
  4. Remova gorro e máscara em movimento único de trás pra frente;
  5. Para a desinfecção da viseira utilize novas luvas;
  6. Higienize as mãos e rosto sempre ao final de todo processo e as mãos após cada passo.
Atendimentos de urgência em pacientes com COVID-19
  • Em casos de pulpite irreversível de pacientes com COVID-19, fazer sob isolamento absoluto e a exposição da polpa se possível, ser feita por meio químico-mecânico manuais;
  • Em casos de contusão de tecidos moles de pacientes com COVID-19, devem realizar suturas preferencialmente com fio absorvível;
  • Nesse sentido, o enxágue da ferida deve ser feita lentamente para evitar pulverização.
Cuidados de biossegurança ao sair da clínica ou chegar em casa
  • Deixe bolsa, carteira, chaves e outros objetos pessoais em uma caixa na entrada de seu consultório;
  • Ao voltar para casa, não toque em nada sem antes se higienizar;
  • Retire os sapatos;
  • Higienize seu aparelho celular e os óculos com álcool 70%;
  • Tire sua roupa e coloque-a em uma sacola dentro do cesto de roupas sujas. Lave com alvejante, recomendado acima de 60°;
  • Tome banho e higienize bem as áreas mais expostas bem como mãos, punhos, pescoço e rosto.

Você profissional de odontologia, confira: Boas práticas de biossegurança nos atendimentos odontológicos – COVID-19 – Parte 2 , e continue descobrindo mais sobre essas boas práticas focadas nos dois próximos agentes essenciais: EQUIPE AUXILIAR e PACIENTE.

A Sanders do Brasil possui soluções para biossegurança, como autoclaves, lavadoras ultrassônicas, reprocessadoras de endoscópios, termodesinfectoras, entre outros, todos equipamentos destinados a segurança do paciente e dos operadores.
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Boas práticas de biossegurança nos atendimentos odontológicos – COVID-19 – Parte 2

No intuito de promover a segurança dos pacientes e profissionais da odontologia, a Sanders está disponibilizando este material que aborda as boas práticas de biossegurança nos atendimentos odontológicos durante a pandemia causada pela COVID-19 – Parte 2, o material contém importantes recomendações para que os profissionais de odontologia possam realizar um atendimento mais adequado neste momento tão delicado.

Vale lembrar que essa é a segunda parte do material, por isso se você acessou diretamente esse conteúdo, clique no link Boas práticas de biossegurança nos atendimentos odontológicos – COVID-19 e confira primeira parte.

Boas práticas de Biossegurança – EQUIPE AUXILIAR

Profissionais de apoio (que prestem assistência a menos de 1 metro dos pacientes):

  1. Higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;
  2. Óculos de proteção ou protetor facial;
  3. Máscara cirúrgica;
  4. Avental;
  5. Luvas de procedimento;
  6. Gorro.

Profissionais de apoio : recepção e seguranças (que
precisem entrar em contato, a menos de 1 metro):

  1. Higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;
  2. Distanciamento social especialmente em caso suspeito de infecção viral;
  3. Máscara cirúrgica (se não for possível manter a distância de um metro dos pacientes com sintomas gripais)
  4. Observação: usar durante o turno de trabalho, trocar a máscara se estiver úmida ou suja.

Profissionais de apoio: Higiene e limpeza ambiental (quando realizar a limpeza do quarto/área de isolamento):

  1. Higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;
  2. Gorro;
  3. Óculos de proteção ou protetor facial;
  4. Máscara cirúrgica;
  5. Avental;
  6. Luvas de borracha com cano longo;
  7. Botas impermeáveis de cano longo.
Cuidados de biossegurança dos profissionais de apoio:
  • Ao agendar consultas, instrua os pacientes e acompanhantes a informar já na chegada ao serviço se estiverem com sintomas de alguma infecção respiratória (por exemplo, tosse, coriza, febre, dificuldade para respirar) e tomar as ações preventivas apropriadas, por exemplo, usar máscara cirúrgica a partir da entrada do serviço, se puder ser tolerada;
  • Manter pelo menos 1 metro de distância de pacientes visivelmente infectados e utilizar uma máscara (descartável) apenas quando estiver perto do paciente.
  • Evitar o contato com as secreções do paciente, quando for descartar o lixo do paciente, utilizar luvas descartáveis.
  • Os profissionais devem lavar com água e sabão ou higienizar as mãos com álcool gel com frequência, após tocar objetos, outras pessoas ou usar o banheiro;
  • Se a pessoa tiver acompanhante, este deve ser orientado a não entrar no ambiente clínico, salvo em situações de necessidade;
  • Os profissionais diretamente envolvidos no atendimento clínico permanecerão com estas em local fechado (consultório), tocando-o e examinando-o, devem usar EPI (gorro, máscara, avental, luvas, óculos de proteção), que devem ser trocados a cada atendimento, com exceção dos óculos.
Rotinas de biossegurança dos profissionais de apoio clínico:
  • Antes de mais nada diariamente ao chegar, fazer desinfecção dos sapatos em tapete desinfectante bactericida na porta de entrada,
  • Verificar a temperatura corporal do funcionário e se estiver acima de 37 graus e relatar se tomou vacina para gripe a mais de 10 dias, e pedir para retornar a sua casa em observação;
  • Antes de entrar em ambiente clínico, remover anéis, colares, brincos e outros ornamentos, guardar pertences pessoais no seu armário, lavar as mãos com água e sabão no banheiro, fazer a desinfecção do celular com papel toalha descartável embebido de álcool 70.
  • Desinfetar bolsas que vão entrar na clínica com álcool 70 spray. Sempre que necessitar acessar seus pertences, não se esqueça de lavar as mãos com água e sabão de forma correta;
  • Colocar o propé em polipropileno 30 gramas para entrar em ambiente clínico;
  • Vestir gorro em polipropileno 30 gramas, de tamanho adequado, acomodando todo o cabelo e orelhas no seu interior. Vestir jaleco/ avental em polipropileno 30 gramas com mangas longas, punhos com elástico e gola tipo colarinho. Comprimento 3/4, até metade da canela, fechamento traseiro com alças na altura dos ombros e na altura da cintura;
  • Colocar máscara tipo concha N95 ou PFF2 e protetor facial para atendimentos com aerossolização. Para atendimento clínico se aerosol máscara cirúrgica (3 filtros), conforme nota técnica nº 08/2020 da Anvisa. Lembre-se vírus permanecem suspensos no aerosol, então para sua proteção não remova a máscara no ambiente da clínica.
  • Colocar óculos de proteção, com alça de elástico ou fechamento lateral;
Assim como…
  • No atendimento dentro da clínica utilizar luvas de procedimentos de látex ou vinilica, sempre que remover as luvas, deve fazer nova lavagem das mãos com água e sabão e secar com papel toalha descartável, em caso de necessidade utilize sobre luvas plásticas descartáveis. Lembre-se que ao tocar em alguma parte na clínica com a luva, ela deve ser desinfetada com álcool 70 gel ou trocada imediatamente;
  • Para cirurgias deve fazer a degermação cirúrgica das mãos com degermante a base de clorexidina 2%, secagem com compressa cirúrgica estéril. No caso de cirurgias deve-se vestir pijama cirúrgico e sobre esse o jaleco/avental cirúrgico impermeável e usar luvascirúrgicas estéreis;
  • Na lavagem do instrumental usar luvas grossas tipo doméstica de cor vermelha, para embalagem do instrumental de cor azul, da mesma forma para a desinfecção dos equipamentos de cor amarela;
  • Ao final de cada atendimento, para remover instrumental da mesa cirúrgica utilizar luvas grossas, depositando-os dentro de tapware para o transporte até a central de esterilização;
  • Caso haja contaminação por matéria orgânica da vestimenta, ela deve ser trocada imediatamente e dispensada no lixo hospitalar imediatamente;
Ao fim do expediente…
  • Ao final do expediente remover o propé, luvas (sem tocar no lado externo), avental, gorro e sobre máscara e dispensa-los no lixo hospitalar. Óculos de proteção devem ser dispensados dentro de recipiente com solução desinfetante. A máscara PFF2 caso tenha sujidade ou úmida deve ser descartada no lixo hospitalar, caso contrário, dispensá-la em local previamente desinfetado para reutilização. Lembre-se de não tocar no lado externo da máscara.
  • Lavar as mãos com água e sabão de forma correta, enxugar com papel toalha estéril, desinfetar com álcool 70 gel, deixar secar, apanhar seus pertences no armário e retornar a sua casa. Mas caso seu armário seja utilizado por outra pessoa em outro expediente deverá fazer a desinfecção do mesmo ao sair.
  • Se houver necessidade de encaminhamento do paciente para outro serviço de saúde, sempre notificar previamente os cuidados com o paciente para o serviço que referenciado.
Desparamentação (remoção dos EPIs):

Portanto para o profissional de saúde, essas práticas de biossegurança são críticas para se evitar potencial contaminação;

  • Remova as luvas;
  • Em seguida remova a proteção facial de trás para frente;
  • Remova o jaleco/avental puxando pela região dos ombros;
  • Remova gorro e máscara em movimento único de trás pra frente;
  • Para a desinfecção da viseira utilize novas luvas;
  • Higienize as mãos e rosto sempre posteriormente ao processo e as mãos após cada passo.
Cuidados ao sair da clínica ou chegar em casa:
  • Deixe objetos bem como: bolsa, carteira, chaves e outros objetos pessoais em uma caixa na entrada de seu consultório.
  • Ao voltar para casa, não toque em nada sem antes se higienizar.
  • Retire os sapatos.
  • Higienize seu aparelho celular e os óculos com álcool 70%.
  • Tire sua roupa e coloque-a em uma sacola dentro do cesto de roupas sujas. Lave com alvejante, recomendado acima de 60°.
  • Tome banho e higienize bem as áreas mais expostas, assim como mãos, punhos, pescoço e rosto.
Boas práticas de Biossegurança – PACIENTE

O seu papel de profissional da saúde é fundamental para orientar e explicar todas as práticas de biossegurança e como o paciente deve agir para prevenir a propagação de vírus e doenças contagiosas, e, além disso, passar segurança aos seus pacientes, afinal dentistas são profissionais treinados em sua formação acadêmica para trabalhar em ambientes de alto risco biológico.

Aqui reunimos as recomendações para transmitir aos pacientes, para que tenha um atendimento seguro para ele e para você, profissional.

Cuidados gerais de biossegurança que pacientes devem ter ao chegar em uma clínica odontológica:
  • Orientar os pacientes que caso estejam com gripe ou tosse, que coloquem uma máscara antes de sair de casa e adotem as medidas de etiqueta respiratória:
  • Se tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com cotovelo flexionado ou lenço de papel;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal (descartar imediatamente logo depois do uso, assim como, realizar a higiene das mãos);
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Realizar a higiene das mãos.
  • Lavagem mão e rosto: realizar a higiene das mãos assim como o rosto com água e sabão por 20 segundos.
  • Caso necessário, fazer a desinfecção das mãos com álcool gel.
  • Não tocar no rosto.
  • Termômetro: solicitar ao atendente a aferição da temperatura corporal.
  • Prenda o cabelo e evite usar brincos, anéis e correntes.
  • Bolsa: verifique se a clínica oferece um local seguro para guardar sua bolsa na sala de espera ou deixe-a com um acompanhante. Caso opte por entrar com a bolsa em ambiente clínico, recomenda-se desinfectar com álcool 70 em spray.
  • Utilizar um protetor para calçados (propé) fornecido pela clínica (salto alto limita a utilização desse protetor).
Práticas de biossegurança para pacientes e acompanhantes ao chegarem a uma consulta odontológica

Pacientes e acompanhantes devem ser orientados a informar já na chegada à clínica se estiverem com sintomas de alguma infecção respiratória (como por exemplo, tosse, coriza, febre, dificuldade para respirar) e devem-se tomar as ações preventivas apropriadas, como uso de máscara cirúrgica logo na entrada (devem haver mascaras cirurgicas disponiveis na entrada na clinica, caso contrario um paciente gripado deve solicitar), se puder ser tolerada, e realizar distanciamento social;

  • Recomenda-se que na porta de entrada da clínica, o paciente faça a desinfecção dos seus calçados em tapete desinfetante bactericida;
  • Lavar as mãos com água e sabão por 20 segundos, secar com papel toalha descartável e fazer a desinfecção das mãos com álcool em gel 70%, deixando secar naturalmente. Após a desinfecção não tocar em mais nada, inclusive o celular, que deve permanecer desligado;
  • Assim que adentrar na clínica, é recomendado que a atendente afira a temperatura corporal do paciente com um termômetro digital infravermelho e atualize a anamnese (mesmo quando o paciente é de retorno, sempre perguntar sobre sintomatologia viral ou se algum familiar, amigo, conhecido teve ou está com algum sintoma). Se o paciente tiver temperatura superior a 37 graus, deve-se fornecer máscara ao paciente, instruir sobre os sintomas e pedir para retornar a sua casa para repousar e buscar atendimento médico;
  • Quando entrar em ambiente clínico, remover anéis, pulseira, e outros acessórios. Logo depois desligar e guardar o celular, desinfetar bolsas com álcool 70% em spray;
Assim como…
  • Colocar o propé em polipropileno 30 gramas;
  • Devido a sensibilidade do vírus à oxidação, recomenda-se antissepsia pré-operatória com peróxido de hidrogênio de 0,5 de 1% ou polvidona a 0,2%), com o objetivo de reduzir a carga viral. A clorexidina parece não ser eficaz. Realizar este procedimento após redução consistente da saliva residual, por aspiração contínua. A indicação do uso de agentes de oxidação é exclusivamente para pré-procedimento, não é recomendado o uso contínuo desse produto pelo paciente.
  • O bochecho pré-procedimento (15mL da solução por 30 segundos), realizado pelo paciente, somente deve ocorrer se o mesmo estiver consciente, orientado e contactuante e sem ventilação mecânica.
  • Não utilizar a cuspideira e sim a mesma pia que foi utilizada para a higienização das mãos e rosto;
  • Fornecer ao paciente gorro de polipropileno 30 gramas, e orientar para que todo o cabelo e orelhas fiquem dentro do gorro;
  • Fornecer avental em polipropileno 20 gramas de manga longa com elástico, com fechamento posterior e alças na altura dos ombros e na altura da cintura;
  • Orientar pacientes que ao sair da clínica remova o propé, tomando o cuidado de não tocar na sola e no sapato. Logo depois remova o gorro pela parte interna e o avental, depositando-os no lixo hospitalar;
  • Retornar ao banheiro para lavar as mãos com água e sabão comum, secar com papel toalha descartável e desinfetar as mãos com álcool em gel 70%, espera secar e retornar para casa em segurança.
Práticas de biossegurança ao chegar em casa
  • Deixe bolsa, carteira, chaves e outros objetos pessoais em uma caixa na entrada do consultório.
  • Ao voltar para casa, não toque em nada sem antes se higienizar.
  • Retire os sapatos.
  • Higienize seu aparelho celular e os óculos com álcool 70%.
  • Tire sua roupa e coloque-a em uma sacola dentro do cesto de roupas sujas. Logo depois Lave com alvejante, recomendado acima de 60°.
  • Tome banho e higienize bem as áreas mais expostas assim como mãos, punhos, pescoço e rosto.
Assistência odontológica em pacientes com quadro de infecção viral aguda

O tratamento odontológico apresenta um alto risco para a disseminação de vírus, justamente pela alta carga viral presente nas vias aéreas superiores e devido à grande possibilidade de exposição à materiais biológicos proporcionado pela geração de aerossóis durante os procedimentos.

Portanto, especialmente em tempos de surto de COVID-19, os procedimentos odontológicos recomenda-se, serem restritos a casos emergenciais e de urgência, os quais são citados: sangramento descontrolado; celulite facial ou bactéria difusa em partes moles, infecção intra-oral ou extra-oral, com inchaço que potencialmente comprometa a via aérea do paciente; e trauma envolvendo ossos faciais, com potencial comprometimento das vias aéreas do paciente.

Quadros de urgência representam dor extrema ou riscos de piora do quadro sistêmico do paciente em pouco tempo e também devem ser tratados.

Sob o mesmo ponto de vista, segue abaixo orientações para ajudar na tomada de decisões e identificação dos casos:

EMERGÊNCIA

Situações que potencializam o risco de morte o paciente.

  • Sangramentos não controlados.
  • Celulites ou infecções bacterianas difusas, com aumento de volume (edema) de localização intra-oral ou extra-oral, e potencial risco de comprometimento da via aérea do paciente.
  • Traumatismo envolvendo os ossos da face, com potencial comprometimento da via aérea do paciente.
URGÊNCIA

Situações que determinam prioridade para o atendimento, mas não potencializam o risco de morte do paciente.

  • Pericoronarite.
  • Dor odontogênica aguda (Pulpite).
  • Alveolite.
  • Abscessos dentários ou periodontais.
  • Fratura dentária que resulta em dor ou trauma de tecidos moles bucais.
  • Necessidade de tratamento odontológico prévio a procedimento médico crítico.
  • Cimentação de coroas ou próteses fixas.
  • Biópsias.
  • Ajustes de órteses e próteses que estejam causando dor, comprometendo a função mastigatória.
  • Finalização de tratamento ou troca de medicação intracanal.
  • Remoção de lesões de cárie extensas ou restaurações que estejam causando dor.
  • Tratamento de necroses teciduais.
  • Mucosites.
  • Trauma dentário com avulsão ou luxação.
Atenção !

O presente manual não substitui as orientações da Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde e demais órgãos relacionados, bem como não substitui as instruções de uso específicas dos produto mencionados. É de responsabilidade exclusiva do profissional dentista avaliar cada caso clínico antes de utilizar os produtos ou aplicar as técnicas difundidas no manual.

Você profissional de odontologia, confira: Boas práticas de biossegurança nos atendimentos odontológicos – COVID-19 , e continue descobrindo mais sobre essas boas práticas focadas nos dois primeiros agentes essenciais: CLÍNICA e DENTISTA.

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Fotopolimerizador | Introdução aos cuidados

O Fotopolimerizador começou a ser mais utilizado primeiramente a partir da década de 70, através da utilização de resinas compostas.

Quanto a sua luz, no passado, era utilizado o tradicional sistema de luz halógena.

Tempos depois, os fabricantes passaram a utilizar fontes de laser de argônio e arco de plasma de xenônio.

Reduzindo assim o tempo de polimerização com uma grande otimização da hora clínica de consultório.

Nesse sentido, os modelos mais novos de fotopolimerizador contam com luzes de LED, fazendo com que ele já emita a luz azul de forma direta, evitando a necessidade de se comprimir outras ondas de luzes.

Por consequência, faz com que o aparelho não sofra com o alto aquecimento.

Luz azul do fotopolimerizador

O agente que inicia a resina, geralmente é o canforoquinona, que é fotoativado através do comprimento de onda de luz visível na média de 470nm.

Alguns modelos de fotopolimerizadores podem atuar de forma mista, alterando sua intensidade conforme o processo vai acontecendo. Isso varia de acordo com uma programação do dentista, evitando a contração de polimerização das resinas compostas.

A cor azul do fotopolimerizador aquece de forma uniforme toda a estrutura molecular da resina, alterando-a e fazendo com ela se prenda de forma uniforme, trazendo maior resistência e durabilidade àquele material.

Cuidados com o fotopolimerizador

O fotopolimerizador é uma peça de alto valor e que tende a durar por muitos anos. Mas para isso, alguns cuidados precisam ser tomados para que essa durabilidade seja alta. Alguns deles são:

  • Primeiramente, guarde o seu equipamento em local apropriado, protegido de raios solares e umidade.
  • O condutor de luz não pode ser mergulhado em solventes ou substâncias que contenham acetona na sua composição
  • Evitar que o terminal condutor de luz toque a resina a ser polimerizada. Isso fará com que os resíduos não obstruam o feixe de luz;
  • O equipamento não pode sofrer quedas;
  • Caso a ponteira condutora de luz seja danificada (quebra, riscos ou sujeiras que não possam ser retirados facilmente), esta deve ser encaminhada para a manutenção e realização de um novo polimento ou substituição;
  • Jamais utilize iodopovidona, glutaraldeídos ou produtos clorados, pois com o tempo podem produzir ataques superficiais sobre o corpo do instrumento;
  • Não tente reparar componentes defeituosos ou substituir por partes de outro aparelho. Somente com a utilização das peças originais é garantido o perfeito funcionamento do aparelho;
  • Após cada ciclo de utilização, remova a ponteira condutora de luz e o protetor ocular.
Limpeza e assepsia

Outro fator importante que possibilita uma maior durabilidade, é a conservação através da limpeza e assepsia. Em suma a assepsia habitual ou corrente deverá ser feita antes e depois do atendimento de cada paciente, garantindo que nenhuma contaminação ocorra de um paciente para outro.

A ponteira de fibra óptica pode ser esterilizada em Autoclave a 134°C a pressão de 2,3 kg/cm2. Já a ponteira de polímero NÃO deve ser autoclavada. Para efetuar a limpeza e desinfecção do seu equipamento, pode-se utilizar substâncias bactericidas bem como:

  • Lenços umedecidos com líquido desinfetante de superfície;
  • A limpeza dos óculos, do protetor ocular e da ponteira condutora de luz pode ser realizada utilizando lenços descartáveis umedecidos com álcool 70%, assim como, lavados com água e sabão neutro.
Considerações finais

De acordo com alguns autores, independente do fotopolimerizador utilizado, a qualidade da luz é de fundamental importância para o sucesso clínico dos procedimentos realizados com materiais resinosos.

Assim, a intensidade ou densidade de potência da luz emitida preconizada é de 470 mW/cm2 para adequada fotopolimerização de incrementos dos compósitos de até 2 mm.

Portanto, apesar de toda a preocupação quanto à qualidade da luz emitida e técnicas de fotopolimerização, estudos demonstram a falta de conscientização dos profissionais quanto à manutenção de seus aparelhos fotopolimerizadores. Foi constatado que muitos profissionais realizam a troca da lâmpada halógena apenas depois que esta queima.

Além disso, não é realizado o monitoramento da intensidade de luz dos seus aparelhos com um radiômetro.

O correto é que um protocolo de manutenção preventiva e periódica dos aparelhos fotopolimerizadores seja feito, o que, dessa forma, poderia evitar a diminuição excessiva da intensidade de luz emitida.

A Sanders do Brasil possui soluções para biossegurança, como autoclaves, lavadoras ultrassônicas, reprocessadoras de endoscópios, termodesinfectoras, entre outros, todos equipamentos destinados a segurança do paciente e dos operadores.
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