O coração do hospital: a rotina da Central de Materiais e Esterilização

O coração do hospital: a rotina da Central de Materiais e Esterilização

Dos curativos mais simples aos procedimentos cirúrgicos mais complexos, todas as configurações de uma infraestrutura hospitalar estão diretamente relacionadas ao CME (Central de Materiais e Esterilização). O centro, que movimenta produtos de saúde, é visto como o coração do hospital, pois sem ele o atendimento fica prejudicado. No entanto, mesmo com uma legislação rígida sobre o tema, muitas unidades hospitalares enfrentam problemas no dia a dia de trabalho.

Os processos básicos da CME incluem: inspeção, limpeza, preparo, embalagem, esterilização e armazenamento de produtos para saúde. E é fundamental garantir que o procedimento ocorra sem problemas em um ambiente totalmente adequado para que o processo de limpeza desses produtos não ameace a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde.

Um estudo publicado em 2004 pela Universidade do Litoral Oeste do Estado do Paraná relatou a necessidade de aumentar a conscientização sobre a relevância das CME para um ambiente hospitalar seguro. De acordo com a publicação, o centro costuma ser instalado em outra área, com móveis remanejados de outros ambientes e em colaboração com profissionais que ainda não se adaptaram à atividade.

Riscos – Seguir as melhores práticas é fundamental, pois a falha nesse processo pode contribuir para a persistência de sangue, fluidos corporais, tecidos e outros detritos biológicos em alguns desses dispositivos2. Se isso acontecer, esses resíduos normalmente invisíveis favorecem a formação de biofilmes na superfície do material, aumentando o risco de infecção associado à realização do procedimento. Além disso, o reprocessamento inadequado pode levar a outros eventos adversos, como irritação da mucosa e do tecido devido a resíduos desinfetantes no material devido a etapas de lavagem com falha.

Infecções de sítio cirúrgico são alguns dos eventos adversos mais e garantir a esterilização ideal em todos os produtos para a saúde é fundamental para mitigar qualquer risco. Porém não só o paciente cirúrgico fica exposto à riscos quando há falhas nas centrais de materiais e esterilização1. Se artigos de nebulização, por exemplo, não forem devidamente esterilizados, esses pacientes são expostos a possíveis infecções do trato respiratório, infecções essas que estão entre as três mais importantes no ambiente hospitalar.

As diretrizes também atuam para a segurança dos profissionais de saúde. Estudo3 publicado pela SOBECC (Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização) investigou a ocorrência de acidentes de trabalho e os principais riscos ocupacionais dentro da CME. Como resultado, concluiu que entre os acidentes de trabalho levantados, as lesões com perfurocortantes e as queimaduras por autoclave foram as mais representativas nas instituições.

Regulamentação – Aplicável a materiais reutilizáveis ​​como equipamentos, aparelhos e outros produtos médicos, o reprocessamento é regulamentado pela Anvisa (Autoridade Nacional de Vigilância Sanitária), além da RDC/Anvisa nº 15/2012 existem outras resoluções – estabelecendo requisitos Boas práticas em produto para saúde processamento – deve ser seguido. Primeiramente, para ser autorizado para reprocessamento, o produto não pode ser incluído na lista de produtos médicos de uso único mencionada na RE/Anvisa nº 2.605/2006 e não pode conter as palavras “Sem Reprocessamento” em seu rótulo, conforme RDC/ Anvisa nº 156/2006.

A RE/Anvisa 2.606/2006 propõe uma resolução para orientar o padrão de reprocessamento adequado, que trata do desenvolvimento, validação e implantação de protocolos para o reprocessamento de produtos médicos.

Quando se fala em uso único, um manual apresentado pela Anvisa trata dos aspectos legais, éticos e técnicos do reprocessamento de produtos e afirma que o material não pode ser reutilizado se:

– Comprovado que todas as superfícies do material não podem ser limpas;
– A esterilidade pós-reprocessamento não pode ser demonstrada;
– A avaliação de resíduos químicos tóxicos indica risco de uso no paciente;
– A integridade e funcionalidade do dispositivo de uso único não podem ser demonstradas e documentadas como seguras para o paciente.

Categorias e Equipes – Os Centros são divididos em duas categorias. O CME Classe I processa produtos de saúde não críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa para facilitar o processamento; o CME Classe II realiza todas essas operações, bem como processa produtos críticos com conformações complexas.

Para coordenar todas as atividades ali realizadas, devem contar com um profissional responsável, de nível superior, que, para a Central de Materiais e Esterilização Classe II, deve atuar exclusivamente na unidade durante toda a jornada de trabalho.

Todos os profissionais devem receber treinamento específico e regular sobre temas como classificação de nutracêuticos; conceitos básicos de microbiologia; transporte de produtos contaminados; monitoramento de processos por meio de indicadores químicos, biológicos e físicos; rastreabilidade, armazenamento de produtos higiênicos e distribuição; manutenção da esterilidade; e processo de limpeza, desinfecção, preparo, inspeção, entre outros.

Além de uma equipe dedicada trabalhando no CME, qualquer unidade que realize mais de 500 procedimentos por mês (excluindo entregas) deve ter um Comitê de Controle de Produtos de Saúde (CPPS) e, claro, o chefe do CME.

Cenário – Um estudo realizado pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia analisou as condições técnicas para o reprocessamento de produtos médicos em hospitais. Como resultado, depois de estudar quatro hospitais, ele concluiu que as instalações eram geralmente mal equipadas, o que aumentava o risco para os pacientes.

Os hospitais analisados ​​possuem CME (Central de Materiais e Esterilização) próprios para reprocessamento interno de produtos médicos. A coordenação dessas unidades é dirigida por enfermeiros, que nem sempre compreendem e compreendem plenamente a legislação vigente.

Outro ponto relevante – e tem impacto direto na gestão de risco – estava no fato de que nenhuma das unidades analisadas contava com um comitê responsável pelo gerenciamento dos produtos médicos da instituição. Além disso, em todos os hospitais observados a temperatura e a umidade relativa do ar eram inadequadas; não havia água quente nas pias utilizadas para limpeza dos produtos contaminados (água quente é fundamental para o uso de detergentes enzimáticos); não havia sistema de água potável com filtro bacteriano para retenção de conteúdos microbianos da água usada na limpeza dos artigos; não existiam lavadoras ultrassônicas (imprescindíveis para limpeza de produtos canulados) nem secadoras automatizadas; não havia balança para controle de peso dos pacotes a serem esterilizados; entre tantos outros pontos problemáticos.

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Tudo sobre a esterilização de materiais odontológicos

A esterilização de materiais odontológicos é o método pelo qual todos os microrganismos são destruídos, inclusive os esporos de bactérias, que são formas de resistência. Vale ressaltar que a morte microbiana é definida como a incapacidade de reprodução. Ou seja, microrganismos presentes no material estéril não são capazes de se reproduzir e causar infecções.

Entenda a importância da esterilização dos materiais odontológicos

Primeiramente, é preciso compreender que algumas bactérias podem apresentar duas formas de desenvolvimento. Assim, chama-se de forma vegetativa a bactéria que se reproduz ativamente, dobrando sua quantidade a cada determinado espaço de tempo. Ao contrário do que vem inicialmente em nossa mente, na forma vegetativa a bactéria está em plena função metabólica.

Em contraste, em sua forma de resistência, conhecida como endósporo, não há reprodução e muito menos atividade metabólica. O endósporo é feito para resistir às condições ambientais mais severas. Uma vez que esse esporo bacteriano encontra condições favoráveis (disponibilidade nutricional), ele retorna a sua forma vegetativa e recomeça a multiplicação bacteriana.

Outra maneira interessante de persistir em um ambiente hostil é a formação de uma estrutura chamada de “biofilme microbiano”, se não fossem as presenças de endósporos e de biofilmes, bastaria ferver seu material odontológico na água por 15 minutos e todas as bactérias na forma vegetativa, fungos e vírus seriam eliminados. Entretanto, endósporos de bactérias patogênicas, como por exemplo Clostridium tetani e Clostridium botulinum, bem como biofilmes com dezenas de espécies de microrganismos, podem resistir a essas condições.

Por isso, a esterilização, bem como a verificação de sua eficiência, são tão crucias para o exercício de uma odontologia de qualidade e segura tanto para o profissional quanto para o paciente.

Saiba os processos de esterilização dos materiais e como eles ocorrem

A princípio, os instrumentos odontológicos precisam ser lavados, escovados para retirar qualquer resíduo e secos. Não adianta esterilizar sem antes limpar corretamente. A sujeira dificulta o processo de esterilização. A utilização de uma lavadora ultrassônica melhora a qualidade a limpeza, conheça as lavadoras da Sanders.

O método de esterilização exigido pela vigilância atualmente é a autoclavagemSua esterilização acontece pelo vapor sob pressão quando as moléculas de água em alta temperatura colidem com moléculas orgânicas, como DNA, lipídios e proteínas. Esse processo é capaz de destruir até os esporos bacterianos mais resistentes quando submetidos a 121°C por 15 minutos. Os instrumentais devem estar embalados para esterilização, após a limpeza com água, sabão enzimático e secagem.

O indicador biológico é o método mais indicado para se certificar do funcionamento correto da autoclave, pois possui endósporos (não patogênicos) bacterianos viáveis em seu interior. Devem ser utilizados pelos menos uma vez por semana.

Além da higienização dos instrumentais e esterilização deles, é necessário usar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como luvas, gorros, óculos, etc., para garantir a segurança tanto do cirurgião-dentista quanto da assistente.

Resumindo, não adianta nada desinfetar ou fazer a esterilização de materiais odontológicos se o processo não for realizado corretamente. É claro que um profissional de odontologia que enfatiza a segurança, não apenas porque é necessário, mas como algo de valores, vale a pena ser confiável e respeitado pelos pacientes.

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Como fazer o teste biológico da autoclave?

Como fazer o teste biológico da autoclave?

Você sabe qual a importância do teste biológico para autoclave?

Esse procedimento visa a verificação da eficiência do processo de esterilização pelo vapor sob pressão. Por meio dele, podemos entender se a autoclave está funcionando corretamente, realizando o processo como ele precisa ser.

O que o teste biológico em uma autoclave faz?

O processo de teste ocorre porque é necessário monitorar se a autoclave tem a eficiência necessária para esterilizar os instrumentos. O monitoramento com biomarcadores é o mais recomendado e confiável.
Utiliza microrganismos independentes especialmente preparados para identificar o processo de esterilização.

Para quem tem dúvidas sobre a frequência dos testes biológicos em autoclave, recomenda-se o teste semanal de acordo com as normas regulatórias.

A bactéria utilizada foi Bacillus Stearothermophylus (bactéria Coryneform). Na verdade, é uma medida de saber se sua máquina está apta para uso.

Como fazer o teste biológico da autoclave?

Acompanhe o passo a passo para fazer o teste biológico na sua autoclave.

  • Coloque o teste dentro do pacote junto com o material que irá passar pela esterilização;
  • Feche a autoclave e realize o processo de esterilização;
  • Após o ciclo de esterilização, aguarde entre 10 a 15 minutos para o resfriamento;
  • Abra o pacote e retire a ampola;
  • Na incubadora, coloque o indicador-teste (que passou pela esterilização) e o indicador-controle (que não passou pela autoclave). Assim é possível testar também se a incubadora está funcionando corretamente;
  • Dobre a parte superior da ampola plástica, resultando na quebra do vidro interno da ampola. Isso libera o contato dos esporos ao meio de cultura. Tome cuidado para não romper a parte plástica.
  • Não agite a ampola e evite derrubá-la. Além disso, sua parte superior possui um filtro que não deve ser molhado;
  • Verifique as amostras 4 vezes, de 12 em 12 horas.

O Controle e a Checagem das Amostras

Durante as 4 inspeções, atenção deve ser dada à coloração. As ampolas esterilizadas devem começar a ficar roxas, enquanto as ampolas não esterilizadas permanecerão amarelas. Isso indica que o processo de esterilização foi concluído corretamente.

Se ambas as ampolas ficarem roxas, significa que as bactérias cresceram. Como resultado, a esterilização não foi realizada corretamente e será necessária a manutenção da autoclave.

Se ambos os indicadores ficarem amarelos no final da incubação, significa que não há crescimento bacteriano. Isso indica que a incubadora requer manutenção e, portanto, a amostra esterilizada não será considerada para analise.

Em outras palavras, o frasco de teste (que foi autoclavado) permanecerá amarelo, indicando que os esporos foram destruídos. As ampolas de controle (não autoclavadas) ficarão roxas, indicando que os esporos estão vivos.

Como manusear os materiais odontológicos

Por ser um material que pode conter bactérias, o manuseio adequado dos materiais odontológicos é essencial. Portanto, esses aparelhos não podem ser descartados diretamente como lixo comum. Para manter e limpar o aparelho, basta enrolar a ampola em algodão e recolocá-la na autoclave para esterilização. Depois de esterilizados, podem ser descartados.

Sanders do Brasil é referencia em produtos de alta tecnologia para Central de Materiais e Esterilização, CMEs, com produtos destinados ao controle de infecções, entre em contato e conheça nossas soluções.

A relação entre os profissionais da física médica e a engenharia clínica

A relação entre os profissionais da física médica e a engenharia clínica

Com o advento de novas tecnologias na área do diagnóstico por imagem e a constante modernização dos ambientes hospitalares, profissões com ênfase em estudos técnico-científicos, tais como a física médica e a engenharia clínica, ganham espaço em setores que antes não eram tão comuns: a medicina.

Contudo, esse avanço é recente. As novas profissões que surgem são ainda dotadas de mistério e dúvidas. Dessa forma, faz-se necessário uma análise sobre as responsabilidades dos profissionais e suas parcerias.

O que faz o físico médico?

São os especialistas responsáveis pela aplicação do ramo da Física que abrange as leis, conceitos, modelos, agentes e métodos da física para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, exercendo uma importante função na assistência médica, na pesquisa biomédica e na proteção de pacientes, funcionários e do público contra as radiações ionizantes e não ionizantes.

Qual o papel do engenheiro clínico?

Esses profissionais atuam especialmente no âmbito da tecnologia da saúde, onde são os responsáveis pelo planejamento, execução e definição de programas e políticas relacionadas a essas tecnologias. Por exemplo, no “ciclo de vida” dos equipamentos hospitalares. Como também atuam na área financeira, podem tornar o hospital menos custoso e mais eficiente.

Um trabalho multidisciplinar

A atuação conjunta desses profissionais fornece uma maior qualidade em quatro pilares fundamentais na rotina clínica:

Treinamento

  • Descrição e treinamento sobre operação de equipamentos na rotina clínica;
  • Treinamentos sobre condutas e rotinas. Em outras palavras, o físico médico auxilia no esclarecimento de informações inverídicas a respeito dos equipamentos e das radiações ionizantes.

Ambiente Hospitalar

A física médica e a engenharia clínica colaboram:

  • Na avaliação e seleção de fornecedores;
  • No auxílio na infraestrutura hospitalar e adequação de ambientes;
  • No auxílio no fluxo de pacientes e equipe interna;
  • Na otimização de protocolos e impactos na redução de custos;
  • No auxílio e gestão do PACS, RIS e HIS.

Gestão da tecnologia

Na gestão da tecnologia e nos aspectos administrativos, físicos médicos e engenheiros clínicos atuam em parceria nos seguintes tópicos:

  • Auxílio na geração de indicadores;
  • Conhecimento das legislações vigentes;
  • Avaliação de ações de marketing. Por exemplo, averiguar a veracidade das informações e imagens correspondentes;
  • Incorporação de novas tecnologias.

Equipamentos

Talvez um dos aspectos mais importantes e que mais envolve a interação entre os profissionais seja nos equipamentos. Nessa área, os profissionais colaboram nos seguintes tópicos:

  • Descarte de equipamentos e acessórios;
  • Avaliação das funções do equipamento. Ou seja, custos relacionados ao desempenho do equipamento e a aplicabilidade de suas funções;
  • Aceitação de equipamentos;
  • Na tomada de decisão sobre aquisição de equipamentos;
  • Acompanhamento e avaliação de manutenções corretivas e preventivas;
  • Apontamento sobre a descrição do parque tecnológico. Nesse caso, os físicos médicos auxiliam na elaboração do inventário de equipamentos. Por exemplo, na separação entre aparelhos emissores de radiações ionizantes e não ionizantes.

Enquanto a física médica está encarregada pela aplicação de técnicas diagnósticas em imagens médicas e terapias avançadas com o uso de radiação, a engenharia clínica aplica conhecimentos em tecnologias da saúde no gerenciamento e segurança dos aparelhos eletromédicos.

Dessa forma, a física médica e a engenharia clínica promovem juntas suporte científico e técnico para pacientes e profissionais da saúde. Sua atuação agrega confiabilidade e segurança no uso das novas tecnologias que se apresentam na medicina.

Fonte: Brasilrad

15/5: Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares

15/5: Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares

A data, instituída pela Lei nº 11.723/2.008, tem o objetivo de conscientizar autoridades sanitárias, diretores de hospitais e trabalhadores de saúde sobre a importância do controle das infecções hospitalares. Nesta data, o Ministério da Saúde e os serviços de saúde, em especial os hospitais, devem desenvolver campanhas de comunicação social e ações educativas com o objetivo de aumentar a consciência pública sobre o problema representado pelas infecções hospitalares e a necessidade de seu controle.

Infecção Hospitalar é a infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta. Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública.

A incorporação de novos métodos terapêuticos e tecnologias, possibilitou que muitos tratamentos antes disponibilizados somente em hospitais, hoje sejam administrados em regime domiciliar (Programa da Saúde da Família – PSF e Atendimento Domiciliar), em Hospitais-Dias (serviço dentro de um hospital onde o paciente fica durante o dia para receber tratamentos especiais) e clínicas especializadas.

Nesta nova realidade da assistência à saúde, o conceito de infecção hospitalar foi ampliado passando a incorporar as infecções relacionadas à assistência à saúde.

Portaria MS/GM nº 2.616/1.998, estabelece as diretrizes e normas para o controle de infecção hospitalar no país, e as competências dos diferentes níveis de governo e dos hospitais.

Prevenção:

A forma mais simples e efetiva de evitar a transmissão de infecções em ambiente hospitalar é a higienização de mãos. Pode ser por meio de higienização com água e sabão ou por meio de fricção com álcool 70%. Essa recomendação vale tanto para profissionais de saúde quanto para visitantes e também pacientes. A atenção aos cuidados de precaução, sinalizados pela equipe de saúde, também devem ser observados, para se evitar transmissão de doenças e agentes no ambiente hospitalar. Como paciente, além de higienizar suas mãos, principalmente antes das refeições e após usar o banheiro, procure estabelecer uma boa comunicação com a equipe de saúde para entender com clareza os cuidados que estão lhe sendo direcionados e, dessa forma, também contribuir ativamente com a sua recuperação.

Cuidados a serem adotados durante visitas ao hospital:

O visitante deve sempre higienizar as suas mãos na chegada ao hospital, antes e após tocar o paciente ou superfícies próximas ao seu redor e ao sair do hospital. Essa higienização pode ser feita tanto com água e sabão quanto pela fricção alcoólica das mãos com álcool a 70%, o qual deve estar disponível em todo o hospital. Para que a higienização das mãos possa ser mais efetiva, é importante que os adornos sejam retirados (por exemplo, anéis, pulseiras e relógios), para facilitar o contato da água ou do álcool com a superfície da pele que está sendo higienizada. A manutenção das unhas curtas e limpas também pode auxiliar. Não é recomendado que o visitante leve alimentos para o paciente sem a autorização e conhecimento prévio do médico e/ou da nutricionista, sob o risco de prejudicar o tratamento do mesmo.

Também evite levar flores e/ou plantas para o quarto do paciente. Apesar de esse gesto ser entendido como representativo de cuidado e carinho ao paciente, ele pode contribuir para a disseminação de insetos como formigas e aranhas no ambiente hospitalar. Ainda, as plantas podem trazer a presença de esporos fúngicos que, se inalados pelos pacientes imunossuprimidos, podem causar uma doença pulmonar grave, com risco inclusive de óbito.

Preferencialmente não levar crianças para realizar visitas no hospital. Como as crianças ainda se encontram em período de imunização contra doenças transmissíveis, elas podem mais facilmente tanto transmitir quanto adquirir infecções dentro do ambiente hospitalar, até mesmo por não terem maturidade suficiente para atender adequadamente às medidas de precaução e isolamento recomendadas.

Não sentar na cama do paciente, nem em camas vagas ao lado do paciente. Essa é uma atitude que demonstra educação e respeito ao próximo paciente que irá ocupar o leito.

Se houver alguma placa ou orientação na porta do quarto, procure por algum profissional de saúde responsável pelo paciente antes de entrar. Dessa forma, você receberá informações úteis que irão auxiliá-lo durante a permanência no hospital, podendo cooperar para o controle das infecções.

Lavagem das mãos:

As mãos devem ser umedecidas antes de colocar o sabão, de preferência líquido, para evitar que se toque no reservatório. Em seguida, esfregam-se bem o dorso, a palma, os dedos e os interdígitos, isto é, o vão dos dedos. É preciso tomar cuidado também com a área embaixo das unhas. Se a pessoa tem unhas mais longas, deve colocar sabão e esfregar embaixo delas. Nos hospitais, existem espátulas que ajudam a limpar essa região. Na hora de enxaguar, os dedos devem ser virados para cima, na direção da água que cai. Não devem ser usadas toalhas de pano para secar as mãos e, sim, toalhas de papel que servirão também para fechar a torneira. De que adiantará lavar bem as mãos se, depois, tocarmos na torneira contaminada?

O que são “superbactérias”?

O termo “superbactéria” é popularmente conferido às bactérias multirresistentes. Além de não ser tecnicamente correto, dá a uma noção superestimada do risco dessas bactérias. As chamadas “super bactérias” na
verdade são bactérias já conhecidas, presentes normalmente no corpo humano (por exemplo, intestino e pele), porém que se tornaram resistentes aos antibióticos hoje disponíveis, principalmente devido à pressão seletiva exercida pelo uso abusivo de antibióticos em todos os cenários (dentro e fora do hospital). No ambiente hospitalar, são chamadas de bactérias multirresistentes. Quando um paciente adquire uma infecção por uma bactéria multirresistente, as opções terapêuticas para o seu tratamento são menores e a chance de adequada recuperação fica prejudicada. Em muitos casos, se faz necessária a utilização de antibióticos ou combinações menos usuais para o seu tratamento.

Fonte: Biblioteca Virtual em SaúdeMINISTÉRIO DA SAÚDE

Desafios e crescimento da Engenharia Clínica no Brasil

Desafios e crescimento da Engenharia Clínica no Brasil

A Engenharia Clínica no Brasil já vem se tornando mais consolidada e aprimorada, mas ainda enfrenta muitos desafios. O avanço das tecnologias afetou o funcionamento e a rotina de todos os setores do mundo. Com o menor contato do humano às máquinas, a responsabilidade dos ajustes e manutenções aumentou drasticamente.

Nos Brasil, após os anos 90, com a abertura econômica do mercado nacional, marcou-se o fim do processo de burocracia das importações e das dificuldades em gerar tecnologia própria mais sofisticada.

Os equipamentos hospitalares se tornaram mais modernos e complexos. E a exigência de um engenheiro clínico em um hospital se tornou obrigatória.

O grande problema, é que a oferta desses profissionais no mercado ainda é muito pequena. De acordo com um levantamento feito em 2019 pela Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin) consta que o Brasil conta com 4 mil profissionais, entre técnicos e engenheiros.

Cenário da Engenharia Clínica no Brasil

Até novembro de 2020 tivemos 5.530 hospitais públicos e 4.397 hospitais privados. Por essa questão, vemos o quanto ainda temos que avançar no crescimento da área para suprir a demanda do mercado.

Com a Pandemia tivemos o aumento de mais de 47% de leitos no Brasil. Um levantamento feito pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) a partir de dados do Ministério da Saúde mostra que o total de leitos de UTI públicos e privados passou de 45.427 em janeiro para 66.786 em junho de 2020. 

No Brasil, a Engenharia Clínica introduziu-se pressionada pelo aspecto financeiro, devido ao alto índice de equipamentos desativados e parados pela falta de manutenção e treinamento adequado. Entretanto, sua implementação foi dificultada por fatores como a insuficiência de profissionais capacitados, além da falta de uma política clara para este setor (ANTUNES, 2002). 

Entretanto, a partir de 2000 alguns paradigmas começaram a ser alterados na área da saúde. A ANVISA principiou um maior incentivo em relação à qualidade de equipamentos e procedimentos na área hospitalar. Além disso, implementou a obrigatoriedade de certificação dos equipamentos médico-hospitalares comercializados no Brasil (CALIL, 2004).

Além desse fato, houve um aumento na competição entre os hospitais devido ao crescimento dos convênios de saúde, sendo ampliadas também as opções para escolha do hospital onde o paciente desejava ser tratado, demostrando um aumento do nível de exigência. 

A competição no setor hospitalar pode ser analisada de forma diferente da competição tradicional existente nos demais setores, na qual a concorrência de preços e maximização de lucro são os principais elementos que impulsionam a concorrência. A visão tradicional da competição hospitalar tem mostrado que os hospitais disputam principalmente no que se refere à qualidade, de modo a investir em equipamentos sofisticados, atrair profissionais da saúde e oferecer um ambiente agradável, para atrair pacientes (NOETHER, 1988).

No setor público, ainda que a competição não seja um fator relevante, a criação de grupos de Engenharia Clínica foi estimulada pelos processos de acreditação hospitalar, resultando no aprimoramento do gerenciamento de equipamentos médico-hospitalares. 

Ainda que tenha seu perfil desenvolvido para atuar em ambientes hospitalares, o engenheiro clínico tem sido cada vez mais requisitados pelas indústrias fornecedoras de equipamentos médico-hospitalares para funções de desenvolvimento, homologação e certificação, além do suporte técnico.

Com essa informação, já conseguimos destacar a precariedade de profissionais capacitados na área da saúde no Brasil, visto que a demanda de profissionais ainda é baixa, para o setor hospitalar e também para indústria.

O profissional da área, atualmente, deve possuir conhecimentos para controle de custos dos equipamentos (tanto para manutenção, quanto operação), normas técnicas, gerenciamento de riscos e avaliação tecnológica, conceitos de segurança elétrica e confiabilidade dos equipamentos, investigação de incidentes, critérios para certificação de equipamentos e atividades para acreditação hospitalar (CALIL, 2004).

Fonte: Desafios e crescimento da Engenharia Clínica no Brasil

Bioética e sua importancia

Bioética: o que é e qual sua importância?

Bioética, do grego bios (vida) + ethos (ética), é a ética da vida ou ética prática, isto é, um campo de estudo inter, multi e transdisciplinar que engloba a biologia, a medicina, a filosofia, o direito, as ciências exatas, as ciências políticas e o meio ambiente.

Com foco em discutir questões, a área tenta encontrar a melhor forma de resolver casos e dilemas que surgiram com o avanço da biotecnologia, da genética e dos próprios valores e direitos humanos. Isso sempre prezando a conduta humana e levando em conta todas as áreas do conhecimento que, de alguma forma, têm implicações em nosso dia a dia.

Exemplos de casos que envolvem bioética são as polêmicas em torno do aborto, do transplante de órgãos, dos transgênicos, do uso de animais e humanos em experimentos, do uso de células-tronco, da eutanásia, do suicídio, da fertilização in vitro, entre outras.

A tomada de decisões em âmbito clínico na área acontece por meio de três princípios fundamentais:

  • A beneficência e a não maleficência (médico), ou seja, “fazer o bem” e “não causar dano”;
  • A autonomia (paciente), capacidade que cada um tem de tomar suas próprias decisões;
  • A justiça (sociedade), garantia de uma distribuição justa, equitativa e universal dos serviços da saúde.

Nesse contexto, o exercício da enfermagem é de extrema importância, pois deve se apegar a esse referencial de reflexão ética para nortear suas práticas, analisando-as em uma dimensão ou visão bioética.

Sociedade e meio ambiente

Mas não é só nos meios científico e hospitalar que a bioética existe. Os princípios da bioética também estão presentes em nosso cotidiano e no meio ambiente, em todas as relações humanas, no respeito à autonomia das pessoas e até no modo como consumimos e usufruímos dos recursos naturais.

Nesse aspecto ambiental, a bioética pode promover uma reflexão que busque um modelo sustentável que respeite e tenha responsabilidade por todos os seres vivos. Com isso, ela pode ser uma importante aliada para a análise do atual modelo de desenvolvimento, de forma a permitir a sustentabilidade para a atual e para as futuras gerações.

Bioética e avanços tecnológicos

bioética pode ser aplicada também quando falamos em estética. A reflexão por trás do assunto diz respeito à busca insistente na suposta “perfeição física” (que é socialmente construída), em que pessoas se submetem a procedimentos médicos com grandes riscos à saúde.

Esses são problemas e desafios que precisam ser enfrentados por todos os âmbitos da bioética, pois cada avanço da biologia e das ciências da saúde traz consigo obstáculos sociais e psicológicos. A pesquisa com embriões humanos, por exemplo, enfrenta problemas por ser um tema delicado que envolve tanto conceitos morais como o interesse científico e financeiro.

E esse é o papel da bioética: tentar solucionar tais dilemas a partir de seus princípios, sabendo que não há apenas uma resposta que possa ser julgada correta. A busca da área é pelo equilíbrio justo entre a ciência e o respeito à vida, reconhecendo os benefícios que o avanço científico e biológico proporcionam, mas também permanecendo alerta para os riscos que eles representam para a sociedade e para o meio ambiente.

Segurança do paciente: O protagonismo do profissional de enfermagem

segurança do paciente é um propulsor de mudanças significativas na assistência à saúde, que impactam todos  pacientes, instituições de saúde e as diversas categorias profissionais envolvidas no cuidado.

O contexto

O movimento da Segurança do Paciente, no que seria o modelo mais próximo ao que conhecemos hoje, começou em 1999, com a publicação do agora histórico relatório Errar é Humano, pelo então Institute of Medicine, nos Estados Unidos. Pela primeira vez, ficaram claros em números a extensão e a gravidade dos danos que a assistência à saúde pode causar.

Desde então, uma revolução foi colocada em curso – às vezes, não na velocidade com que gostaríamos, é verdade. Mas as mudanças são irreversíveis e irrefreáveis. Somos testemunhas da transformação na concepção de valor na saúde, que está levando à busca de modelos de cuidado centrado no paciente e, em última instância, à alteração nas formas de remunerar os hospitais pelos seus serviços. Não há mais espaço – nem recursos financeiros – para desperdícios e ineficiência. A segurança do paciente está se tornando um pilar essencial à sustentabilidade das empresas de saúde.

É inevitável que ela influencie também no papel de cada uma das categorias profissionais envolvidas na assistência à saúde. Com a enfermagem, uma das primeiras a abraçar essa “nova” missão, não é diferente. Uso o termo novo entre aspas porque registros históricos sugerem que algumas das questões que tanto discutimos hoje como prioridades dentro da segurança do paciente sempre foram preocupações na enfermagem.

Duas pesquisadores da Escola de Enfermagem da Universidade Detroit Mercy, nos Estados Unidos, conduziram um levantamento histórico muito interessante, mostrando a evolução desse conceito ao longo do último século. Ao analisar 1.085 artigos sobre enfermagem entre 1900 e 2015, elas apontaram o papel preponderante da enfermagem no desenvolvimento da segurança do paciente (1).

Evolução histórica

Entre 1900 e 1919, já se relatava a preocupação com a contagem de compressas e gazes em procedimentos cirúrgicos domiciliares, além de lesões na pele e risco de pneumonia para pacientes acamados. A “teoria dos germes”, em voga na época, levava a enfermagem a recomendar a seus profissionais a “esterilização” das mãos parq evitar a propagação de doenças.

Na década de 1920, com a descoberta da insulina, os artigos de enfermagem destacam a necessidade de cuidar da dieta dos pacientes. Na década seguinte, já se nota atenção à administração segura de medicamentos, com a recomendação de ler rótulos três vezes, usar etiquetas para identificar a dosagem , não interromper o profissional que estiver administrando medicação e identificar o paciente pelo nome antes de iniciar o processo.

Preocupação com broncoaspiração, prevenção de quedas e transporte adequado dos pacientes são temas que também aparecem ao longo das décadas seguintes – e que, ainda hoje, são muito atuais.

Planejamento

O papel histórico da enfermagem na evolução de práticas de segurança do paciente e as mudanças em curso hoje sugerem que função da enfermagem atualmente é mais estratégica do que nunca. Talvez, mais do que se prender em fazer diagnósticos de enfermagem, o papel da enfermagem seja o de planejar o cuidado, com foco na avaliação de riscos de eventos adversos, segundo o perfil e as necessidades de cada paciente.

Com essa mudança de perspectiva, a enfermagem se torna, mais do que nunca, não só um elemento essencial à saúde baseada em valor, mas a base do cuidado centrado no paciente.

Nas últimas décadas, a segurança do paciente tem se tornado um dos temas mais debatidos na área da saúde, afetando diretamente a qualidade da assistência prestada pela equipe de enfermagem. Aliás, a segurança do paciente representa um dos maiores desafios para a excelência da qualidade no serviço de saúde, uma vez que as condições de trabalho comprometem a qualidade do cuidado em todo o país, principalmente na Rede Pública de Saúde.

Diante disso, é fundamental refletir e debater sobre o papel dos enfermeiros na prestação do cuidado seguro ao paciente. Mas, por outro lado, é preciso destacar que todo profissional é passível de erros, ainda mais quando essa profissão envolve a realização de cuidados complexos, procedimentos invasivos e a permanência de horas a fio ao lado do paciente.

O enfermeiro na segurança do paciente

Visando melhorar a segurança dos pacientes em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou que sejam implementados pelos gestores de hospitais e clínicas as seguintes ações de segurança:

  • Evitar a ocorrência dos eventos adversos;
  • Torná-los visíveis, caso ocorrerem;
  • E minimizar os seus efeitos com intervenções eficazes.

É importante destacar que os eventos adversos são geralmente associados ao erro humano, mas que devem ser tratados como desencadeadores às condições de trabalho, aspectos estruturais e a complexidade das atividades desenvolvidas, tais como o avanço tecnológico com deficiente aperfeiçoamento dos recursos humanos, falhas na aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), delegação de cuidados sem a supervisão adequada e a sobrecarga de trabalho.

No que se refere ao trabalho de enfermagem, os erros mais comuns a ele relacionados acontecem na administração de remédios; na transferência de paciente e na troca de informações; no trabalho em equipe e na comunicação; na incidência de quedas e de úlceras por pressão; nas falhas nos processos de identificação do paciente, na incidência de infecção relacionada aos cuidados de saúde, entre outros.

O Brasil implementou diversos programas e políticas como a Qualidade da Gestão e Assistência Hospitalar, a Política Nacional de Humanização (PNH), a Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) com o objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do país, sejam eles públicos ou privados, segundo a prioridade dada à segurança do paciente pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Nessa perspectiva, o Ministério da Saúde incentiva os serviços de saúde a desenvolverem as seguintes ações de melhorias:

  • Identificar corretamente o paciente;
  • Melhorar a comunicação efetiva;
  • Incentivar a higienização das mãos;
  • Prevenir, controlar e notificar eventos adversos;
  • Reduzir o risco de lesões ao paciente decorrente de quedas;
  • Assegurar cirurgias com local de intervenção, procedimentos e pacientes corretos;
  • Administrar com segurança de medicamentos, principalmente os de alto-risco, sangue e hemocomponentes;
  • Reduzir o risco de infecções associadas ao cuidado da saúde;
  • Estimular a participação do paciente na assistência prestada e ações de prevenção de quedas e úlceras por pressão.

Fonte: IBSP / PEBMED

Farmácia hospitalar: tendências, profissionais, processos e tecnologia

A farmácia hospitalar é crucial na prestação de uma boa assistência ao paciente, além da garantia da sua segurança. Por tal razão, a gestão deve focar na eficiência do processo de dispensação de medicamentos — que inclui armazenamento, organização, compras dos insumos, além da responsabilidade no manejo com as doses.

Nesse contexto, vale frisar que as despesas com medicamentos ocupam o terceiro lugar na lista de custos dos hospitais. Dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), apontam que os valores representam mais de 10% das despesas totais das instituições de saúde.

Dada à relevância do papel da farmácia dentro do hospital, e sabendo que há pelo menos três grandes tendências para as farmácias hospitalares que estão contribuindo para a melhoria dos serviços prestados aos pacientes: (1) aumento do uso de tecnologia nesse setor e aplicação de automação, (2) aumento da oferta de medicamentos biológicos e (3) melhorias das práticas de gestão do departamento. Nesse post vamos trazer mais detalhes de cada um desses três tópicos. Confira:

A farmácia hospitalar e o hospital 4.0

A chamada quarta revolução industrial e o conceito de indústria 4.0 estão sendo discutidos na saúde com o tema hospital 4.0. Essa revolução significa a integração de diferentes tecnologias, entre elas big data, inteligência artificial e internet das coisas, com objetivo de melhorar os serviços prestados e as decisões gerenciais tomadas nas instituições de saúde.

A integração dessas tecnologias faz com que as informações dentro do hospital sejam repassadas entre setores de maneira mais ágil e precisa, possibilitando melhor eficácia na operação e alterando a relação da instituição com o paciente. Dessa forma, não se considera apenas o tratamento, mas a jornada completa da pessoa, desde a prevenção de doenças até a manutenção da saúde.   

Para se adequar ao hospital 4.0, a instituição precisa adaptar sua estrutura e investir na capacitação de seus profissionais, e a farmácia hospitalar está incluída nessa mudança. A automação e a tecnologia nesse setor podem melhorar significativamente: a logística; o controle; estoque; e a distribuição dos medicamentos, reduzindo desperdícios e aumentando a segurança do paciente.

Medicamentos biológicos

Outra tendência muito forte que afeta os processos e tecnologias utilizadas nas farmácias hospitalares. Além disso, a formação de profissionais da área representa um aumento no uso de medicamentos biológicos na terapia. Essas drogas são produzidas por biossíntese em células vivas. Ao contrário dos sintéticos produzidos por síntese química, os sintéticos representam uma grande inovação na indústria farmacêutica, fornecendo soluções para uma grande variedade de doenças. Neste caso, até então, não haviam sido tratados com remédios convencionais eficazes.

Os medicamentos biológicos são diferentes em sua composição, em relação aos medicamentos produzidos com síntese química. Eles são formados por moléculas grandes , complexas e construídas de milhares de átomos e são, em geral, bastante sensíveis a variações das condições de conservação e armazenamento. Essa característica traz a necessidade de melhor controle de estoque na farmácia hospitalar e se relaciona com o tópico anterior sobre o aumento de tecnologia no setor.

O monitoramento das condições de armazenamento de medicamentos, como a temperatura do local. Ele pode ser feito de maneira muito mais precisa com instrumentos de medição automáticos. Assim garantindo a conservação dos produtos e novamente trazendo mais segurança aos pacientes. Essa tendência é um grande desafio para os profissionais, não somente pela utilização de novas tecnologias como esses instrumentos automáticos. Mas essencialmente pelo fato de que os medicamentos biológicos não fazem parte, comumente, da formação de graduação dos farmacêuticos.

Profissionalização da gestão

A gestão da farmácia hospitalar, como dissemos no início do post, é essencial para o controle de custos dentro da instituição. Porém, assim como acontece com diversos outros profissionais da área da saúde, o farmacêutico muitas vezes não possui uma formação adequada para essa atividade.

Para aplicar as boas práticas de gestão em uma farmácia hospitalar, é necessário entender: planejamento; planejamento de compras; classificação de medicamentos; armazenamento; distribuição de medicamentos; e controle de erros de dispersão para eliminá-los.

Assim como os biofármacos estão diretamente relacionados ao aumento do uso de tecnologia nas farmácias hospitalares, a especialização da gestão também está. Os sistemas informatizados têm auxiliado muito as atividades de gestão da farmácia hospitalar. Dessa forma, agiliza o acesso às informações, garante a precisão dos dados, melhora a tomada de decisões do setor e auxilia no controle de custos.

Observando macro tendências para farmácia hospitalar, tanto em relação à formação dos profissionais quanto aos processos do setor, é inegável que cada vez mais a tecnologia será protagonista. Esta, por sua vez, evolui e se modifica cada vez mais rápido. Por essa razão, os farmacêuticos que trabalham na área, e têm um papel fundamental nas casas de saúde, devem estar sempre por dentro das novidades.

O impacto das tecnologias no papel do farmacêutico na área hospitalar

A qualidade dos cuidados prestados por um farmacêutico depende de vários fatores. Mesmo com a evolução da profissão, é preciso buscar estratégias que ajudem a acompanhar as tendências do mercado. Afinal, é uma forma mais eficiente de superar os desafios dos gestores das farmácias hospitalares.

Recentemente, a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) fez um iRecentemente, a Federação dos Sindicalistas Brasileiros e a Federação das Redes Independentes de Farmácias (Febrafar) lançaram um grande alerta à indústria farmacêutica. Concluindo, o artigo enfatiza que o mercado está Aberto a profissionais profissionalmente qualificados e adaptados às inovações que contribuem para a segurança do paciente.

Logo, a análise dessas macro tendências para a farmácia hospitalar evidencia a necessidade de perceber como a área de saúde tem experimentado mudanças. Ademais, a superação dos desafios enfrentados pelo setor depende de focar em estratégias mais alinhadas com as novidades que surgem a todo momento.

Além disso, o farmacêutico precisa buscar meios de facilitar o gerenciamento de sua rotina para manter a produtividade e a eficiência dos serviços. Nesse sentido, a adoção de ferramentas específicas é um dos passos elementares para acompanhar essa dinâmica e a evolução dos processos.

Portanto, esse é o momento de tomada de decisão para impulsionar o seu negócio e fortalecer a sua marca. Aproveite e fale com um de nossos consultores e conheça o melhor que a Sanders disponibiliza para garantir a segurança do paciente e a otimização das atividades do seu Hospital.

Conheça desafios e atribuições do profissional de enfermagem em UTI!

Muitas pessoas têm o sonho de exercer uma profissão na área da saúde para cuidar dos pacientes e ajudá-los a conquistarem qualidade de vida, objetivo que fica evidente quando se fala na rotina de trabalho em uma Unidade de Terapia Intensiva. Pensando nisso, este conteúdo mostra que características deve ter um bom profissional de enfermagem em UTI.

Atualização de conhecimento, cuidados precisos, responsabilidade, dedicação. Profissionais da enfermagem que escolhem atuar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) gostam de grandes desafios e adotam essas palavras como ferramentas diárias.

A enfermagem em Terapia Intensiva exige do técnico da especialidade, dentro de suas competências, o desenvolvimento de atividades fundamentadas em conhecimentos específicos e nos novos protocolos para o tratamento dos pacientes graves. O profissional precisa saber identificar o momento em que o paciente apresenta instabilidade hemodinâmica, para atuar em equipe numa Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), identificar e acompanhar o avanço tecnológico.

Além disso, o texto explica quais são os principais desafios e as atribuições da equipe intensivista de enfermagem e resume o que diferencia o técnico de enfermagem e o enfermeiro no atendimento prestado à UTI. Por fim, o artigo informa por que é importante investir em formação acadêmica para conquistar o sucesso na carreira.

Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

Que características tem um bom profissional de enfermagem em UTI?

No momento em que o paciente é admitido na Unidade de Terapia Intensiva, a equipe de enfermagem deve estar a postos para cuidar do enfermo, auxiliando-o na higienização, por exemplo, e se comprometer com a administração do hospital. Além disso, são características desse profissional:

  • atualização constante do conhecimento;
  • cuidados específicos com o paciente internado;
  • dedicação para trabalhar em longas jornadas, inclusive nos finais de semana;
  • domínio de técnicas de verificação hemodinâmica e conhecimento em equipamentos como a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP);
  • assistência humanizada com pacientes e familiares;
  • e controle diário de medicações e alimentação por sonda.

Outras características, comuns a profissionais da área da saúde e especialmente importantes para intensivistas, são a facilidade para se comunicar com as pessoas, a empatia e a estabilidade emocional para lidar com situações traumáticas.

Quais são os desafios e as atribuições desse tipo de profissional?

Unidade de Terapia Intensiva é a área hospitalar reservada para a assistência de pacientes críticos e casos de alta complexidade, que necessitam de observação e suporte contínuo. Um ambiente tão importante como esse requer o trabalho de profissionais efetivamente preparados para lidar com as situações mais adversas. 

Até aqui, você sabe quais são as características fundamentais que o profissional de enfermagem deve ter para trabalhar em uma UTI. Mas a dúvida que fica é sobre os desafios e as atribuições associados a essa importante função exercida no ambiente hospitalar. Confira!

Monitorar máquinas

Uma das primeiras coisas que vêm à cabeça quando se pensa em UTI são os sons e os gráficos dos equipamentos hospitalares, certo?

As máquinas, sem dúvida, são essenciais para prolongar a vida e ampliar as chances de melhora dos pacientes internados. Por isso, os profissionais da enfermagem devem monitorar sempre os aparelhos e, em caso de falhas mecânicas, acionar a equipe técnica para solucionar o problema.

Administrar higiene do paciente

O profissional de enfermagem em UTI é responsável, também, por realizar a higiene e manter o bem-estar do paciente. Nesse caso, funções como trocar a roupa, dar banho, medicar, manter curativos e conferir a hemodinâmica (intervenção terapêutica com uso de cateter e injeção, por exemplo) são corriqueiras para esse funcionário intensivista.

Treinar equipes de enfermagem

O profissional intensivista, por outro lado, deve empenhar-se no treinamento da equipe de enfermagem locada na UTI. Por isso, ele tem a responsabilidade de observar constantemente o trabalho realizado individual e coletivamente, motivando-se, ainda, a participar de cursos e qualificações para melhor desempenhar a sua função na unidade.

Realizar a gestão hospitalar

Por fim, a equipe de enfermagem intensivista ocupa-se da gestão hospitalar, promovendo a organização dos setores, indicando as funções de cada profissional e lidando diretamente com possíveis demandas de pacientes e familiares.

Como muitas Unidades de Terapia Intensiva funcionam 24 horas, semanalmente, essa função administrativa da equipe de enfermagem é essencial para manter a rotatividade dos funcionários no hospital e, assim, atender a urgências e emergências a qualquer momento.

A rotina agitada diária de um enfermeiro especializado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) inicia-se no momento em que o paciente é admitido no ambiente hospitalar. O enfermeiro especialista em terapia intensiva, para dar conta de toda a pressão e a responsabilidade a que é submetido, precisa ser proativo e atento ao espaço, à gestão e aos cuidados necessários para com o paciente, além de exercer funções multidisciplinares simultâneas.

Cuidar de pessoas em estado grave exige muita dedicação, que precisa estar associada a conhecimentos que favoreçam um desempenho com qualidade. Assim, a qualificação por meio de uma especialização contribui muito para o profissional desenvolver suas habilidades, além de equipamentos de qualidade para auxiliar no dia-a-dia desses profissionais.

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