Farmácia hospitalar: tendências, profissionais, processos e tecnologia

A farmácia hospitalar é crucial na prestação de uma boa assistência ao paciente, além da garantia da sua segurança. Por tal razão, a gestão deve focar na eficiência do processo de dispensação de medicamentos — que inclui armazenamento, organização, compras dos insumos, além da responsabilidade no manejo com as doses.

Nesse contexto, vale frisar que as despesas com medicamentos ocupam o terceiro lugar na lista de custos dos hospitais. Dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), apontam que os valores representam mais de 10% das despesas totais das instituições de saúde.

Dada à relevância do papel da farmácia dentro do hospital, e sabendo que há pelo menos três grandes tendências para as farmácias hospitalares que estão contribuindo para a melhoria dos serviços prestados aos pacientes: (1) aumento do uso de tecnologia nesse setor e aplicação de automação, (2) aumento da oferta de medicamentos biológicos e (3) melhorias das práticas de gestão do departamento. Nesse post vamos trazer mais detalhes de cada um desses três tópicos. Confira:

A farmácia hospitalar e o hospital 4.0

A chamada quarta revolução industrial e o conceito de indústria 4.0 estão sendo discutidos na saúde com o tema hospital 4.0. Essa revolução significa a integração de diferentes tecnologias, entre elas big data, inteligência artificial e internet das coisas, com objetivo de melhorar os serviços prestados e as decisões gerenciais tomadas nas instituições de saúde.

A integração dessas tecnologias faz com que as informações dentro do hospital sejam repassadas entre setores de maneira mais ágil e precisa, possibilitando melhor eficácia na operação e alterando a relação da instituição com o paciente. Dessa forma, não se considera apenas o tratamento, mas a jornada completa da pessoa, desde a prevenção de doenças até a manutenção da saúde.   

Para se adequar ao hospital 4.0, a instituição precisa adaptar sua estrutura e investir na capacitação de seus profissionais, e a farmácia hospitalar está incluída nessa mudança. A automação e a tecnologia nesse setor podem melhorar significativamente: a logística; o controle; estoque; e a distribuição dos medicamentos, reduzindo desperdícios e aumentando a segurança do paciente.

Medicamentos biológicos

Outra tendência muito forte que afeta os processos e tecnologias utilizadas nas farmácias hospitalares. Além disso, a formação de profissionais da área representa um aumento no uso de medicamentos biológicos na terapia. Essas drogas são produzidas por biossíntese em células vivas. Ao contrário dos sintéticos produzidos por síntese química, os sintéticos representam uma grande inovação na indústria farmacêutica, fornecendo soluções para uma grande variedade de doenças. Neste caso, até então, não haviam sido tratados com remédios convencionais eficazes.

Os medicamentos biológicos são diferentes em sua composição, em relação aos medicamentos produzidos com síntese química. Eles são formados por moléculas grandes , complexas e construídas de milhares de átomos e são, em geral, bastante sensíveis a variações das condições de conservação e armazenamento. Essa característica traz a necessidade de melhor controle de estoque na farmácia hospitalar e se relaciona com o tópico anterior sobre o aumento de tecnologia no setor.

O monitoramento das condições de armazenamento de medicamentos, como a temperatura do local. Ele pode ser feito de maneira muito mais precisa com instrumentos de medição automáticos. Assim garantindo a conservação dos produtos e novamente trazendo mais segurança aos pacientes. Essa tendência é um grande desafio para os profissionais, não somente pela utilização de novas tecnologias como esses instrumentos automáticos. Mas essencialmente pelo fato de que os medicamentos biológicos não fazem parte, comumente, da formação de graduação dos farmacêuticos.

Profissionalização da gestão

A gestão da farmácia hospitalar, como dissemos no início do post, é essencial para o controle de custos dentro da instituição. Porém, assim como acontece com diversos outros profissionais da área da saúde, o farmacêutico muitas vezes não possui uma formação adequada para essa atividade.

Para aplicar as boas práticas de gestão em uma farmácia hospitalar, é necessário entender: planejamento; planejamento de compras; classificação de medicamentos; armazenamento; distribuição de medicamentos; e controle de erros de dispersão para eliminá-los.

Assim como os biofármacos estão diretamente relacionados ao aumento do uso de tecnologia nas farmácias hospitalares, a especialização da gestão também está. Os sistemas informatizados têm auxiliado muito as atividades de gestão da farmácia hospitalar. Dessa forma, agiliza o acesso às informações, garante a precisão dos dados, melhora a tomada de decisões do setor e auxilia no controle de custos.

Observando macro tendências para farmácia hospitalar, tanto em relação à formação dos profissionais quanto aos processos do setor, é inegável que cada vez mais a tecnologia será protagonista. Esta, por sua vez, evolui e se modifica cada vez mais rápido. Por essa razão, os farmacêuticos que trabalham na área, e têm um papel fundamental nas casas de saúde, devem estar sempre por dentro das novidades.

O impacto das tecnologias no papel do farmacêutico na área hospitalar

A qualidade dos cuidados prestados por um farmacêutico depende de vários fatores. Mesmo com a evolução da profissão, é preciso buscar estratégias que ajudem a acompanhar as tendências do mercado. Afinal, é uma forma mais eficiente de superar os desafios dos gestores das farmácias hospitalares.

Recentemente, a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) fez um iRecentemente, a Federação dos Sindicalistas Brasileiros e a Federação das Redes Independentes de Farmácias (Febrafar) lançaram um grande alerta à indústria farmacêutica. Concluindo, o artigo enfatiza que o mercado está Aberto a profissionais profissionalmente qualificados e adaptados às inovações que contribuem para a segurança do paciente.

Logo, a análise dessas macro tendências para a farmácia hospitalar evidencia a necessidade de perceber como a área de saúde tem experimentado mudanças. Ademais, a superação dos desafios enfrentados pelo setor depende de focar em estratégias mais alinhadas com as novidades que surgem a todo momento.

Além disso, o farmacêutico precisa buscar meios de facilitar o gerenciamento de sua rotina para manter a produtividade e a eficiência dos serviços. Nesse sentido, a adoção de ferramentas específicas é um dos passos elementares para acompanhar essa dinâmica e a evolução dos processos.

Portanto, esse é o momento de tomada de decisão para impulsionar o seu negócio e fortalecer a sua marca. Aproveite e fale com um de nossos consultores e conheça o melhor que a Sanders disponibiliza para garantir a segurança do paciente e a otimização das atividades do seu Hospital.

Conheça desafios e atribuições do profissional de enfermagem em UTI!

Muitas pessoas têm o sonho de exercer uma profissão na área da saúde para cuidar dos pacientes e ajudá-los a conquistarem qualidade de vida, objetivo que fica evidente quando se fala na rotina de trabalho em uma Unidade de Terapia Intensiva. Pensando nisso, este conteúdo mostra que características deve ter um bom profissional de enfermagem em UTI.

Atualização de conhecimento, cuidados precisos, responsabilidade, dedicação. Profissionais da enfermagem que escolhem atuar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) gostam de grandes desafios e adotam essas palavras como ferramentas diárias.

A enfermagem em Terapia Intensiva exige do técnico da especialidade, dentro de suas competências, o desenvolvimento de atividades fundamentadas em conhecimentos específicos e nos novos protocolos para o tratamento dos pacientes graves. O profissional precisa saber identificar o momento em que o paciente apresenta instabilidade hemodinâmica, para atuar em equipe numa Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), identificar e acompanhar o avanço tecnológico.

Além disso, o texto explica quais são os principais desafios e as atribuições da equipe intensivista de enfermagem e resume o que diferencia o técnico de enfermagem e o enfermeiro no atendimento prestado à UTI. Por fim, o artigo informa por que é importante investir em formação acadêmica para conquistar o sucesso na carreira.

Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

Que características tem um bom profissional de enfermagem em UTI?

No momento em que o paciente é admitido na Unidade de Terapia Intensiva, a equipe de enfermagem deve estar a postos para cuidar do enfermo, auxiliando-o na higienização, por exemplo, e se comprometer com a administração do hospital. Além disso, são características desse profissional:

  • atualização constante do conhecimento;
  • cuidados específicos com o paciente internado;
  • dedicação para trabalhar em longas jornadas, inclusive nos finais de semana;
  • domínio de técnicas de verificação hemodinâmica e conhecimento em equipamentos como a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP);
  • assistência humanizada com pacientes e familiares;
  • e controle diário de medicações e alimentação por sonda.

Outras características, comuns a profissionais da área da saúde e especialmente importantes para intensivistas, são a facilidade para se comunicar com as pessoas, a empatia e a estabilidade emocional para lidar com situações traumáticas.

Quais são os desafios e as atribuições desse tipo de profissional?

Unidade de Terapia Intensiva é a área hospitalar reservada para a assistência de pacientes críticos e casos de alta complexidade, que necessitam de observação e suporte contínuo. Um ambiente tão importante como esse requer o trabalho de profissionais efetivamente preparados para lidar com as situações mais adversas. 

Até aqui, você sabe quais são as características fundamentais que o profissional de enfermagem deve ter para trabalhar em uma UTI. Mas a dúvida que fica é sobre os desafios e as atribuições associados a essa importante função exercida no ambiente hospitalar. Confira!

Monitorar máquinas

Uma das primeiras coisas que vêm à cabeça quando se pensa em UTI são os sons e os gráficos dos equipamentos hospitalares, certo?

As máquinas, sem dúvida, são essenciais para prolongar a vida e ampliar as chances de melhora dos pacientes internados. Por isso, os profissionais da enfermagem devem monitorar sempre os aparelhos e, em caso de falhas mecânicas, acionar a equipe técnica para solucionar o problema.

Administrar higiene do paciente

O profissional de enfermagem em UTI é responsável, também, por realizar a higiene e manter o bem-estar do paciente. Nesse caso, funções como trocar a roupa, dar banho, medicar, manter curativos e conferir a hemodinâmica (intervenção terapêutica com uso de cateter e injeção, por exemplo) são corriqueiras para esse funcionário intensivista.

Treinar equipes de enfermagem

O profissional intensivista, por outro lado, deve empenhar-se no treinamento da equipe de enfermagem locada na UTI. Por isso, ele tem a responsabilidade de observar constantemente o trabalho realizado individual e coletivamente, motivando-se, ainda, a participar de cursos e qualificações para melhor desempenhar a sua função na unidade.

Realizar a gestão hospitalar

Por fim, a equipe de enfermagem intensivista ocupa-se da gestão hospitalar, promovendo a organização dos setores, indicando as funções de cada profissional e lidando diretamente com possíveis demandas de pacientes e familiares.

Como muitas Unidades de Terapia Intensiva funcionam 24 horas, semanalmente, essa função administrativa da equipe de enfermagem é essencial para manter a rotatividade dos funcionários no hospital e, assim, atender a urgências e emergências a qualquer momento.

A rotina agitada diária de um enfermeiro especializado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) inicia-se no momento em que o paciente é admitido no ambiente hospitalar. O enfermeiro especialista em terapia intensiva, para dar conta de toda a pressão e a responsabilidade a que é submetido, precisa ser proativo e atento ao espaço, à gestão e aos cuidados necessários para com o paciente, além de exercer funções multidisciplinares simultâneas.

Cuidar de pessoas em estado grave exige muita dedicação, que precisa estar associada a conhecimentos que favoreçam um desempenho com qualidade. Assim, a qualificação por meio de uma especialização contribui muito para o profissional desenvolver suas habilidades, além de equipamentos de qualidade para auxiliar no dia-a-dia desses profissionais.

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Risco biológico

Risco biológico: dicas de cuidados no ambiente hospitalar

O risco biológico é facilmente encontrado no ambiente hospitalar, tendo como medida preventiva fundamental a necessidade do uso de equipamentos de proteção individual para médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde.

Existem normas e classificações que regem os níveis de contenção adequados para os seus manuseios. Entretanto, as instituições de saúde devem possuir meios próprios de tratar novos riscos. A implementação de novas técnicas de biossegurança deve ser adotada sempre que as medidas existentes se mostrarem ineficazes.

“Curiosamente, uma das principais normas de biossegurança em hospitais, clínicas e laboratórios é a higienização das mãos que, apesar de simples, é uma das medidas mais eficazes na contenção de doenças infectocontagiosas”, destaca Rubens Rodrigues Barrozo, analista de Gestão em Saúde e presidente da Comissão Interna de Biossegurança do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Geralmente, o maior número de acidentes com os profissionais de saúde envolve episódios com agulhas ou outros perfurocortantes, além de contato com sangue ou materiais contaminados. “Desta forma, os equipamentos de proteção individuais (EPIs) devem ser utilizados apenas no local de trabalho e nunca em refeitórios, copas ou em outros locais da instituição, uma vez que existe o risco de transportarem microrganismos”, adverte Rubens Barrozo.
Apesar de tal recomendação ser amplamente conhecida por todos os profissionais de saúde, é comum observarmos profissionais utilizando jalecos em áreas públicas e transportando-os de maneira inadequada.

Para Rubens Barrozo, os principais desafios na área de biossegurança hospitalar são a falta de recursos financeiros e a oferta de treinamentos. “Essa singularidade traz desafios relacionados com a gestão do processo de trabalho, proteção e produção da saúde do trabalhador, e até com a formação de novos profissionais”, conclui.

Confira as principais normas de biossegurança em hospitais, clínicas e laboratórios:

NR 7 – estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que visa promover e preservar a saúde de seus trabalhadores. Está contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para regulamentar a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977;

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) – visa estabelecer medidas que visem a eliminação, redução ou controle desses riscos em prol da preservação da integridade física e mental do trabalhador. Esse programa é regulamentado pela Norma Regulamentadora 9, contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, para regulamentar a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977;

NR – 32 / Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde – norma que cuida da saúde dos profissionais da área de saúde e tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Está contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, para regulamentar a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977.

A NR-32 abrange as situações de exposição aos diversos agentes de risco presentes no ambiente de trabalho, como risco biológico; químico e físico, com ênfase nas radiações ionizantes e, os riscos ergonômicos. Estabelece ainda que os EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição, em número suficiente, nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.

Além do cumprimento da legislação, os EPIs devem atender às seguintes exigências: ser avaliados quanto ao estado de conservação e segurança; estarem armazenados em locais de fácil acesso e em quantidade suficiente para imediata substituição; segundo as exigências do procedimento ou em caso de contaminação ou dano.
Com relação aos quimioterápicos antineoplásicos, é vedado iniciar qualquer atividade na falta de EPI. Além disso, é proibido movimentar cilindros de gases sem os EPIs adequados.

Devem ser elaborados manuais de procedimentos relativos à limpeza, descontaminação e desinfecção de todas as áreas, incluindo superfícies, instalações, equipamentos, mobiliário, vestimentas, EPI e materiais;

NR 6 / Equipamento de Proteção Individual – estabelece a obrigação do empregador em oferecer gratuitamente a proteção completa contra os acidentes de trabalho. Está contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE

Confira a lista completa de EPIs:

  • Luva: EPI básico para proteção contra riscos biológicos e químicos, sendo os tipos mais resistentes, adequados para manipulação de produtos mais contaminantes;
  • Touca: protege de forma dupla, tanto contra partículas que possam contaminar os profissionais quanto da queda de cabelos ou outros componentes em materiais e ambientes de trabalho;
  • Avental: funciona como barreira contra determinadas substâncias e microrganismos;
  • Sapatos fechados: a NR-32 impede uso de sapatos abertos;
  • Máscara: Evita o risco de contaminação respiratória;
  • Óculos: impede exposição dos olhos com agentes físicos, químicos e/ou biológicos.

Apesar da NR6 não especificar jalecos como EPIs, na prática, são assim considerados, por serem considerados como: “dispositivo de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a sua segurança no trabalho”.

Fonte: PEBMED

Conheça 7 formas de aplicar a biossegurança na enfermagem

Conheça 7 formas de aplicar a biossegurança na enfermagem

Considerando que o ambiente hospitalar é composto por diversos tipos de riscos, como biológico, físico, químico, ergonômico, etc., a biossegurança em enfermagem é uma questão muito relevante. A adoção dessa abordagem é uma forma de controlar e reduzir os perigos que causam acidentes e doenças ocupacionais, que prejudicam a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores e o meio ambiente.

Pensando na sua importância, elaboramos este conteúdo para apresentar as melhores formas de aplicar a biossegurança na área da saúde, principalmente no ramo da enfermagem. Acompanhe!

Como funciona a aplicação da biossegurança na enfermagem?

As regras e procedimentos estabelecidos devem ser seguidos cuidadosamente para manter um ambiente de trabalho mais seguro e prevenir os riscos de doenças e acidentes de trabalho. Portanto, neste momento, medidas que possam melhorar o desempenho dos funcionários são cruciais.

O que pode ser feito para garantir a efetividade da biossegurança na enfermagem? Conheça 7 formas a seguir.

1. Identificar os tipos de riscos

Os riscos precisam ser mapeados conforme as suas características, para que sejam mais bem compreendidos, e as estratégias mais eficientes serem aplicadas. Eles podem ser:

  • agentes químicos (vermelho) — produtos químicos de diversas formas, como medicamentos, formol e ácidos;
  • agentes físicos (verde) — equipamentos que geram frio, calor, radiação, centrífugas, autoclave etc;
  • agentes biológicos (marrom) — agentes biológicos, por exemplo, bactérias, vírus e fungos;
  • agentes mecânicos/de acidentes (azul) — espaço físico inapropriado para a realização do trabalho, iluminação inadequada, possibilidade de incêndio e demais;
  • agentes ergonômicos (amarelo) — outras atividades profissionais, como rotina intensa, estresse físico e mental, levantamento de peso, postura inadequada, esforço repetitivo, entre outros.

2. Utilizar os EPIs

De acordo com a Norma Regulamentadora Nº 6, a empresa é obrigada a oferecer, de forma gratuita, os equipamentos de proteção individual para que o empregado tenha condições de desenvolver suas atividades com proteção. Entre os mais utilizados na área da enfermagem, estão:

  • Luvas — protegem contra os riscos químicos, biológicos, sendo bastante usadas na manipulação de produtos contaminantes;
  • Avental — serve como barreira contra certas substâncias e microrganismos;
  • Touca — protege contra partículas que possam contaminar o trabalhador e a queda de fios de cabelos em materiais ou ambiente laboral;
  • Óculos — evita a exposição dos olhos a agentes biológicos, físicos e químicos;
  • Máscara — previne o risco de contaminação por vias respiratórias;
  • Sapatos — de acordo com a Norma Regulamentadora Nº 32, fica impedido o uso de sapatos abertos na realização das atividades.

Considerando que cada atividade possui um EPI específico para garantir a segurança necessária, é fundamental que os profissionais entendam os bons padrões de atendimento.

3. Higienizar as mãos constantemente

As mãos são um dos principais transportadores de microrganismos. Portanto, é imprescindível ter atenção à higiene em ambiente hospitalar exposto a diversas doenças e substâncias infecciosas. Nesse caso, toda a equipe, incluindo enfermeiras, médicos e demais profissionais, precisa desinfetar as mãos com álcool 70% na troca de pacientes antes de calçar novas luvas e visitantes.

Além disso, as mãos devem ser lavadas com água e sabão com frequência, com o intuito de evitar a contaminação hospitalar. O ideal é inserir placas e sinais de aviso em local apropriado a respeito da importância desse cuidado, contendo as instruções de como realizá-lo.

4. Manipular corretamente os materiais

A manipulação correta dos materiais hospitalares é outra ação importante para a aplicação da biossegurança em enfermagem. Isso porque é imperativo saber o que deve ser feito ao manusear agulhas, sangues, itens cortantes, entre outros.

Nesse caso, deve-se criar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), que se trata de um documento técnico onde estão inseridas todas as medidas de segurança referentes aos resíduos, desde a sua geração até o seu descarte, e que deve ser seguido a risca para evitar acidentes e contaminação.

5. Descartar os resíduos adequadamente

Essa medida é importante para preservar não só as pessoas que se encontram na unidade hospitalar, como o meio ambiente. Os protocolos e as normas de biossegurança devem englobar o descarte de todos os tipos de resíduos, como:

  • potencialmente infectantes — aqueles que podem conter agentes infecciosos e geram riscos biológicos, como vestígios de fluidos, devem ser descartados em sacos de lixo branco e recolhidos por empresa especializada no cuidado com lixos hospitalares;
  • químicos — resíduos que contenham substância química, como tóxicos, inflamáveis e corrosivos, também devem ser coletados e tratados por empresa especializada;
  • radioativos — resíduos que apresentam radioatividade superior ao padrão precisam ser tratados em observância às normas de biossegurança;
  • comuns — aqueles que não foram contaminados e não geram riscos de contaminação, como plásticos e papéis, podem ser descartados de forma habitual e levados para a coleta de rotina;
  • perfurocortantes — qualquer instrumento que possa cortar ou furar, como agulhas e vidros, precisam ser descartados em caixas amarelas específicas e coletadas por empresa especializada.

6. Desinfetar as superfícies

É necessário desenvolver manuais de procedimentos relacionados à limpeza, desinfecção e descontaminação de áreas, equipamentos, superfícies, EPIs e demais. Nesse caso, álcool, água corrente, sabão e detergente são soluções eficientes para eliminar o risco biológico, como fluidos e sangues. Tudo deve ser limpo antes e depois da sua utilização, com a finalidade de evitar a propagação de microrganismos residuais.

7. Treinar a equipe

Os colaboradores precisam conhecer os riscos aos quais estão expostos para que tenham a total consciência da importância de seguir à risca os protocolos apresentados. Por esse motivo, é crucial apresentar os perigos de contaminação e infecção a todos os membros da equipe. Além disso, é preciso fazer reciclagens e treinamentos periódicos para lembrá-los a respeito desses riscos e atualizar sobre mudanças e processos originários de novas ameaças.

Agora que você entende a importância da biossegurança na enfermagem, deve entender todos os cuidados a serem tomados, visto que o não cumprimento das medidas pode trazer múltiplos riscos ao profissional, ao paciente e ao meio ambiente. Por exemplo, além de colocar em risco a segurança dos indivíduos e a possibilidade de desenvolver e disseminar doenças de difícil controle, aumenta a exposição a vírus, bactérias e outros patógenos.

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Biossegurança Hospitalar

Biossegurança hospitalar: Por que ela é importante?

biossegurança hospitalar atua em diferentes áreas, prezando por práticas que ajudam a controlar possíveis ameaças, juntamente à divulgação de informações e instruções de execução.

Ela é um assunto que, cada dia mais, deve ser incluído na pauta dos diretores de hospitais e clínicas.

Afinal, trata-se de um conjunto de práticas que reduz os riscos biológicos que, naturalmente, estão relacionados com a rotina hospitalar.

Essas ameaças invisíveis podem estar ligadas a diversos fatores.

Tratando-se do ambiente de hospital, a biossegurança é um aspecto fundamental. Entretanto, mesmo com toda a relevância que o assunto envolve, muitas pessoas envolvidas nesse setor ainda não sabem da sua importância e não seguem suas práticas dentro dos hospitais.

Para entender melhor sobre o assunto e ter um trabalho mais seguro, continue lendo este post e descubra como a biossegurança pode ser um grande diferencial em um hospital. Confira!

Qual é o conceito de biossegurança?

De forma prática, a biossegurança é um conjunto de normas, procedimentos e boas práticas que determinam a segurança de quem trabalha em hospitais, clínicas e postos de saúde.

Logo, ao falarmos sobre o que é biossegurança, é importante ter em mente que seu foco está nos profissionais da área da saúde.

No entanto, também preza pelo meio ambiente, sociedade, bem-estar e redução de riscos de pacientes, uma vez que ignorar essas medidas pode ocasionar problemas públicos, como epidemias.

Em relação às instituições e seus integrantes, a biossegurança cuida de:

Instalações e infraestrutura adequadas;

Boas práticas em hospitais e laboratórios;

Exposição de profissionais a agentes biológicos;

Qualificação e treinamento de equipe.

Trata-se de regras que toda a equipe do hospital deve seguir, buscando reduzir ou prevenir acidentes que possam prejudicar a saúde das pessoas e dos seus próximos.

Entre os principais acidentes, podemos destacar a contaminação por agentes biológicos e a contração de doenças.

Na área de biossegurança hospitalar, há dois fatores que andam de mãos dadas: a necessidade de utilização de EPIs e EPCs.

São equipamentos que garantem a segurança e a integridade dos colaboradores — além de proteger quem utiliza o hospital, bem como aqueles que os profissionais atendem.

Por que ela é importante para meu hospital?

Como falamos, o ambiente de hospital tem um grande potencial para causar danos à saúde das pessoas, principalmente dos seus profissionais. Com uma grande exposição a vírus, bactérias e outros agentes patogênicos, é bom saber como se proteger, e é aqui que a biossegurança entra: preocupando-se com as instalações dos laboratórios, treinando a equipe e criando medidas para proteger todos os envolvidos.

Vale lembrar que essa é uma medida que previne a saúde dos pacientes, dos funcionários e do restante da população, já que, sem a biossegurança, uma simples doença poderia facilmente se tornar uma epidemia.

É a biossegurança que prevê a lavagem das mãos antes de qualquer atendimento, do preparo ou contato com algum paciente, por exemplo. Pode parecer um hábito simples demais, mas ele pode prevenir muitas doenças e complicações. Os profissionais das áreas de saúde também usam equipamentos importantes, como os jalecos e aventais, que também são fundamentais nesse sentido.

Qual o objetivo da biossegurança hospitalar?

biossegurança hospitalar tem um papel crucial no treinamento de equipes e na infraestrutura de todo ambiente.

Afinal, hospitais podem ser ambientes que abrigam vírus, bactérias e outros agentes bastante nocivos à saúde das pessoas, especialmente a dos profissionais.

Além disso, instrumentos médicos cortantes também podem ser fatores de risco, e por isso, colocam em alerta os profissionais em relação aos cuidados para não comprometer a segurança dos colegas e pacientes.

Práticas como a administração da farmácia hospitalar, a higienização das mãos e o descarte correto de materiais podem parecer óbvias, mas é preciso atenção.

Se esses cuidados não forem reforçados e tratados com rigor, as consequências podem ser desastrosas para a saúde de médicos, enfermeiros e pacientes.

Vale lembrar que a biossegurança nas ações de saúde vai além, chegando aos cuidados com objetos pessoais dos profissionais de saúde, como aventais, jalecos e estetoscópios, por exemplo.

Além disso, equipamentos utilizados no atendimento aos pacientes não devem ser expostos a situações fora do ambiente hospitalar/laboratorial.

Por isso, abaixo, você pode conferir alguns dos pontos cruciais por trás da aplicação de uma boa estratégia de biossegurança.

Minimizar riscos

A implementação de normas de biossegurança auxilia, principalmente, a minimizar os  riscos biológicos que circulam dentro do ambiente hospitalar.

Afinal, trata-se de um local onde há uma grande circulação de pessoas enfermas, que podem disseminar vírus ou bactérias.

Os agentes de saúde, nessa dinâmica, podem ser  suscetíveis aos seus efeitos, como também servir de “transporte” para o contágio de terceiros.

Portanto, o uso contínuo de EPIs e EPCs é uma prática que deve ser exercida, exigida e fiscalizada.

Proteger o profissional 

O profissional é quase um escudo dentro do ambiente hospitalar.

Com o nível correto de proteção e cuidados, bem como de práticas de gestão da biossegurança, é possível proteger o profissional.

Aqui, além dos equipamentos, é necessário desenvolver e aplicar treinamentos aos colaboradores, bem como revisar as instalações, observando brechas para contaminações.

Garantir a saúde da população

A biossegurança dentro do hospital ou clínica garante que nenhum agente patológico saia pelas portas do estabelecimento e se espalhe pela população.

Esse é um dos grandes objetivos da sua aplicação, que visa realmente servir de braço forte da manutenção da saúde pública.

Casos como os recentes, envolvendo o novo coronavírus, mostram essa importância.

Preservação do meio ambiente 

Por fim, é preciso observar que a implementação de uma boa estratégia de biossegurança visa também à preservação do meio ambiente.

O hospital é um estabelecimento que lida com várias substâncias tóxicas e potencialmente perigosas ao meio ambiente (representando ameaças à fauna e flora).

Por isso, os métodos de segurança tanto ao manipular essas substâncias, como ao armazená-las e descartá-las, deve ser eficiente e extremamente seguro.

Quais são os itens de proteção que fazem parte das medidas de biossegurança?

A biossegurança pode ser dividida em duas formas de proteção:

Equipamento de proteção individual (EPI) e Equipamento de proteção coletiva (EPC).

Dispositivos como EPI e EPC são os responsáveis por garantir a segurança, a integridade, a saúde e o bem-estar de profissionais e pacientes no ambiente hospitalar.

Em relação à proteção individual, alguns itens se destacam como luvas, óculos, mascaras jalecos.

Já os EPCs são equipamentos de proteção coletiva. Ou seja, pensados para a segurança de toda equipe, por exemplo, as autoclaves, Cabines de segurança, Chuveiro de emergência / Lava olhos.

Conclusão

A prevenção de acidentes e o cuidado com a segurança em hospitais e laboratórios devem ser prioridade nas instituições de saúde.

Todas as pessoas envolvidas em processos dessa natureza devem estar cientes da importância da utilização de todas as práticas e os equipamentos voltados à proteção de colaboradores e pacientes. A Sanders do Brasil é uma empresa 100% brasileira e destaca-se no combate e controle de infecções hospitalares fabricando equipamentos de alta qualidade, entre em contato com nossa equipe e conheça.