Farmácia hospitalar: tendências, profissionais, processos e tecnologia

A farmácia hospitalar é crucial na prestação de uma boa assistência ao paciente, além da garantia da sua segurança. Por tal razão, a gestão deve focar na eficiência do processo de dispensação de medicamentos — que inclui armazenamento, organização, compras dos insumos, além da responsabilidade no manejo com as doses.

Nesse contexto, vale frisar que as despesas com medicamentos ocupam o terceiro lugar na lista de custos dos hospitais. Dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), apontam que os valores representam mais de 10% das despesas totais das instituições de saúde.

Dada à relevância do papel da farmácia dentro do hospital, e sabendo que há pelo menos três grandes tendências para as farmácias hospitalares que estão contribuindo para a melhoria dos serviços prestados aos pacientes: (1) aumento do uso de tecnologia nesse setor e aplicação de automação, (2) aumento da oferta de medicamentos biológicos e (3) melhorias das práticas de gestão do departamento. Nesse post vamos trazer mais detalhes de cada um desses três tópicos. Confira:

A farmácia hospitalar e o hospital 4.0

A chamada quarta revolução industrial e o conceito de indústria 4.0 estão sendo discutidos na saúde com o tema hospital 4.0. Essa revolução significa a integração de diferentes tecnologias, entre elas big data, inteligência artificial e internet das coisas, com objetivo de melhorar os serviços prestados e as decisões gerenciais tomadas nas instituições de saúde.

A integração dessas tecnologias faz com que as informações dentro do hospital sejam repassadas entre setores de maneira mais ágil e precisa, possibilitando melhor eficácia na operação e alterando a relação da instituição com o paciente. Dessa forma, não se considera apenas o tratamento, mas a jornada completa da pessoa, desde a prevenção de doenças até a manutenção da saúde.   

Para se adequar ao hospital 4.0, a instituição precisa adaptar sua estrutura e investir na capacitação de seus profissionais, e a farmácia hospitalar está incluída nessa mudança. A automação e a tecnologia nesse setor podem melhorar significativamente: a logística; o controle; estoque; e a distribuição dos medicamentos, reduzindo desperdícios e aumentando a segurança do paciente.

Medicamentos biológicos

Outra tendência muito forte que afeta os processos e tecnologias utilizadas nas farmácias hospitalares. Além disso, a formação de profissionais da área representa um aumento no uso de medicamentos biológicos na terapia. Essas drogas são produzidas por biossíntese em células vivas. Ao contrário dos sintéticos produzidos por síntese química, os sintéticos representam uma grande inovação na indústria farmacêutica, fornecendo soluções para uma grande variedade de doenças. Neste caso, até então, não haviam sido tratados com remédios convencionais eficazes.

Os medicamentos biológicos são diferentes em sua composição, em relação aos medicamentos produzidos com síntese química. Eles são formados por moléculas grandes , complexas e construídas de milhares de átomos e são, em geral, bastante sensíveis a variações das condições de conservação e armazenamento. Essa característica traz a necessidade de melhor controle de estoque na farmácia hospitalar e se relaciona com o tópico anterior sobre o aumento de tecnologia no setor.

O monitoramento das condições de armazenamento de medicamentos, como a temperatura do local. Ele pode ser feito de maneira muito mais precisa com instrumentos de medição automáticos. Assim garantindo a conservação dos produtos e novamente trazendo mais segurança aos pacientes. Essa tendência é um grande desafio para os profissionais, não somente pela utilização de novas tecnologias como esses instrumentos automáticos. Mas essencialmente pelo fato de que os medicamentos biológicos não fazem parte, comumente, da formação de graduação dos farmacêuticos.

Profissionalização da gestão

A gestão da farmácia hospitalar, como dissemos no início do post, é essencial para o controle de custos dentro da instituição. Porém, assim como acontece com diversos outros profissionais da área da saúde, o farmacêutico muitas vezes não possui uma formação adequada para essa atividade.

Para aplicar as boas práticas de gestão em uma farmácia hospitalar, é necessário entender: planejamento; planejamento de compras; classificação de medicamentos; armazenamento; distribuição de medicamentos; e controle de erros de dispersão para eliminá-los.

Assim como os biofármacos estão diretamente relacionados ao aumento do uso de tecnologia nas farmácias hospitalares, a especialização da gestão também está. Os sistemas informatizados têm auxiliado muito as atividades de gestão da farmácia hospitalar. Dessa forma, agiliza o acesso às informações, garante a precisão dos dados, melhora a tomada de decisões do setor e auxilia no controle de custos.

Observando macro tendências para farmácia hospitalar, tanto em relação à formação dos profissionais quanto aos processos do setor, é inegável que cada vez mais a tecnologia será protagonista. Esta, por sua vez, evolui e se modifica cada vez mais rápido. Por essa razão, os farmacêuticos que trabalham na área, e têm um papel fundamental nas casas de saúde, devem estar sempre por dentro das novidades.

O impacto das tecnologias no papel do farmacêutico na área hospitalar

A qualidade dos cuidados prestados por um farmacêutico depende de vários fatores. Mesmo com a evolução da profissão, é preciso buscar estratégias que ajudem a acompanhar as tendências do mercado. Afinal, é uma forma mais eficiente de superar os desafios dos gestores das farmácias hospitalares.

Recentemente, a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) fez um iRecentemente, a Federação dos Sindicalistas Brasileiros e a Federação das Redes Independentes de Farmácias (Febrafar) lançaram um grande alerta à indústria farmacêutica. Concluindo, o artigo enfatiza que o mercado está Aberto a profissionais profissionalmente qualificados e adaptados às inovações que contribuem para a segurança do paciente.

Logo, a análise dessas macro tendências para a farmácia hospitalar evidencia a necessidade de perceber como a área de saúde tem experimentado mudanças. Ademais, a superação dos desafios enfrentados pelo setor depende de focar em estratégias mais alinhadas com as novidades que surgem a todo momento.

Além disso, o farmacêutico precisa buscar meios de facilitar o gerenciamento de sua rotina para manter a produtividade e a eficiência dos serviços. Nesse sentido, a adoção de ferramentas específicas é um dos passos elementares para acompanhar essa dinâmica e a evolução dos processos.

Portanto, esse é o momento de tomada de decisão para impulsionar o seu negócio e fortalecer a sua marca. Aproveite e fale com um de nossos consultores e conheça o melhor que a Sanders disponibiliza para garantir a segurança do paciente e a otimização das atividades do seu Hospital.

Conheça desafios e atribuições do profissional de enfermagem em UTI!

Muitas pessoas têm o sonho de exercer uma profissão na área da saúde para cuidar dos pacientes e ajudá-los a conquistarem qualidade de vida, objetivo que fica evidente quando se fala na rotina de trabalho em uma Unidade de Terapia Intensiva. Pensando nisso, este conteúdo mostra que características deve ter um bom profissional de enfermagem em UTI.

Atualização de conhecimento, cuidados precisos, responsabilidade, dedicação. Profissionais da enfermagem que escolhem atuar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) gostam de grandes desafios e adotam essas palavras como ferramentas diárias.

A enfermagem em Terapia Intensiva exige do técnico da especialidade, dentro de suas competências, o desenvolvimento de atividades fundamentadas em conhecimentos específicos e nos novos protocolos para o tratamento dos pacientes graves. O profissional precisa saber identificar o momento em que o paciente apresenta instabilidade hemodinâmica, para atuar em equipe numa Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), identificar e acompanhar o avanço tecnológico.

Além disso, o texto explica quais são os principais desafios e as atribuições da equipe intensivista de enfermagem e resume o que diferencia o técnico de enfermagem e o enfermeiro no atendimento prestado à UTI. Por fim, o artigo informa por que é importante investir em formação acadêmica para conquistar o sucesso na carreira.

Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

Que características tem um bom profissional de enfermagem em UTI?

No momento em que o paciente é admitido na Unidade de Terapia Intensiva, a equipe de enfermagem deve estar a postos para cuidar do enfermo, auxiliando-o na higienização, por exemplo, e se comprometer com a administração do hospital. Além disso, são características desse profissional:

  • atualização constante do conhecimento;
  • cuidados específicos com o paciente internado;
  • dedicação para trabalhar em longas jornadas, inclusive nos finais de semana;
  • domínio de técnicas de verificação hemodinâmica e conhecimento em equipamentos como a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP);
  • assistência humanizada com pacientes e familiares;
  • e controle diário de medicações e alimentação por sonda.

Outras características, comuns a profissionais da área da saúde e especialmente importantes para intensivistas, são a facilidade para se comunicar com as pessoas, a empatia e a estabilidade emocional para lidar com situações traumáticas.

Quais são os desafios e as atribuições desse tipo de profissional?

Unidade de Terapia Intensiva é a área hospitalar reservada para a assistência de pacientes críticos e casos de alta complexidade, que necessitam de observação e suporte contínuo. Um ambiente tão importante como esse requer o trabalho de profissionais efetivamente preparados para lidar com as situações mais adversas. 

Até aqui, você sabe quais são as características fundamentais que o profissional de enfermagem deve ter para trabalhar em uma UTI. Mas a dúvida que fica é sobre os desafios e as atribuições associados a essa importante função exercida no ambiente hospitalar. Confira!

Monitorar máquinas

Uma das primeiras coisas que vêm à cabeça quando se pensa em UTI são os sons e os gráficos dos equipamentos hospitalares, certo?

As máquinas, sem dúvida, são essenciais para prolongar a vida e ampliar as chances de melhora dos pacientes internados. Por isso, os profissionais da enfermagem devem monitorar sempre os aparelhos e, em caso de falhas mecânicas, acionar a equipe técnica para solucionar o problema.

Administrar higiene do paciente

O profissional de enfermagem em UTI é responsável, também, por realizar a higiene e manter o bem-estar do paciente. Nesse caso, funções como trocar a roupa, dar banho, medicar, manter curativos e conferir a hemodinâmica (intervenção terapêutica com uso de cateter e injeção, por exemplo) são corriqueiras para esse funcionário intensivista.

Treinar equipes de enfermagem

O profissional intensivista, por outro lado, deve empenhar-se no treinamento da equipe de enfermagem locada na UTI. Por isso, ele tem a responsabilidade de observar constantemente o trabalho realizado individual e coletivamente, motivando-se, ainda, a participar de cursos e qualificações para melhor desempenhar a sua função na unidade.

Realizar a gestão hospitalar

Por fim, a equipe de enfermagem intensivista ocupa-se da gestão hospitalar, promovendo a organização dos setores, indicando as funções de cada profissional e lidando diretamente com possíveis demandas de pacientes e familiares.

Como muitas Unidades de Terapia Intensiva funcionam 24 horas, semanalmente, essa função administrativa da equipe de enfermagem é essencial para manter a rotatividade dos funcionários no hospital e, assim, atender a urgências e emergências a qualquer momento.

A rotina agitada diária de um enfermeiro especializado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) inicia-se no momento em que o paciente é admitido no ambiente hospitalar. O enfermeiro especialista em terapia intensiva, para dar conta de toda a pressão e a responsabilidade a que é submetido, precisa ser proativo e atento ao espaço, à gestão e aos cuidados necessários para com o paciente, além de exercer funções multidisciplinares simultâneas.

Cuidar de pessoas em estado grave exige muita dedicação, que precisa estar associada a conhecimentos que favoreçam um desempenho com qualidade. Assim, a qualificação por meio de uma especialização contribui muito para o profissional desenvolver suas habilidades, além de equipamentos de qualidade para auxiliar no dia-a-dia desses profissionais.

A Sanders do Brasil é referencia em equipamentos para CMEs Hospitalares, entre em contato e conheça mais nossos produtos.

Risco biológico

Risco biológico: dicas de cuidados no ambiente hospitalar

O risco biológico é facilmente encontrado no ambiente hospitalar, tendo como medida preventiva fundamental a necessidade do uso de equipamentos de proteção individual para médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde.

Existem normas e classificações que regem os níveis de contenção adequados para os seus manuseios. Entretanto, as instituições de saúde devem possuir meios próprios de tratar novos riscos. A implementação de novas técnicas de biossegurança deve ser adotada sempre que as medidas existentes se mostrarem ineficazes.

“Curiosamente, uma das principais normas de biossegurança em hospitais, clínicas e laboratórios é a higienização das mãos que, apesar de simples, é uma das medidas mais eficazes na contenção de doenças infectocontagiosas”, destaca Rubens Rodrigues Barrozo, analista de Gestão em Saúde e presidente da Comissão Interna de Biossegurança do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Geralmente, o maior número de acidentes com os profissionais de saúde envolve episódios com agulhas ou outros perfurocortantes, além de contato com sangue ou materiais contaminados. “Desta forma, os equipamentos de proteção individuais (EPIs) devem ser utilizados apenas no local de trabalho e nunca em refeitórios, copas ou em outros locais da instituição, uma vez que existe o risco de transportarem microrganismos”, adverte Rubens Barrozo.
Apesar de tal recomendação ser amplamente conhecida por todos os profissionais de saúde, é comum observarmos profissionais utilizando jalecos em áreas públicas e transportando-os de maneira inadequada.

Para Rubens Barrozo, os principais desafios na área de biossegurança hospitalar são a falta de recursos financeiros e a oferta de treinamentos. “Essa singularidade traz desafios relacionados com a gestão do processo de trabalho, proteção e produção da saúde do trabalhador, e até com a formação de novos profissionais”, conclui.

Confira as principais normas de biossegurança em hospitais, clínicas e laboratórios:

NR 7 – estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que visa promover e preservar a saúde de seus trabalhadores. Está contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para regulamentar a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977;

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) – visa estabelecer medidas que visem a eliminação, redução ou controle desses riscos em prol da preservação da integridade física e mental do trabalhador. Esse programa é regulamentado pela Norma Regulamentadora 9, contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, para regulamentar a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977;

NR – 32 / Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde – norma que cuida da saúde dos profissionais da área de saúde e tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Está contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, para regulamentar a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977.

A NR-32 abrange as situações de exposição aos diversos agentes de risco presentes no ambiente de trabalho, como risco biológico; químico e físico, com ênfase nas radiações ionizantes e, os riscos ergonômicos. Estabelece ainda que os EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição, em número suficiente, nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.

Além do cumprimento da legislação, os EPIs devem atender às seguintes exigências: ser avaliados quanto ao estado de conservação e segurança; estarem armazenados em locais de fácil acesso e em quantidade suficiente para imediata substituição; segundo as exigências do procedimento ou em caso de contaminação ou dano.
Com relação aos quimioterápicos antineoplásicos, é vedado iniciar qualquer atividade na falta de EPI. Além disso, é proibido movimentar cilindros de gases sem os EPIs adequados.

Devem ser elaborados manuais de procedimentos relativos à limpeza, descontaminação e desinfecção de todas as áreas, incluindo superfícies, instalações, equipamentos, mobiliário, vestimentas, EPI e materiais;

NR 6 / Equipamento de Proteção Individual – estabelece a obrigação do empregador em oferecer gratuitamente a proteção completa contra os acidentes de trabalho. Está contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE

Confira a lista completa de EPIs:

  • Luva: EPI básico para proteção contra riscos biológicos e químicos, sendo os tipos mais resistentes, adequados para manipulação de produtos mais contaminantes;
  • Touca: protege de forma dupla, tanto contra partículas que possam contaminar os profissionais quanto da queda de cabelos ou outros componentes em materiais e ambientes de trabalho;
  • Avental: funciona como barreira contra determinadas substâncias e microrganismos;
  • Sapatos fechados: a NR-32 impede uso de sapatos abertos;
  • Máscara: Evita o risco de contaminação respiratória;
  • Óculos: impede exposição dos olhos com agentes físicos, químicos e/ou biológicos.

Apesar da NR6 não especificar jalecos como EPIs, na prática, são assim considerados, por serem considerados como: “dispositivo de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a sua segurança no trabalho”.

Fonte: PEBMED

Conheça 7 formas de aplicar a biossegurança na enfermagem

Conheça 7 formas de aplicar a biossegurança na enfermagem

Considerando que o ambiente hospitalar é composto por diversos tipos de riscos, como biológico, físico, químico, ergonômico, etc., a biossegurança em enfermagem é uma questão muito relevante. A adoção dessa abordagem é uma forma de controlar e reduzir os perigos que causam acidentes e doenças ocupacionais, que prejudicam a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores e o meio ambiente.

Pensando na sua importância, elaboramos este conteúdo para apresentar as melhores formas de aplicar a biossegurança na área da saúde, principalmente no ramo da enfermagem. Acompanhe!

Como funciona a aplicação da biossegurança na enfermagem?

As regras e procedimentos estabelecidos devem ser seguidos cuidadosamente para manter um ambiente de trabalho mais seguro e prevenir os riscos de doenças e acidentes de trabalho. Portanto, neste momento, medidas que possam melhorar o desempenho dos funcionários são cruciais.

O que pode ser feito para garantir a efetividade da biossegurança na enfermagem? Conheça 7 formas a seguir.

1. Identificar os tipos de riscos

Os riscos precisam ser mapeados conforme as suas características, para que sejam mais bem compreendidos, e as estratégias mais eficientes serem aplicadas. Eles podem ser:

  • agentes químicos (vermelho) — produtos químicos de diversas formas, como medicamentos, formol e ácidos;
  • agentes físicos (verde) — equipamentos que geram frio, calor, radiação, centrífugas, autoclave etc;
  • agentes biológicos (marrom) — agentes biológicos, por exemplo, bactérias, vírus e fungos;
  • agentes mecânicos/de acidentes (azul) — espaço físico inapropriado para a realização do trabalho, iluminação inadequada, possibilidade de incêndio e demais;
  • agentes ergonômicos (amarelo) — outras atividades profissionais, como rotina intensa, estresse físico e mental, levantamento de peso, postura inadequada, esforço repetitivo, entre outros.

2. Utilizar os EPIs

De acordo com a Norma Regulamentadora Nº 6, a empresa é obrigada a oferecer, de forma gratuita, os equipamentos de proteção individual para que o empregado tenha condições de desenvolver suas atividades com proteção. Entre os mais utilizados na área da enfermagem, estão:

  • Luvas — protegem contra os riscos químicos, biológicos, sendo bastante usadas na manipulação de produtos contaminantes;
  • Avental — serve como barreira contra certas substâncias e microrganismos;
  • Touca — protege contra partículas que possam contaminar o trabalhador e a queda de fios de cabelos em materiais ou ambiente laboral;
  • Óculos — evita a exposição dos olhos a agentes biológicos, físicos e químicos;
  • Máscara — previne o risco de contaminação por vias respiratórias;
  • Sapatos — de acordo com a Norma Regulamentadora Nº 32, fica impedido o uso de sapatos abertos na realização das atividades.

Considerando que cada atividade possui um EPI específico para garantir a segurança necessária, é fundamental que os profissionais entendam os bons padrões de atendimento.

3. Higienizar as mãos constantemente

As mãos são um dos principais transportadores de microrganismos. Portanto, é imprescindível ter atenção à higiene em ambiente hospitalar exposto a diversas doenças e substâncias infecciosas. Nesse caso, toda a equipe, incluindo enfermeiras, médicos e demais profissionais, precisa desinfetar as mãos com álcool 70% na troca de pacientes antes de calçar novas luvas e visitantes.

Além disso, as mãos devem ser lavadas com água e sabão com frequência, com o intuito de evitar a contaminação hospitalar. O ideal é inserir placas e sinais de aviso em local apropriado a respeito da importância desse cuidado, contendo as instruções de como realizá-lo.

4. Manipular corretamente os materiais

A manipulação correta dos materiais hospitalares é outra ação importante para a aplicação da biossegurança em enfermagem. Isso porque é imperativo saber o que deve ser feito ao manusear agulhas, sangues, itens cortantes, entre outros.

Nesse caso, deve-se criar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), que se trata de um documento técnico onde estão inseridas todas as medidas de segurança referentes aos resíduos, desde a sua geração até o seu descarte, e que deve ser seguido a risca para evitar acidentes e contaminação.

5. Descartar os resíduos adequadamente

Essa medida é importante para preservar não só as pessoas que se encontram na unidade hospitalar, como o meio ambiente. Os protocolos e as normas de biossegurança devem englobar o descarte de todos os tipos de resíduos, como:

  • potencialmente infectantes — aqueles que podem conter agentes infecciosos e geram riscos biológicos, como vestígios de fluidos, devem ser descartados em sacos de lixo branco e recolhidos por empresa especializada no cuidado com lixos hospitalares;
  • químicos — resíduos que contenham substância química, como tóxicos, inflamáveis e corrosivos, também devem ser coletados e tratados por empresa especializada;
  • radioativos — resíduos que apresentam radioatividade superior ao padrão precisam ser tratados em observância às normas de biossegurança;
  • comuns — aqueles que não foram contaminados e não geram riscos de contaminação, como plásticos e papéis, podem ser descartados de forma habitual e levados para a coleta de rotina;
  • perfurocortantes — qualquer instrumento que possa cortar ou furar, como agulhas e vidros, precisam ser descartados em caixas amarelas específicas e coletadas por empresa especializada.

6. Desinfetar as superfícies

É necessário desenvolver manuais de procedimentos relacionados à limpeza, desinfecção e descontaminação de áreas, equipamentos, superfícies, EPIs e demais. Nesse caso, álcool, água corrente, sabão e detergente são soluções eficientes para eliminar o risco biológico, como fluidos e sangues. Tudo deve ser limpo antes e depois da sua utilização, com a finalidade de evitar a propagação de microrganismos residuais.

7. Treinar a equipe

Os colaboradores precisam conhecer os riscos aos quais estão expostos para que tenham a total consciência da importância de seguir à risca os protocolos apresentados. Por esse motivo, é crucial apresentar os perigos de contaminação e infecção a todos os membros da equipe. Além disso, é preciso fazer reciclagens e treinamentos periódicos para lembrá-los a respeito desses riscos e atualizar sobre mudanças e processos originários de novas ameaças.

Agora que você entende a importância da biossegurança na enfermagem, deve entender todos os cuidados a serem tomados, visto que o não cumprimento das medidas pode trazer múltiplos riscos ao profissional, ao paciente e ao meio ambiente. Por exemplo, além de colocar em risco a segurança dos indivíduos e a possibilidade de desenvolver e disseminar doenças de difícil controle, aumenta a exposição a vírus, bactérias e outros patógenos.

Conheça toda linha de produtos Sanders para CME.

Biossegurança Hospitalar

Biossegurança hospitalar: Por que ela é importante?

biossegurança hospitalar atua em diferentes áreas, prezando por práticas que ajudam a controlar possíveis ameaças, juntamente à divulgação de informações e instruções de execução.

Ela é um assunto que, cada dia mais, deve ser incluído na pauta dos diretores de hospitais e clínicas.

Afinal, trata-se de um conjunto de práticas que reduz os riscos biológicos que, naturalmente, estão relacionados com a rotina hospitalar.

Essas ameaças invisíveis podem estar ligadas a diversos fatores.

Tratando-se do ambiente de hospital, a biossegurança é um aspecto fundamental. Entretanto, mesmo com toda a relevância que o assunto envolve, muitas pessoas envolvidas nesse setor ainda não sabem da sua importância e não seguem suas práticas dentro dos hospitais.

Para entender melhor sobre o assunto e ter um trabalho mais seguro, continue lendo este post e descubra como a biossegurança pode ser um grande diferencial em um hospital. Confira!

Qual é o conceito de biossegurança?

De forma prática, a biossegurança é um conjunto de normas, procedimentos e boas práticas que determinam a segurança de quem trabalha em hospitais, clínicas e postos de saúde.

Logo, ao falarmos sobre o que é biossegurança, é importante ter em mente que seu foco está nos profissionais da área da saúde.

No entanto, também preza pelo meio ambiente, sociedade, bem-estar e redução de riscos de pacientes, uma vez que ignorar essas medidas pode ocasionar problemas públicos, como epidemias.

Em relação às instituições e seus integrantes, a biossegurança cuida de:

Instalações e infraestrutura adequadas;

Boas práticas em hospitais e laboratórios;

Exposição de profissionais a agentes biológicos;

Qualificação e treinamento de equipe.

Trata-se de regras que toda a equipe do hospital deve seguir, buscando reduzir ou prevenir acidentes que possam prejudicar a saúde das pessoas e dos seus próximos.

Entre os principais acidentes, podemos destacar a contaminação por agentes biológicos e a contração de doenças.

Na área de biossegurança hospitalar, há dois fatores que andam de mãos dadas: a necessidade de utilização de EPIs e EPCs.

São equipamentos que garantem a segurança e a integridade dos colaboradores — além de proteger quem utiliza o hospital, bem como aqueles que os profissionais atendem.

Por que ela é importante para meu hospital?

Como falamos, o ambiente de hospital tem um grande potencial para causar danos à saúde das pessoas, principalmente dos seus profissionais. Com uma grande exposição a vírus, bactérias e outros agentes patogênicos, é bom saber como se proteger, e é aqui que a biossegurança entra: preocupando-se com as instalações dos laboratórios, treinando a equipe e criando medidas para proteger todos os envolvidos.

Vale lembrar que essa é uma medida que previne a saúde dos pacientes, dos funcionários e do restante da população, já que, sem a biossegurança, uma simples doença poderia facilmente se tornar uma epidemia.

É a biossegurança que prevê a lavagem das mãos antes de qualquer atendimento, do preparo ou contato com algum paciente, por exemplo. Pode parecer um hábito simples demais, mas ele pode prevenir muitas doenças e complicações. Os profissionais das áreas de saúde também usam equipamentos importantes, como os jalecos e aventais, que também são fundamentais nesse sentido.

Qual o objetivo da biossegurança hospitalar?

biossegurança hospitalar tem um papel crucial no treinamento de equipes e na infraestrutura de todo ambiente.

Afinal, hospitais podem ser ambientes que abrigam vírus, bactérias e outros agentes bastante nocivos à saúde das pessoas, especialmente a dos profissionais.

Além disso, instrumentos médicos cortantes também podem ser fatores de risco, e por isso, colocam em alerta os profissionais em relação aos cuidados para não comprometer a segurança dos colegas e pacientes.

Práticas como a administração da farmácia hospitalar, a higienização das mãos e o descarte correto de materiais podem parecer óbvias, mas é preciso atenção.

Se esses cuidados não forem reforçados e tratados com rigor, as consequências podem ser desastrosas para a saúde de médicos, enfermeiros e pacientes.

Vale lembrar que a biossegurança nas ações de saúde vai além, chegando aos cuidados com objetos pessoais dos profissionais de saúde, como aventais, jalecos e estetoscópios, por exemplo.

Além disso, equipamentos utilizados no atendimento aos pacientes não devem ser expostos a situações fora do ambiente hospitalar/laboratorial.

Por isso, abaixo, você pode conferir alguns dos pontos cruciais por trás da aplicação de uma boa estratégia de biossegurança.

Minimizar riscos

A implementação de normas de biossegurança auxilia, principalmente, a minimizar os  riscos biológicos que circulam dentro do ambiente hospitalar.

Afinal, trata-se de um local onde há uma grande circulação de pessoas enfermas, que podem disseminar vírus ou bactérias.

Os agentes de saúde, nessa dinâmica, podem ser  suscetíveis aos seus efeitos, como também servir de “transporte” para o contágio de terceiros.

Portanto, o uso contínuo de EPIs e EPCs é uma prática que deve ser exercida, exigida e fiscalizada.

Proteger o profissional 

O profissional é quase um escudo dentro do ambiente hospitalar.

Com o nível correto de proteção e cuidados, bem como de práticas de gestão da biossegurança, é possível proteger o profissional.

Aqui, além dos equipamentos, é necessário desenvolver e aplicar treinamentos aos colaboradores, bem como revisar as instalações, observando brechas para contaminações.

Garantir a saúde da população

A biossegurança dentro do hospital ou clínica garante que nenhum agente patológico saia pelas portas do estabelecimento e se espalhe pela população.

Esse é um dos grandes objetivos da sua aplicação, que visa realmente servir de braço forte da manutenção da saúde pública.

Casos como os recentes, envolvendo o novo coronavírus, mostram essa importância.

Preservação do meio ambiente 

Por fim, é preciso observar que a implementação de uma boa estratégia de biossegurança visa também à preservação do meio ambiente.

O hospital é um estabelecimento que lida com várias substâncias tóxicas e potencialmente perigosas ao meio ambiente (representando ameaças à fauna e flora).

Por isso, os métodos de segurança tanto ao manipular essas substâncias, como ao armazená-las e descartá-las, deve ser eficiente e extremamente seguro.

Quais são os itens de proteção que fazem parte das medidas de biossegurança?

A biossegurança pode ser dividida em duas formas de proteção:

Equipamento de proteção individual (EPI) e Equipamento de proteção coletiva (EPC).

Dispositivos como EPI e EPC são os responsáveis por garantir a segurança, a integridade, a saúde e o bem-estar de profissionais e pacientes no ambiente hospitalar.

Em relação à proteção individual, alguns itens se destacam como luvas, óculos, mascaras jalecos.

Já os EPCs são equipamentos de proteção coletiva. Ou seja, pensados para a segurança de toda equipe, por exemplo, as autoclaves, Cabines de segurança, Chuveiro de emergência / Lava olhos.

Conclusão

A prevenção de acidentes e o cuidado com a segurança em hospitais e laboratórios devem ser prioridade nas instituições de saúde.

Todas as pessoas envolvidas em processos dessa natureza devem estar cientes da importância da utilização de todas as práticas e os equipamentos voltados à proteção de colaboradores e pacientes. A Sanders do Brasil é uma empresa 100% brasileira e destaca-se no combate e controle de infecções hospitalares fabricando equipamentos de alta qualidade, entre em contato com nossa equipe e conheça.

Biossegurança E Desinfecção De Materiais De Moldagem E Moldes Para Profissionais De Prótese Dentária – Diferentes Técnicas de Desinfecção

Biossegurança E Desinfecção De Materiais De Moldagem E Moldes Para Profissionais De Prótese Dentária – Diferentes Técnicas de Desinfecção

Da mesma forma que todo paciente que entra em uma clínica dentária deve ser sempre tratado assim como um indivíduo acometido por quaisquer infecções, porém sem sinais e sintomas de determinada doença os moldes, registros de mordida, modelos, componentes, entre outros devem ser recebidos pela equipe de Prótese Dentária como se esses materiais não tivessem sofrido desinfecção pelos Dentistas.

A responsabilidade do procedimento de desinfecção é do Cirurgião Dentista (CD), mas infelizmente muitas vezes esse procedimento é negligenciado e cuidados extras devem ser realizados pela equipe de Prótese.

Mas a biossegurança nunca pode ser menosprezada na prática odontológica e a infecção cruzada sempre deve ser controlada para os riscos biológicos se reduzirem ao mínimo.

Desinfecção

Métodos de desinfecção e esterilização de equipamentos, instrumentais e
materiais odontológicos são necessários para evitar a disseminação
de patógenos:

1 Entre pacientes;
2 Paciente para os profissionais;
3 Profissional para o paciente;
4 Entre profissionais, especialmente na relação clínica/laboratorial.

Por isso existem diferentes técnicas de desinfecção que precisam ser desenvolvidas pela equipe de prótese dentária.

Diferentes técnicas de Desinfecção

Glutaraldeído

Contra indicado por oferecer muitos riscos ao usuário, porém é capaz
de produzir desinfecção de alto nível, com um amplo espectro e
mecanismos de ação rápida, conhecido também como “esterilizador
químico”.

Pode destruir todos os tipos de microorganismos (incluindo
bactérias e fungos esporulados, bacilo da tuberculose e vírus) se
usado na concentração e forma correta.

É um líquido colorido de odor forte que oferece alguns riscos aos usuários.

Apesar de ser considerado o melhor desinfetante para esterilização à frio, tem seu uso proibido em alguns países por não ser biodegradável.

Assim como pode causar irritação aos olhos, pele e trato respiratório.

Deve ser manipulado só em recipientes fechados, em ambiente possuindo exaustor ou boa ventilação e mantendo a temperatura baixa da solução, para reduzir a concentração do produto no ar.

Manipular com luvas de nitrilo.

Hipoclorito de sódio

Produz desinfecção de nível intermediário e tem amplo espectro
de atividade antimicrobiana.

Um desinfetante muito utilizado com vantagens bem como:

  • Rápida atividade antimicrobiana;
  • Fácil uso;
  • Solúvel em água;
  • Relativamente estável;
  • Não tóxico na concentração indicada;
  • Baixo custo;
  • Não pigmenta os materiais;
  • Não inflamável;
  • Incolor.

As desvantagens incluem:

  • O fato de ser irritante para mucosas;
  • Menos eficiente em meio ambiente orgânico e efeito corrosivo em metais.

Pelo fato do seu mecanismo de ação ser por oxidação, a Desinfecção tem alto efeito contra o vírus COVID-19.

Estudo avaliou o efeito desse produto na concentração de 1% sendo
borrifados em moldes de alginato, previamente lavados em água
corrente e secos e não encontraram alterações dimensionais severas
ou rugosidades nos modelos obtidos à partir desses moldes.

No entanto, a literatura descreve pequenas alterações dimensionais quando usando imersão do molde por 15 minutos em solução com concentração 0,5%.

Iodofórmio

Nível de desinfecção baixo à intermediário, sendo bactericidas, micobactericida e virucida. Também é fugicida, mas requer mais tempo de contato para ação.

Melhor usado como antisséptico do que como desinfetante.

Não é esporicida e pode causar pigmentações, não é inflamável e tem efeito irritante nas membranas e mucosas.

Materiais orgânicos remanescentes na superfície podem levar a neutralização da capacidade desinfetante do iodine, por isso que é necessário um contato maior do desinfetante para completar a desinfecção.

De acordo com estudo, 30 minutos de exposição a povidine-iodine (0,1%) não causou distorções significativas em moldes de materiais à base polisulfitos e polivinilsiloxane.

Desinfecção por Álcool

Providenciam nível intermediário de desinfecção, isso inclui o álcool isopropílico e o etílico à 70%, o isopropílico é habitualmente usado assim como antisséptico.

Superfícies de consultórios podem também ser desinfetadas com álcool isopropílico 70%. Álcool etílico é mais potente na atividade bactericida do que bacteriostática.

Também atua sobre o bacilo da tuberculose, fungos e vírus.

Não são indicados como desinfetantes de moldes por que podem causar alterações nas superfícies dos mesmos.

Também não são indicados para desinfecção de bases acrílicas de próteses.

Fenóis

São classificados como de nível intermediário de desinfecção.

Também conhecidos como venenos protoplasmáticos, em baixas concentrações promovem lise de bactérias em crescimento do
tipo e.coli, staphylococcus e streptococcus.

Possuem propriedades antifúngicas e antivirais, usados em bochechos, sabonetes e limpeza de superfícies não indicados para desinfecção de moldes.

Uso incompatível com látex, acrílico e borracha.

Clorexidina

Desinfetante e antisséptico de nível intermediário.

Tem amplo expectro de atividade e também é usada bem como substância antipútrida.

Tem uso habitual na forma de enxaguatórios orais e sabonetes. É
bactericida, virucida e micobacteriostático.

Sua atividade diminui na presença de material orgânico, uma vez que é dependente do pH.

Estudo considera que pode ser utilizado na concentração de 0.2%
substituindo a água para preparar o alginato.

Por isso o molde pode também ser imerso em clorexidina e proporcionar uma desinfecção efetiva.

Considerado também um produto indicado para desinfecção de próteses que contenham componentes metálicos, durante as idas e vindas da clínica ao laboratório características do processo

laboratorial (uma vez que o hipoclorito de sódio não seria indicado pela presença do metal).

Água ionizada

O ozônio é uma molécula gasosa inorgânica, tem atividade
DESINFECÇÃO antimicrobiana, anti hipóxica, analgésica e imunoestimulatória.

É usada para desinfecção de águas, cavidade oral e dentaduras.

A água ozonizada pode ser usada também para a desinfecção de moldes.

Estudos mostram bons resultados de desinfecção usando água ionizada
produzida por uma máquina especifica em moldes contaminados com P. Aeruginosa, S. aureus e C. albicans.

Os autores consideram ainda que a água ionizada é mais biocompatível do que o hipoclorito de sódio, clorexidine ou água oxigenada e pode ser usada com imersões por mais tempo para conseguir desinfecções mais efetivas.

Ácido Peracético

Tem vantagens bioquímicas que permitem a sua utilização de alto
nível na área médica.

Características do ácido peracético assim como pH favorável, boa capacidade antimicrobiana e baixa toxicidade, sugerem propriedades para a desinfecção de moldes na rotina odontológica.

É utilizado na proporção de 1% para desinfecção de moldes, sua capacidade anti microbiológica foi comprovada em estudo microbiológico, porém estudos de estabilidade dimensional não foram encontrados.

Considera-se também a esterilização de moldes, ou dos modelos de gesso utilizando irradiação por micro-ondas.

Mas essas causam alterações na integridade da membrana celular e do metabolismo celular que leva a morte microbiana.

É considerado um método simples, de baixo custo e efetivo de desinfecção.

Da mesma forma é indicado para desinfecção de próteses totais e também de moldes.

Por isso, alguns estudos mostram a efetividade desse método quando associado ao peróxido de hidrogênio, sem causar alterações nos materiais.

Assim como o uso da radiação ultra-violeta também é descrito e defendido por estudo de Nimonkar e colaboradores que comparou esse método com a desinfecção química utilizando hipoclorito de sódio a 1% e Glutaraldeido a 2% em relação à estabilidade do polivinilsiloxane.

A Sanders do Brasil possui soluções para biossegurança, como autoclaves, lavadoras ultrassônicas, reprocessadoras de endoscópios, termodesinfectoras, entre outros, todos equipamentos destinados a segurança do paciente e dos operadores.
Conheça nossas linhas de produtos, acesse nosso site: www.sandersdobrasil.com.br

Manual | Biossegurança laboratorial relativa à COVID-19 – Parte 1

O objetivo deste documento é fornecer orientações provisórias de medidas de Biossegurança laboratorial para testes com amostras clínicas de pacientes que atendam à definição de casos do novo patógeno identificado em Wuhan, China, ou seja, a doença do coronavírus 2019 (COVID-19).

Destaques de Biossegurança laboratorial para a COVID-19
  • Todos os procedimentos devem ser realizados com base na avaliação de risco e somente por profissionais com qualificação demonstrada. Aplicando-se rigorosamente todos os protocolos pertinentes, em todas as situações.
  • O processamento inicial (antes da inativação) de todas as amostras deve ser feito dentro de uma cabine de biossegurança biológica (CSB) validada ou equipamento de contenção primária.
  • O trabalho laboratorial de diagnóstico não-propagativo (por exemplo, sequenciamento, teste de amplificação de ácidos nucleicos [NAAT]) deve ser realizado em um local com procedimentos equivalentes ao Nível de Biossegurança (NB2 – Nível de Biossegurança 2).
  • O trabalho propagativo (por exemplo, culturas virais, isolamento viral ou testes de neutralização) deve ser realizado em um laboratório de contenção com fluxo de ar direcional para dentro do recinto (NB3 – Nível de Biossegurança 3).
  • Devem ser usados desinfetantes apropriados, com eficácia contra vírus envelopados (por exemplo, hipoclorito [água sanitária], álcool, peróxido de hidrogênio, compostos de amônio quaternário e compostos fenólicos).
  • Amostras de casos suspeitos ou confirmados devem ser transportadas como UN3373, “Substância biológica Categoria B”. Assim como Culturas ou isolados virais devem ser transportados como Categoria A, UN2814, “substâncias infecciosas que afetam os seres humanos”.
Biossegurança laboratorial

Em suma, é fundamental assegurar que os laboratórios de saúde utilizem práticas apropriadas de biossegurança.

Qualquer teste que investiga a presença do vírus responsável pela COVID-19 ou que envolve amostras de pacientes que atendem à definição de casos suspeitos deve ser realizado em laboratórios devidamente equipados.

Assim como, deve contar com profissionais treinados nos procedimentos técnicos e de segurança aplicáveis.

As diretrizes nacionais de biossegurança laboratorial devem ser respeitadas, acima de tudo, em toda e qualquer circunstância.

Para obter informações gerais mais avançadas sobre as diretrizes de biossegurança laboratorial, consulte o manual de Biossegurança Laboratorial da OMS.

A 3a edição, permanece válida até a publicação da 4a edição.

Pontos principais
  • Cada laboratório deve realizar uma avaliação de risco local (ou seja, institucional). Assim como deve assegurar que esteja qualificado para realizar os testes pretendidos, empregando medidas de controle de riscos apropriadas.
  • Ao manipular e processar amostras, bem como sangue para exames sorológicos, devem-se seguir as práticas e procedimentos laboratoriais. Esses procedimentos são básicos para as boas práticas e procedimentos para laboratórios de microbiologia.
  • A manipulação e o processamento de amostras de casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo vírus da COVID-19 enviadas para exames laboratoriais adicionais, assim como hemograma e gasometria, devem cumprir as diretrizes locais de processamento de material potencialmente infeccioso.
  • O trabalho laboratorial diagnóstico não-propagativo, incluindo sequenciamento e NAAT de amostras clínicas de pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus da COVID-19, deve empregar as práticas e procedimentos definidos nos requisitos fundamentais. Bem como uma seleção apropriada de medidas de controle avançadas, com base na avaliação de risco local. Nesse meio tempo, o NB2 (Nível de Biossegurança 2) conforme definido no manual de Segurança Biológica em Laboratórios da OMS continua sendo apropriado.
A manipulação de materiais com altas concentrações de vírus vivo (como para testes de propagação, isolamento e neutralização viral) ou grandes volumes de materiais infecciosos deve ser realizada apenas por profissionais devidamente treinados e qualificados. Assim como devem ser feitos em laboratórios equipados para cumprir requisitos e práticas essenciais de contenção adicionais, ou seja, NB3 – ( Nível de Biossegurança 3).
  • O processamento inicial (antes da inativação) de todas as amostras, inclusive aquelas para sequenciamento e NAAT, deve ocorrer em uma cabine de biossegurança validada e em boas condições de manutenção, ou em equipamento de contenção primária.
  • Desinfetantes apropriados, com eficácia comprovada contra vírus envelopados, devem ser usados durante o tempo de contato recomendado, na diluição correta e dentro da validade definida após o preparo da solução de trabalho.
  • Todos os procedimentos técnicos devem ser realizados de modo a minimizar a geração de aerossóis e gotículas.
  • Os equipamentos de proteção individual (EPI) apropriados, conforme determinado pela avaliação de risco detalhada, devem ser usados pelos funcionários do laboratório que tenham contato com essas amostras.
  • Amostras de casos suspeitos ou confirmados devem ser transportadas assim como UN3373 Substância biológica Categoria B. Culturas ou isolados virais devem ser transportados assim como Categoria A UN2814, substância infecciosa que afeta seres humanos. Recomendações de condições mínimas/essenciais de trabalho associadas a manipulações específicas em laboratórios. As recomendações adicionais nesta seção contemplam as condições de trabalho mínimas/essenciais associadas a manipulações específicas em laboratórios.
Avaliação de risco

A avaliação de risco é um processo sistemático de coleta de informações e avaliação da probabilidade e das consequências da exposição ou liberação de perigos ocupacionais. Seguida assim da determinação de medidas de controle apropriadas para reduzir os riscos a níveis aceitáveis.

É importante observar que os perigos sozinhos não representam risco aos seres humanos ou animais.

Portanto, devem-se também considerar os tipos de equipamentos usados e os procedimentos a serem realizados com o agente biológico.

Recomenda-se enfaticamente que o ponto de partida seja uma avaliação de risco local para cada etapa do processo, ou seja desde a coleta das amostras, recebimento das amostras, exames clínicos, reação em cadeia da polimerase (PCR) para o isolamento viral (somente quando e onde aplicável).

Consideram-se determinados perigos para cada etapa do processo, como exposição a aerossóis durante o processamento de amostras; respingos acidentais nos olhos durante o processamento de amostras; derramamento de material de cultura infeccioso; e amostras com vazamento (no caso do recebimento de amostras), com grau de risco avaliado.

Para cada risco identificado, medidas de controle apropriadas.

Entre elas as recomendações a seguir, devem ser selecionadas implementadas para mitigar os riscos residuais e reduzi-los a níveis aceitáveis.

Procedimentos laboratoriais de rotina, incluindo trabalho diagnóstico não-propagativo e análise de PCR.

O trabalho laboratorial diagnóstico que não envolva culturas
e a análise de PCR em amostras clínicas de pacientes com
suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus da COVID-19
devem empregar as práticas e procedimentos descritos para
laboratórios convencionais de análises clínicas e microbiológicas , conforme descrito nos requisitos fundamentais .

No entanto, todas as manipulações de materiais potencialmente infecciosos, incluindo aquelas que possam gerar respingos, gotículas ou aerossóis de materiais infecciosos (por exemplo, carga e descarga de canecos vedados de centrífugas, trituração, misturação, agitação vigorosa, sonicação, abertura de recipientes de materiais infecciosos cuja pressão interior possa ser diferente da pressão ambiente), devem ser realizadas em cabines de segurança validadas e em boas condições de manutenção ou equipamentos de contenção primária.

Exemplos de Biossegurança laboratorial de rotina incluem:
  • Exames diagnósticos de amostras de soro; sangue (incluindo hemograma ou bioquímica);
  • Amostras respiratórias assim como esfregaços nasofaríngeos e orofaríngeos;
  • Escarro e/ou aspirado endotraqueal ou lavado broncoalveolar;
  • Fezes; ou outras amostras;
  • Exames de rotina de culturas de fungos e bactérias desenvolvidas a partir de amostras do trato respiratório.

Ao manipular e processar amostras, os requisitos fundamentais, incluindo as boas práticas e procedimentos para laboratórios de microbiologia, devem ser observados sempre.

Esses requisitos incluem, entre outros, aqueles contemplados nos subtítulos a seguir:

Uso de desinfetantes apropriados

Embora pouco se saiba sobre esse novo vírus, as características genéticas comparáveis entre os vírus responsáveis pela COVID-19 e o MERS-CoV indicam que o vírus da COVID-19 pode ser suscetível a desinfetantes com eficácia comprovada contra vírus envelopados, incluindo hipoclorito de sódio como, por exemplo:

  • Alvejante (1000 partes por milhão ppm para desinfecção de superfícies em geral e 10.000 ppm (1%) para desinfecção de manchas de sangue);
  • Etanol a 62-71% %;
  • Peróxido de hidrogênio a 0,5%;
  • Compostos de amônio quaternário;
  • Compostos fenólicos, contanto que usados de acordo com as recomendações dos fabricantes.

Outros agentes biocidas, assim como cloreto de benzalcônio a 0,05- 2,0% ou digluconato de clorexidina a 0,02%, podem não ser tão eficazes.

Não apenas a seleção do desinfetante exige atenção especial, mas também o tempo de contato (por exemplo, 10 minutos), a diluição (ou seja, a concentração do princípio ativo) e a validade após o preparo da solução de trabalho.

Sabe-se que os coronavírus em geral sobrevivem em superfícies inanimadas assim como metal, vidro ou plástico por até 9 dias.

Isolamento viral

Exceto quando determinado diferentemente por um país, considerando-se os conhecimentos recém-adquiridos e as medidas de prevenção de eficácia comprovada descritas acima, o isolamento viral a partir de amostras clínicas de pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus da COVID-19 deve ser realizado apenas em laboratórios equipados para atender aos critérios de contenção adicionais a seguir:

  • Sistema de ventilação controlada que mantenha um fluxo de ar direcional para o interior do laboratório;
  • O ar proveniente do sistema de exaustão não deve ser recirculado para outras áreas do recinto. O ar deve ser filtrado com filtros HEPA (filtro de ar com alta eficiência de retenção de partículas) caso seja recondicionado e recirculado dentro do laboratório. Caso o ar proveniente do sistema de exaustão do laboratório seja descarregado no exterior, este deve ser dispersado para longe dos recintos ocupados e entradas de ar. Esse ar deve ser descarregado através de filtros HEPA;
  • Um lavatório dedicado à lavagem das mãos deve estar disponível no laboratório;
  • Todas as manipulações de materiais infecciosos ou potencialmente infecciosos devem ser realizadas em cabines de segurança validadas e em boas condições de manutenção;
  • Os funcionários do laboratório devem usar equipamentos de proteção, incluindo luvas descartáveis;
  • Aventais de frente sólida ou transpassados, pijamas cirúrgicos ou macacões com mangas que cubram totalmente os antebraços;
  • Toucas;
  • Sapatilhas ou sapatos dedicados;
  • Protetor ocular (óculos de proteção ou máscara do tipo face shield).

A avaliação de risco determina se é necessário usar proteção respiratória.

Centrifugação de amostras deve ser realizada em rotores ou canecos de centrífuga vedados.

Esses rotores ou canecos devem ser carregados e descarregados em uma cabines de segurança.

Riscos adicionais associados aos estudos de isolamento viral.

Certos procedimentos experimentais podem resultar em riscos adicionais de mutações virais, com possível aumento da patogenicidade e/ou transmissibilidade, ou vírus com antigenicidade ou suscetibilidade a medicamentos alteradas.

Avaliações de riscos específicos devem ser realizados e medidos
específicas de redução de riscos devem ser adotadas antes da
realização de qualquer dos procedimentos a seguir:

  • Coinfecção de culturas celulares com diferentes coronavírus, ou quaisquer procedimentos que possam resultar em coinfecção;
  • Cultura de vírus na presença de medicamentos antivirais;
  • Modificação genética deliberada de vírus.

A Sanders do Brasil possui soluções para biossegurança, como autoclaves, lavadoras ultrassônicas, reprocessadoras de endoscópios, termodesinfectoras, entre outros, todos equipamentos destinados a segurança do paciente e dos operadores.
Conheça nossas linhas de produtos, acesse nosso site: www.sandersdobrasil.com.br

Manual | Biossegurança laboratorial relativa à COVID-19 – Parte 2

No intuito de promover a segurança dos pacientes e profissionais da odontologia, a Sanders está disponibilizando este material que aborda o Manual de Biossegurança laboratorial relativa à COVID-19 – Parte 2, o material contém importantes recomendações para que os profissionais possam realizar um atendimento mais adequado neste momento tão delicado.

Vale lembrar que essa é a segunda parte do material sobre Biossegurança laboratorial, por isso se você acessou diretamente esse conteúdo, clique no link Manual | Biossegurança laboratorial relativa à COVID-19 – Parte 1, e confira primeira parte.

Boas práticas e procedimentos para Biossegurança laboratorial em microbiologia:
  • Nunca guarde alimentos e bebidas ou itens pessoais, assim como jaquetas e bolsas, dentro do laboratório.
  • Atividades bem como comer, beber, fumar e aplicar cosméticos devem ser realizadas apenas fora do laboratório.
  • Nunca coloque materiais como canetas, lápis ou chicletes na boca enquanto estiver dentro do laboratório, mesmo que esteja usando luvas.
  • Lave bem as mãos, preferencialmente com água morna corrente e sabão, após manipular qualquer tipo de material biológico, incluindo animais, antes de sair do laboratório e sempre que houver contaminação suspeita ou efetiva presente nas mãos.
  • Nunca permita que chamas ou fontes de calor sejam colocadas próximas a materiais inflamáveis ou deixadas desassistidas.
  • Coloque curativos sobre quaisquer possíveis cortes ou rachaduras na pele antes de entrar no laboratório.
  • Antes de entrar no laboratório, certifique-se de que os equipamentos laboratoriais e consumíveis, incluindo reagentes, EPI e desinfetantes, sejam suficientes e apropriados para as atividades a serem realizadas.
Certifique-se de que os materiais sejam armazenados corretamente (ou seja, de acordo com a instruções de armazenagem) e em segurança, para reduzir a chance de acidentes e incidentes como derramamentos ou tropeços e quedas da equipe do laboratório.
  • Assegure a identificação correta (rotulagem) de todos os agentes biológicos, substâncias químicas e materiais radioativos.
  • Proteja documentos físicos de contaminação usando barreiras (como pastas plásticas), principalmente aqueles que possam vir a sair do laboratório.
  • Assegure que o trabalho seja executado com cuidado, no tempo apropriado e sem pressa. Deve-se evitar trabalhar sob fadiga.
  • Mantenha a área de trabalho arrumada, limpa e livre de desordem e materiais que não sejam necessários ao trabalho a ser realizado.
  • Proíba o uso de fones de ouvido, que podem distrair os funcionários e impedir que ouçam alarmes de equipamentos ou do prédio.
  • Cubra devidamente ou remova joias e bijuterias que possam danificar o material das luvas, ser facilmente contaminadas ou atuar como fômites da infecção. Caso sejam usados regularmente, recomenda-se a limpeza e descontaminação de joias ou óculos de grau.
  • Evite usar equipamentos eletrônicos portáteis (por exemplo, telefones celulares, tablets, laptops, pen drives, cartões de memória, câmeras ou outros dispositivos portáteis, incluindo os utilizados para sequenciamento de DNA/RNA) quando estes não forem especificamente exigidos pelos procedimentos laboratoriais a serem realizados.
  • Guarde os equipamentos eletrônicos portáteis em áreas em que não sejam facilmente contaminados nem possam atuar assim como fômites da infecção. Quando não for possível evitar a proximidade com esses aparelhos, assegure que estes estejam protegidos por uma barreira física ou sejam descontaminados antes de saírem do laboratório.
Procedimentos técnicos de Biossegurança laboratorial
  • Evite a inalação de agentes biológicos. Use boas técnicas para minimizar a formação de aerossóis e gotículas durante a manipulação de amostras.
  • Evite a ingestão de agentes biológicos e o contato com a pele e os olhos.
  • Use luvas descartáveis durante todo o tempo ao manipular amostras.
  • Evite levar as mãos com luvas ao rosto.
  • Use máscara ou outra forma de proteção para a boca, os olhos e o rosto durante procedimentos sujeitos a respingos.
  • Sempre que possível, troque equipamentos de vidro por plástico.
  • Caso use tesouras, estas devem ser rombas ou com pontas arredondadas, e não pontudas.
  • Manuseie com cuidado objetos perfurocortante e agulhas, se necessários, para evitar lesões e injeção de agentes biológicos.
  • Use abridores próprios para o manuseio seguro das ampolas.
  • Nunca recoloque a tampa, corte ou remova agulhas das seringas descartáveis.
  • Descarte materiais perfurocortantes (por exemplo, agulhas, agulhas em seringas, lâminas, cacos de vidro) em caixas próprias para este fim, com tampas lacradas.
Como prevenir a dispersão de agentes biológicos:
  • Coloque as amostras e culturas em recipientes estanques, com as tampas corretamente colocadas, antes de descartá-las em cestos de lixo dedicados;
  • Considere abrir os tubos usando uma toalha/gaze embebida em desinfetante;
  • Descontamine as superfícies de trabalho com desinfetante apropriado no fim dos procedimentos de trabalho ou caso algum material tenha sido derramado ou esteja evidentemente contaminado;
  • Certifique-se de usar um desinfetante com eficácia contra o patógeno em questão, e deixe-o em contato com os materiais infecciosos por tempo suficiente até a inativação completa do agente.
Qualificação e treinamento de funcionários
Treinamento geral de familiarização e conscientização de Biossegurança laboratorial.

O treinamento geral deve incluir uma introdução ao espaço do laboratório, códigos de conduta, diretrizes locais, manuais de segurança, avaliações de risco, requisitos legais e procedimentos de resposta de emergência.

Treinamento para funções e trabalhos específicos
  • Os requisitos de treinamento podem variar de acordo com as funções do cargo. No entanto, em geral, todos os funcionários envolvidos na manipulação de agentes biológicos devem ser treinados em Boas práticas e procedimentos para laboratórios de microbiologia.
  • A avaliação de competência e proficiência deve ser usada e verificada antes que o funcionário possa trabalhar de forma autônoma, com revisão e atualização periódica dos conhecimentos.
  • Informações relevantes, bem como novos procedimentos, devem ser atualizadas e divulgadas aos funcionários envolvidos.
Treinamento de segurança
  • Todos os funcionários devem estar cientes dos perigos existentes no laboratório e dos riscos associados;
  • Procedimentos de trabalho seguros;
  • Medidas de segurança;
  • Preparação e resposta a emergências.
Projeto do laboratório
  • O espaço deve ser amplo, com um lavatório dedicado para lavagem das mãos e restrição de acesso apropriada;
  • As portas devem estar corretamente identificadas, e as paredes, pisos e móveis do laboratório devem ser lisos, fáceis de limpar, impermeáveis a líquidos e resistentes aos produtos químicos e desinfetantes normalmente usados no laboratório;
  • A ventilação, quando disponível (incluindo sistemas de aquecimento/resfriamento e, especialmente, ventiladores/unidades locais de ar condicionado do tipo split – principalmente quando reformados) deve garantir que os fluxos de ar não comprometam a segurança do trabalho. Devem-se considerar a velocidade e a direção do fluxo de ar resultante, e fluxos turbulentos devem ser evitados; isso aplica-se também à ventilação natural.
  • O espaço e as instalações do laboratório devem ser adequados e apropriados para a manipulação e armazenamento seguros de materiais infecciosos e outros materiais perigosos, bem como produtos químicos e solventes.
  • Os locais para consumo de alimentos e bebidas devem ficar fora do laboratório, e deve haver um local para serviços de primeiros socorros.
  • Métodos apropriados de descontaminação de resíduos, por exemplo, desinfetantes e autoclaves, devem estar disponíveis e próximos ao laboratório.
  • A gestão dos resíduos deve ser considerada no projeto do laboratório.
  • Os sistemas de segurança devem cobrir incêndios, emergências elétricas e instalações de emergência/resposta a incidentes, com base na avaliação de risco.
  • O fornecimento de energia elétrica deve ser confiável e adequado, e a iluminação deve permitir a saída segura do local.
  • Situações de emergência devem ser consideradas no projeto, conforme a avaliação de risco local, bem como o contexto geográfico/meteorológico.
Recebimento e armazenagem de amostras
  • Toda amostra recebida pelo laboratório deve vir acompanhada de informações suficientes para identificar do que se trata a amostra, quando e onde ela foi colhida ou preparada e quais testes e/ou procedimentos (se houver) devem ser realizados.
  • Considere a possibilidade de desembalar os itens dentro da cabine de biossegurança. Os responsáveis por desembalar e receber as amostras devem ser devidamente treinados e conscientizados dos perigos envolvidos; como adotar as precauções necessárias segundo as normas de GMPP descritas anteriormente; como manipular recipientes quebrados ou com vazamento; e como solucionar derramamentos e usar desinfetantes para eliminar possíveis contaminações.
  • As amostras devem ser armazenadas em recipientes com a resistência, integridade e volume adequados para contê-las à prova de vazamentos quando a tampa ou rolha estiver colocada corretamente, feitos de plástico sempre que possível, livres de qualquer material biológico no exterior da embalagem, corretamente rotulados, marcados e registrados para facilitar a identificação e feitos de material apropriado para o tipo de armazenamento exigido.
  • Os métodos de inativação devem ser devidamente validados toda vez que uma etapa de inativação for necessária antes que as amostras sejam transferidas para outras áreas para manipulação adicional como, por exemplo, análise de PCR.
Descontaminação e gestão de resíduos
  • Qualquer superfície ou material que tenha ou possa ter sido contaminado por agentes biológicos durante as operações deve ser devidamente desinfetado para controlar o risco de infecção.
  • Devem ser adotados processos adequados de identificação e segregação de materiais contaminados antes que estes sejam descontaminados ou descartados.
  • Caso não seja possível realizar a descontaminação na área do laboratório ou no local, o lixo contaminado deve ser embalado conforme aprovado (ou seja, em recipiente estanque) para ser transferido a outro local com capacidade de descontaminação.
Equipamentos de proteção individual para garantir a Biossegurança laboratorial
Aventais
  • Devem ser usados aventais no laboratório para prevenir que as roupas pessoais sejam atingidas por respingos ou contaminadas por agentes biológicos;
  • Os aventais devem ter mangas longas, preferencialmente com punhos justos ou com elásticos, e devem ser usados fechados.
  • Nunca arregace as mangas;
  • Os aventais devem ser suficientemente longos para cobrir os joelhos, mas não podem arrastar no chão.
  • O cinto do avental deve ficar amarrado durante o trabalho no laboratório.
  • Sempre que possível, o tecido do avental deve ser resistente a respingos, e sobreposto de modo a formar uma frente sólida.
  • Os aventais devem ser usados apenas em áreas designadas.
  • Quando não estiverem sendo usados, os aventais devem ser guardados corretamente; não devem ser pendurados por cima de outros aventais, ou nos armários dos vestiários, ou em cabides com itens pessoais.
Luvas
  • Luvas descartáveis apropriadas devem ser usadas para todos os procedimentos que possam envolver contato planejado ou acidental com sangue, fluidos corporais ou outros materiais potencialmente infecciosos.
  • Não devem ser desinfetadas ou reutilizadas, já que a exposição a desinfetantes e o uso prolongado ameaçam a integridade das luvas e reduzem a proteção proporcionada ao usuário.
  • As luvas devem sempre ser inspecionadas antes do uso quanto à sua integridade.
Óculos de segurança
  • Óculos de segurança, máscaras do tipo face shield (com viseira) e outros equipamentos de proteção devem ser usados sempre que for necessário proteger os olhos e o rosto de respingos, impacto com objetos ou radiação ultravioleta artificial.
  • O protetor ocular pode ser reutilizado, mas deve ser lavado regularmente, após cada uso.
  • Caso seja atingido por respingos, o protetor ocular deve ser descontaminado com um desinfetante apropriado.
Sapatos
  • É exigido o uso de sapatos no laboratório, de um modelo que minimize a possibilidade de escorregões e tropeços, e possa reduzir a probabilidade de lesão causada por objetos em queda e exposição a agentes biológicos.
Proteção Respiratória para Biossegurança laboratorial
  • A proteção respiratória geralmente não faz parte dos requisitos fundamentais. Nesse contexto em particular, entretanto, uma avaliação de risco local deve ser realizada para determinar se o uso de proteção respiratória é necessário, principalmente quando os procedimentos que podem gerar aerossóis e gotículas são realizados fora da cabine de biossegurança, por exemplo, centrifugação, manipulação de amostras com vazamento e procedimentos que possam resultar em respingos (por exemplo, carga e descarga de canecos vedados de centrífuga, trituração, misturação, agitação vigorosa, sonicação, abertura de recipientes de materiais infecciosos cuja pressão interna possa ser diferente da pressão ambiente).
Equipamentos de laboratório
  • Quando usado efetivamente e junto com as normas de GMPP, o uso seguro dos equipamentos de laboratório ajudará a minimizar a probabilidade de exposição dos funcionários durante a manipulação de agentes biológicos.
  • Para que os equipamentos reduzam efetivamente os riscos, a administração do laboratório deve garantir que haja espaço suficiente para que sejam usados. Deve haver orçamento apropriado disponível para a operação e manutenção dos equipamentos, inclusive aqueles incorporados no projeto do laboratório, que devem vir acompanhados de especificações que descrevam suas características de segurança.
  • Todos os funcionários que operam ou realizam manutenção de equipamentos devem ser corretamente treinados e demonstrar sua proficiência.
Plano de emergência/ resposta a incidentes para Biossegurança laboratorial

Mesmo que o trabalho seja de baixo risco e todos os requisitos fundamentais estejam sendo cumpridos, ainda podem ocorrer incidentes.

Para reduzir a probabilidade de exposição/liberação de um agente biológico, ou reduzir as consequências de tais incidentes, um plano de contingência deve ser elaborado para garantir a Biossegurança laboratorial, com os procedimentos operacionais padrão (POPs) a serem seguidos em possíveis situações de emergência que se aplicam ao trabalho e ao ambiente local.

Os funcionários devem ser treinados nesses procedimentos e receber atualizações periódicas para manutenção de seus conhecimentos. Assim como:

  • Kits de primeiros socorros, incluindo insumos médicos, assim como frascos lava-olhos e curativos, devem estar disponíveis e facilmente acessíveis aos funcionários. Esses materiais devem ser periodicamente verificados para garantir que estejam dentro da validade e disponíveis em quantidade suficiente.
  • Todos os incidentes devem ser reportados aos funcionários designados no menor tempo possível. Deve-se manter um registro por escrito dos acidentes e incidentes, de acordo com os regulamentos nacionais, quando aplicáveis. Todo incidente deve ser reportado e investigado assim que possível, e usado para atualizar procedimentos laboratoriais e planos de resposta de emergência.
  • Kits para derramamentos, incluindo desinfetante, devem estar facilmente acessíveis aos funcionários. Dependendo do tamanho, localização concentração ou volume do derramamento, podem ser necessários diferentes protocolos.
  • Procedimentos por escrito para limpeza e descontaminação de derramamentos devem ser elaborados para o laboratório, e a equipe deve ser corretamente treinada.
Saúde ocupacional e a Biossegurança laboratorial
  • O empregador, por meio do diretor do laboratório, deve garantir que a saúde dos funcionários do laboratório seja devidamente checada e reportada.
  • Exames médicos ou informações de estado de saúde dos funcionários do laboratório podem ser necessários para garantir a segurança do trabalho no local e também a Biossegurança laboratorial.

A Sanders do Brasil possui soluções para biossegurança, como autoclaves, lavadoras ultrassônicas, reprocessadoras de endoscópios, termodesinfectoras, entre outros, todos equipamentos destinados a segurança do paciente e dos operadores.
Conheça nossas linhas de produtos, acesse nosso site: www.sandersdobrasil.com.br