Manual | Biossegurança laboratorial relativa à COVID-19 – Parte 1

O objetivo deste documento é fornecer orientações provisórias de medidas de Biossegurança laboratorial para testes com amostras clínicas de pacientes que atendam à definição de casos do novo patógeno identificado em Wuhan, China, ou seja, a doença do coronavírus 2019 (COVID-19).

Destaques de Biossegurança laboratorial para a COVID-19
  • Todos os procedimentos devem ser realizados com base na avaliação de risco e somente por profissionais com qualificação demonstrada. Aplicando-se rigorosamente todos os protocolos pertinentes, em todas as situações.
  • O processamento inicial (antes da inativação) de todas as amostras deve ser feito dentro de uma cabine de biossegurança biológica (CSB) validada ou equipamento de contenção primária.
  • O trabalho laboratorial de diagnóstico não-propagativo (por exemplo, sequenciamento, teste de amplificação de ácidos nucleicos [NAAT]) deve ser realizado em um local com procedimentos equivalentes ao Nível de Biossegurança (NB2 – Nível de Biossegurança 2).
  • O trabalho propagativo (por exemplo, culturas virais, isolamento viral ou testes de neutralização) deve ser realizado em um laboratório de contenção com fluxo de ar direcional para dentro do recinto (NB3 – Nível de Biossegurança 3).
  • Devem ser usados desinfetantes apropriados, com eficácia contra vírus envelopados (por exemplo, hipoclorito [água sanitária], álcool, peróxido de hidrogênio, compostos de amônio quaternário e compostos fenólicos).
  • Amostras de casos suspeitos ou confirmados devem ser transportadas como UN3373, “Substância biológica Categoria B”. Assim como Culturas ou isolados virais devem ser transportados como Categoria A, UN2814, “substâncias infecciosas que afetam os seres humanos”.
Biossegurança laboratorial

Em suma, é fundamental assegurar que os laboratórios de saúde utilizem práticas apropriadas de biossegurança.

Qualquer teste que investiga a presença do vírus responsável pela COVID-19 ou que envolve amostras de pacientes que atendem à definição de casos suspeitos deve ser realizado em laboratórios devidamente equipados.

Assim como, deve contar com profissionais treinados nos procedimentos técnicos e de segurança aplicáveis.

As diretrizes nacionais de biossegurança laboratorial devem ser respeitadas, acima de tudo, em toda e qualquer circunstância.

Para obter informações gerais mais avançadas sobre as diretrizes de biossegurança laboratorial, consulte o manual de Biossegurança Laboratorial da OMS.

A 3a edição, permanece válida até a publicação da 4a edição.

Pontos principais
  • Cada laboratório deve realizar uma avaliação de risco local (ou seja, institucional). Assim como deve assegurar que esteja qualificado para realizar os testes pretendidos, empregando medidas de controle de riscos apropriadas.
  • Ao manipular e processar amostras, bem como sangue para exames sorológicos, devem-se seguir as práticas e procedimentos laboratoriais. Esses procedimentos são básicos para as boas práticas e procedimentos para laboratórios de microbiologia.
  • A manipulação e o processamento de amostras de casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo vírus da COVID-19 enviadas para exames laboratoriais adicionais, assim como hemograma e gasometria, devem cumprir as diretrizes locais de processamento de material potencialmente infeccioso.
  • O trabalho laboratorial diagnóstico não-propagativo, incluindo sequenciamento e NAAT de amostras clínicas de pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus da COVID-19, deve empregar as práticas e procedimentos definidos nos requisitos fundamentais. Bem como uma seleção apropriada de medidas de controle avançadas, com base na avaliação de risco local. Nesse meio tempo, o NB2 (Nível de Biossegurança 2) conforme definido no manual de Segurança Biológica em Laboratórios da OMS continua sendo apropriado.
A manipulação de materiais com altas concentrações de vírus vivo (como para testes de propagação, isolamento e neutralização viral) ou grandes volumes de materiais infecciosos deve ser realizada apenas por profissionais devidamente treinados e qualificados. Assim como devem ser feitos em laboratórios equipados para cumprir requisitos e práticas essenciais de contenção adicionais, ou seja, NB3 – ( Nível de Biossegurança 3).
  • O processamento inicial (antes da inativação) de todas as amostras, inclusive aquelas para sequenciamento e NAAT, deve ocorrer em uma cabine de biossegurança validada e em boas condições de manutenção, ou em equipamento de contenção primária.
  • Desinfetantes apropriados, com eficácia comprovada contra vírus envelopados, devem ser usados durante o tempo de contato recomendado, na diluição correta e dentro da validade definida após o preparo da solução de trabalho.
  • Todos os procedimentos técnicos devem ser realizados de modo a minimizar a geração de aerossóis e gotículas.
  • Os equipamentos de proteção individual (EPI) apropriados, conforme determinado pela avaliação de risco detalhada, devem ser usados pelos funcionários do laboratório que tenham contato com essas amostras.
  • Amostras de casos suspeitos ou confirmados devem ser transportadas assim como UN3373 Substância biológica Categoria B. Culturas ou isolados virais devem ser transportados assim como Categoria A UN2814, substância infecciosa que afeta seres humanos. Recomendações de condições mínimas/essenciais de trabalho associadas a manipulações específicas em laboratórios. As recomendações adicionais nesta seção contemplam as condições de trabalho mínimas/essenciais associadas a manipulações específicas em laboratórios.
Avaliação de risco

A avaliação de risco é um processo sistemático de coleta de informações e avaliação da probabilidade e das consequências da exposição ou liberação de perigos ocupacionais. Seguida assim da determinação de medidas de controle apropriadas para reduzir os riscos a níveis aceitáveis.

É importante observar que os perigos sozinhos não representam risco aos seres humanos ou animais.

Portanto, devem-se também considerar os tipos de equipamentos usados e os procedimentos a serem realizados com o agente biológico.

Recomenda-se enfaticamente que o ponto de partida seja uma avaliação de risco local para cada etapa do processo, ou seja desde a coleta das amostras, recebimento das amostras, exames clínicos, reação em cadeia da polimerase (PCR) para o isolamento viral (somente quando e onde aplicável).

Consideram-se determinados perigos para cada etapa do processo, como exposição a aerossóis durante o processamento de amostras; respingos acidentais nos olhos durante o processamento de amostras; derramamento de material de cultura infeccioso; e amostras com vazamento (no caso do recebimento de amostras), com grau de risco avaliado.

Para cada risco identificado, medidas de controle apropriadas.

Entre elas as recomendações a seguir, devem ser selecionadas implementadas para mitigar os riscos residuais e reduzi-los a níveis aceitáveis.

Procedimentos laboratoriais de rotina, incluindo trabalho diagnóstico não-propagativo e análise de PCR.

O trabalho laboratorial diagnóstico que não envolva culturas
e a análise de PCR em amostras clínicas de pacientes com
suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus da COVID-19
devem empregar as práticas e procedimentos descritos para
laboratórios convencionais de análises clínicas e microbiológicas , conforme descrito nos requisitos fundamentais .

No entanto, todas as manipulações de materiais potencialmente infecciosos, incluindo aquelas que possam gerar respingos, gotículas ou aerossóis de materiais infecciosos (por exemplo, carga e descarga de canecos vedados de centrífugas, trituração, misturação, agitação vigorosa, sonicação, abertura de recipientes de materiais infecciosos cuja pressão interior possa ser diferente da pressão ambiente), devem ser realizadas em cabines de segurança validadas e em boas condições de manutenção ou equipamentos de contenção primária.

Exemplos de Biossegurança laboratorial de rotina incluem:
  • Exames diagnósticos de amostras de soro; sangue (incluindo hemograma ou bioquímica);
  • Amostras respiratórias assim como esfregaços nasofaríngeos e orofaríngeos;
  • Escarro e/ou aspirado endotraqueal ou lavado broncoalveolar;
  • Fezes; ou outras amostras;
  • Exames de rotina de culturas de fungos e bactérias desenvolvidas a partir de amostras do trato respiratório.

Ao manipular e processar amostras, os requisitos fundamentais, incluindo as boas práticas e procedimentos para laboratórios de microbiologia, devem ser observados sempre.

Esses requisitos incluem, entre outros, aqueles contemplados nos subtítulos a seguir:

Uso de desinfetantes apropriados

Embora pouco se saiba sobre esse novo vírus, as características genéticas comparáveis entre os vírus responsáveis pela COVID-19 e o MERS-CoV indicam que o vírus da COVID-19 pode ser suscetível a desinfetantes com eficácia comprovada contra vírus envelopados, incluindo hipoclorito de sódio como, por exemplo:

  • Alvejante (1000 partes por milhão ppm para desinfecção de superfícies em geral e 10.000 ppm (1%) para desinfecção de manchas de sangue);
  • Etanol a 62-71% %;
  • Peróxido de hidrogênio a 0,5%;
  • Compostos de amônio quaternário;
  • Compostos fenólicos, contanto que usados de acordo com as recomendações dos fabricantes.

Outros agentes biocidas, assim como cloreto de benzalcônio a 0,05- 2,0% ou digluconato de clorexidina a 0,02%, podem não ser tão eficazes.

Não apenas a seleção do desinfetante exige atenção especial, mas também o tempo de contato (por exemplo, 10 minutos), a diluição (ou seja, a concentração do princípio ativo) e a validade após o preparo da solução de trabalho.

Sabe-se que os coronavírus em geral sobrevivem em superfícies inanimadas assim como metal, vidro ou plástico por até 9 dias.

Isolamento viral

Exceto quando determinado diferentemente por um país, considerando-se os conhecimentos recém-adquiridos e as medidas de prevenção de eficácia comprovada descritas acima, o isolamento viral a partir de amostras clínicas de pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus da COVID-19 deve ser realizado apenas em laboratórios equipados para atender aos critérios de contenção adicionais a seguir:

  • Sistema de ventilação controlada que mantenha um fluxo de ar direcional para o interior do laboratório;
  • O ar proveniente do sistema de exaustão não deve ser recirculado para outras áreas do recinto. O ar deve ser filtrado com filtros HEPA (filtro de ar com alta eficiência de retenção de partículas) caso seja recondicionado e recirculado dentro do laboratório. Caso o ar proveniente do sistema de exaustão do laboratório seja descarregado no exterior, este deve ser dispersado para longe dos recintos ocupados e entradas de ar. Esse ar deve ser descarregado através de filtros HEPA;
  • Um lavatório dedicado à lavagem das mãos deve estar disponível no laboratório;
  • Todas as manipulações de materiais infecciosos ou potencialmente infecciosos devem ser realizadas em cabines de segurança validadas e em boas condições de manutenção;
  • Os funcionários do laboratório devem usar equipamentos de proteção, incluindo luvas descartáveis;
  • Aventais de frente sólida ou transpassados, pijamas cirúrgicos ou macacões com mangas que cubram totalmente os antebraços;
  • Toucas;
  • Sapatilhas ou sapatos dedicados;
  • Protetor ocular (óculos de proteção ou máscara do tipo face shield).

A avaliação de risco determina se é necessário usar proteção respiratória.

Centrifugação de amostras deve ser realizada em rotores ou canecos de centrífuga vedados.

Esses rotores ou canecos devem ser carregados e descarregados em uma cabines de segurança.

Riscos adicionais associados aos estudos de isolamento viral.

Certos procedimentos experimentais podem resultar em riscos adicionais de mutações virais, com possível aumento da patogenicidade e/ou transmissibilidade, ou vírus com antigenicidade ou suscetibilidade a medicamentos alteradas.

Avaliações de riscos específicos devem ser realizados e medidos
específicas de redução de riscos devem ser adotadas antes da
realização de qualquer dos procedimentos a seguir:

  • Coinfecção de culturas celulares com diferentes coronavírus, ou quaisquer procedimentos que possam resultar em coinfecção;
  • Cultura de vírus na presença de medicamentos antivirais;
  • Modificação genética deliberada de vírus.

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Manual | Biossegurança laboratorial relativa à COVID-19 – Parte 2

No intuito de promover a segurança dos pacientes e profissionais da odontologia, a Sanders está disponibilizando este material que aborda o Manual de Biossegurança laboratorial relativa à COVID-19 – Parte 2, o material contém importantes recomendações para que os profissionais possam realizar um atendimento mais adequado neste momento tão delicado.

Vale lembrar que essa é a segunda parte do material sobre Biossegurança laboratorial, por isso se você acessou diretamente esse conteúdo, clique no link Manual | Biossegurança laboratorial relativa à COVID-19 – Parte 1, e confira primeira parte.

Boas práticas e procedimentos para Biossegurança laboratorial em microbiologia:
  • Nunca guarde alimentos e bebidas ou itens pessoais, assim como jaquetas e bolsas, dentro do laboratório.
  • Atividades bem como comer, beber, fumar e aplicar cosméticos devem ser realizadas apenas fora do laboratório.
  • Nunca coloque materiais como canetas, lápis ou chicletes na boca enquanto estiver dentro do laboratório, mesmo que esteja usando luvas.
  • Lave bem as mãos, preferencialmente com água morna corrente e sabão, após manipular qualquer tipo de material biológico, incluindo animais, antes de sair do laboratório e sempre que houver contaminação suspeita ou efetiva presente nas mãos.
  • Nunca permita que chamas ou fontes de calor sejam colocadas próximas a materiais inflamáveis ou deixadas desassistidas.
  • Coloque curativos sobre quaisquer possíveis cortes ou rachaduras na pele antes de entrar no laboratório.
  • Antes de entrar no laboratório, certifique-se de que os equipamentos laboratoriais e consumíveis, incluindo reagentes, EPI e desinfetantes, sejam suficientes e apropriados para as atividades a serem realizadas.
Certifique-se de que os materiais sejam armazenados corretamente (ou seja, de acordo com a instruções de armazenagem) e em segurança, para reduzir a chance de acidentes e incidentes como derramamentos ou tropeços e quedas da equipe do laboratório.
  • Assegure a identificação correta (rotulagem) de todos os agentes biológicos, substâncias químicas e materiais radioativos.
  • Proteja documentos físicos de contaminação usando barreiras (como pastas plásticas), principalmente aqueles que possam vir a sair do laboratório.
  • Assegure que o trabalho seja executado com cuidado, no tempo apropriado e sem pressa. Deve-se evitar trabalhar sob fadiga.
  • Mantenha a área de trabalho arrumada, limpa e livre de desordem e materiais que não sejam necessários ao trabalho a ser realizado.
  • Proíba o uso de fones de ouvido, que podem distrair os funcionários e impedir que ouçam alarmes de equipamentos ou do prédio.
  • Cubra devidamente ou remova joias e bijuterias que possam danificar o material das luvas, ser facilmente contaminadas ou atuar como fômites da infecção. Caso sejam usados regularmente, recomenda-se a limpeza e descontaminação de joias ou óculos de grau.
  • Evite usar equipamentos eletrônicos portáteis (por exemplo, telefones celulares, tablets, laptops, pen drives, cartões de memória, câmeras ou outros dispositivos portáteis, incluindo os utilizados para sequenciamento de DNA/RNA) quando estes não forem especificamente exigidos pelos procedimentos laboratoriais a serem realizados.
  • Guarde os equipamentos eletrônicos portáteis em áreas em que não sejam facilmente contaminados nem possam atuar assim como fômites da infecção. Quando não for possível evitar a proximidade com esses aparelhos, assegure que estes estejam protegidos por uma barreira física ou sejam descontaminados antes de saírem do laboratório.
Procedimentos técnicos de Biossegurança laboratorial
  • Evite a inalação de agentes biológicos. Use boas técnicas para minimizar a formação de aerossóis e gotículas durante a manipulação de amostras.
  • Evite a ingestão de agentes biológicos e o contato com a pele e os olhos.
  • Use luvas descartáveis durante todo o tempo ao manipular amostras.
  • Evite levar as mãos com luvas ao rosto.
  • Use máscara ou outra forma de proteção para a boca, os olhos e o rosto durante procedimentos sujeitos a respingos.
  • Sempre que possível, troque equipamentos de vidro por plástico.
  • Caso use tesouras, estas devem ser rombas ou com pontas arredondadas, e não pontudas.
  • Manuseie com cuidado objetos perfurocortante e agulhas, se necessários, para evitar lesões e injeção de agentes biológicos.
  • Use abridores próprios para o manuseio seguro das ampolas.
  • Nunca recoloque a tampa, corte ou remova agulhas das seringas descartáveis.
  • Descarte materiais perfurocortantes (por exemplo, agulhas, agulhas em seringas, lâminas, cacos de vidro) em caixas próprias para este fim, com tampas lacradas.
Como prevenir a dispersão de agentes biológicos:
  • Coloque as amostras e culturas em recipientes estanques, com as tampas corretamente colocadas, antes de descartá-las em cestos de lixo dedicados;
  • Considere abrir os tubos usando uma toalha/gaze embebida em desinfetante;
  • Descontamine as superfícies de trabalho com desinfetante apropriado no fim dos procedimentos de trabalho ou caso algum material tenha sido derramado ou esteja evidentemente contaminado;
  • Certifique-se de usar um desinfetante com eficácia contra o patógeno em questão, e deixe-o em contato com os materiais infecciosos por tempo suficiente até a inativação completa do agente.
Qualificação e treinamento de funcionários
Treinamento geral de familiarização e conscientização de Biossegurança laboratorial.

O treinamento geral deve incluir uma introdução ao espaço do laboratório, códigos de conduta, diretrizes locais, manuais de segurança, avaliações de risco, requisitos legais e procedimentos de resposta de emergência.

Treinamento para funções e trabalhos específicos
  • Os requisitos de treinamento podem variar de acordo com as funções do cargo. No entanto, em geral, todos os funcionários envolvidos na manipulação de agentes biológicos devem ser treinados em Boas práticas e procedimentos para laboratórios de microbiologia.
  • A avaliação de competência e proficiência deve ser usada e verificada antes que o funcionário possa trabalhar de forma autônoma, com revisão e atualização periódica dos conhecimentos.
  • Informações relevantes, bem como novos procedimentos, devem ser atualizadas e divulgadas aos funcionários envolvidos.
Treinamento de segurança
  • Todos os funcionários devem estar cientes dos perigos existentes no laboratório e dos riscos associados;
  • Procedimentos de trabalho seguros;
  • Medidas de segurança;
  • Preparação e resposta a emergências.
Projeto do laboratório
  • O espaço deve ser amplo, com um lavatório dedicado para lavagem das mãos e restrição de acesso apropriada;
  • As portas devem estar corretamente identificadas, e as paredes, pisos e móveis do laboratório devem ser lisos, fáceis de limpar, impermeáveis a líquidos e resistentes aos produtos químicos e desinfetantes normalmente usados no laboratório;
  • A ventilação, quando disponível (incluindo sistemas de aquecimento/resfriamento e, especialmente, ventiladores/unidades locais de ar condicionado do tipo split – principalmente quando reformados) deve garantir que os fluxos de ar não comprometam a segurança do trabalho. Devem-se considerar a velocidade e a direção do fluxo de ar resultante, e fluxos turbulentos devem ser evitados; isso aplica-se também à ventilação natural.
  • O espaço e as instalações do laboratório devem ser adequados e apropriados para a manipulação e armazenamento seguros de materiais infecciosos e outros materiais perigosos, bem como produtos químicos e solventes.
  • Os locais para consumo de alimentos e bebidas devem ficar fora do laboratório, e deve haver um local para serviços de primeiros socorros.
  • Métodos apropriados de descontaminação de resíduos, por exemplo, desinfetantes e autoclaves, devem estar disponíveis e próximos ao laboratório.
  • A gestão dos resíduos deve ser considerada no projeto do laboratório.
  • Os sistemas de segurança devem cobrir incêndios, emergências elétricas e instalações de emergência/resposta a incidentes, com base na avaliação de risco.
  • O fornecimento de energia elétrica deve ser confiável e adequado, e a iluminação deve permitir a saída segura do local.
  • Situações de emergência devem ser consideradas no projeto, conforme a avaliação de risco local, bem como o contexto geográfico/meteorológico.
Recebimento e armazenagem de amostras
  • Toda amostra recebida pelo laboratório deve vir acompanhada de informações suficientes para identificar do que se trata a amostra, quando e onde ela foi colhida ou preparada e quais testes e/ou procedimentos (se houver) devem ser realizados.
  • Considere a possibilidade de desembalar os itens dentro da cabine de biossegurança. Os responsáveis por desembalar e receber as amostras devem ser devidamente treinados e conscientizados dos perigos envolvidos; como adotar as precauções necessárias segundo as normas de GMPP descritas anteriormente; como manipular recipientes quebrados ou com vazamento; e como solucionar derramamentos e usar desinfetantes para eliminar possíveis contaminações.
  • As amostras devem ser armazenadas em recipientes com a resistência, integridade e volume adequados para contê-las à prova de vazamentos quando a tampa ou rolha estiver colocada corretamente, feitos de plástico sempre que possível, livres de qualquer material biológico no exterior da embalagem, corretamente rotulados, marcados e registrados para facilitar a identificação e feitos de material apropriado para o tipo de armazenamento exigido.
  • Os métodos de inativação devem ser devidamente validados toda vez que uma etapa de inativação for necessária antes que as amostras sejam transferidas para outras áreas para manipulação adicional como, por exemplo, análise de PCR.
Descontaminação e gestão de resíduos
  • Qualquer superfície ou material que tenha ou possa ter sido contaminado por agentes biológicos durante as operações deve ser devidamente desinfetado para controlar o risco de infecção.
  • Devem ser adotados processos adequados de identificação e segregação de materiais contaminados antes que estes sejam descontaminados ou descartados.
  • Caso não seja possível realizar a descontaminação na área do laboratório ou no local, o lixo contaminado deve ser embalado conforme aprovado (ou seja, em recipiente estanque) para ser transferido a outro local com capacidade de descontaminação.
Equipamentos de proteção individual para garantir a Biossegurança laboratorial
Aventais
  • Devem ser usados aventais no laboratório para prevenir que as roupas pessoais sejam atingidas por respingos ou contaminadas por agentes biológicos;
  • Os aventais devem ter mangas longas, preferencialmente com punhos justos ou com elásticos, e devem ser usados fechados.
  • Nunca arregace as mangas;
  • Os aventais devem ser suficientemente longos para cobrir os joelhos, mas não podem arrastar no chão.
  • O cinto do avental deve ficar amarrado durante o trabalho no laboratório.
  • Sempre que possível, o tecido do avental deve ser resistente a respingos, e sobreposto de modo a formar uma frente sólida.
  • Os aventais devem ser usados apenas em áreas designadas.
  • Quando não estiverem sendo usados, os aventais devem ser guardados corretamente; não devem ser pendurados por cima de outros aventais, ou nos armários dos vestiários, ou em cabides com itens pessoais.
Luvas
  • Luvas descartáveis apropriadas devem ser usadas para todos os procedimentos que possam envolver contato planejado ou acidental com sangue, fluidos corporais ou outros materiais potencialmente infecciosos.
  • Não devem ser desinfetadas ou reutilizadas, já que a exposição a desinfetantes e o uso prolongado ameaçam a integridade das luvas e reduzem a proteção proporcionada ao usuário.
  • As luvas devem sempre ser inspecionadas antes do uso quanto à sua integridade.
Óculos de segurança
  • Óculos de segurança, máscaras do tipo face shield (com viseira) e outros equipamentos de proteção devem ser usados sempre que for necessário proteger os olhos e o rosto de respingos, impacto com objetos ou radiação ultravioleta artificial.
  • O protetor ocular pode ser reutilizado, mas deve ser lavado regularmente, após cada uso.
  • Caso seja atingido por respingos, o protetor ocular deve ser descontaminado com um desinfetante apropriado.
Sapatos
  • É exigido o uso de sapatos no laboratório, de um modelo que minimize a possibilidade de escorregões e tropeços, e possa reduzir a probabilidade de lesão causada por objetos em queda e exposição a agentes biológicos.
Proteção Respiratória para Biossegurança laboratorial
  • A proteção respiratória geralmente não faz parte dos requisitos fundamentais. Nesse contexto em particular, entretanto, uma avaliação de risco local deve ser realizada para determinar se o uso de proteção respiratória é necessário, principalmente quando os procedimentos que podem gerar aerossóis e gotículas são realizados fora da cabine de biossegurança, por exemplo, centrifugação, manipulação de amostras com vazamento e procedimentos que possam resultar em respingos (por exemplo, carga e descarga de canecos vedados de centrífuga, trituração, misturação, agitação vigorosa, sonicação, abertura de recipientes de materiais infecciosos cuja pressão interna possa ser diferente da pressão ambiente).
Equipamentos de laboratório
  • Quando usado efetivamente e junto com as normas de GMPP, o uso seguro dos equipamentos de laboratório ajudará a minimizar a probabilidade de exposição dos funcionários durante a manipulação de agentes biológicos.
  • Para que os equipamentos reduzam efetivamente os riscos, a administração do laboratório deve garantir que haja espaço suficiente para que sejam usados. Deve haver orçamento apropriado disponível para a operação e manutenção dos equipamentos, inclusive aqueles incorporados no projeto do laboratório, que devem vir acompanhados de especificações que descrevam suas características de segurança.
  • Todos os funcionários que operam ou realizam manutenção de equipamentos devem ser corretamente treinados e demonstrar sua proficiência.
Plano de emergência/ resposta a incidentes para Biossegurança laboratorial

Mesmo que o trabalho seja de baixo risco e todos os requisitos fundamentais estejam sendo cumpridos, ainda podem ocorrer incidentes.

Para reduzir a probabilidade de exposição/liberação de um agente biológico, ou reduzir as consequências de tais incidentes, um plano de contingência deve ser elaborado para garantir a Biossegurança laboratorial, com os procedimentos operacionais padrão (POPs) a serem seguidos em possíveis situações de emergência que se aplicam ao trabalho e ao ambiente local.

Os funcionários devem ser treinados nesses procedimentos e receber atualizações periódicas para manutenção de seus conhecimentos. Assim como:

  • Kits de primeiros socorros, incluindo insumos médicos, assim como frascos lava-olhos e curativos, devem estar disponíveis e facilmente acessíveis aos funcionários. Esses materiais devem ser periodicamente verificados para garantir que estejam dentro da validade e disponíveis em quantidade suficiente.
  • Todos os incidentes devem ser reportados aos funcionários designados no menor tempo possível. Deve-se manter um registro por escrito dos acidentes e incidentes, de acordo com os regulamentos nacionais, quando aplicáveis. Todo incidente deve ser reportado e investigado assim que possível, e usado para atualizar procedimentos laboratoriais e planos de resposta de emergência.
  • Kits para derramamentos, incluindo desinfetante, devem estar facilmente acessíveis aos funcionários. Dependendo do tamanho, localização concentração ou volume do derramamento, podem ser necessários diferentes protocolos.
  • Procedimentos por escrito para limpeza e descontaminação de derramamentos devem ser elaborados para o laboratório, e a equipe deve ser corretamente treinada.
Saúde ocupacional e a Biossegurança laboratorial
  • O empregador, por meio do diretor do laboratório, deve garantir que a saúde dos funcionários do laboratório seja devidamente checada e reportada.
  • Exames médicos ou informações de estado de saúde dos funcionários do laboratório podem ser necessários para garantir a segurança do trabalho no local e também a Biossegurança laboratorial.

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COVID-19 | Manual de atendimento de idosos nas instituições de longa permanência

Considerando que a Organização Mundial da Saúde, no dia 11 de março de 2020, declarou que a COVID-19, nova doença causada pelo novo Coronavírus (COVD-19), é uma pandemia;

Considerando também que a sua letalidade varia, principalmente, conforme a faixa etária e condições clínicas associadas. Segundo CDC China Weekly Acesed, Feb. 20, a letalidade provocada pela COVID-19 por faixa etária na China está entre 3,6% em pacientes entre 60 e 69 anos, podendo chegar a 14,8% em pacientes acima ou igual a 80 anos.

A Sanders do brasil, está disponibilizando esse manual a fim de orientar sobre a assistência à pessoa idosa nas Instituições de longa permanência no manejo e controle da infecção COVID-19.

Orientações Gerais

Os idosos, idade acima de 60 anos, especialmente portadores de comorbidades como diabetes, obesidade, hipertensão arterial, doenças do coração, pulmão e rins, doenças neurológicas, em tratamento para câncer, portadores de imunossupressão entre outras, e aqueles com mais de 80 anos e portadores
de síndrome de fragilidade, adotem medidas de restrição de contato social.

Assim, devem evitar aglomerações ou viagens, e contato com qualquer pessoa e contatos íntimos com crianças.
O atendimento às pessoas idosas deve ser realizado preferencialmente em domicílio evitando-se a exposição coletiva em serviços de saúde.

Idosos frequentemente são assistidos por cuidadores e profissionais de saúde.

Tais profissionais, se apresentarem sintomas de gripe, devem evitar contato com seus pacientes e se houver qualquer dúvida sobre o contágio devem poupar os atendimentos.

Idosos que vivem em instituições de longa permanência (ILPIs) representam grupo de alto risco para complicações pelo vírus, uma vez que tendem a ser mais frágeis. Para estes, deve-se EVITAR visitas para reduzir o risco de transmissão, evitar sair da instituição, evitar atividades em grupo e redobrar os cuidados com a higiene.

O profissional que atende a este público deve ter excesso de cuidado nas medidas de higiene.

Devemos ainda alertar e reforçar toda a população de que as medidas preventivas mais eficazes para reduzir a capacidade de contágio do coronavírus são:

  • “etiqueta respiratória”;
  • higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel a 70%;
  • buscar manter a distância mínima de 2 m entre leitos, identificação e isolamento respiratório dos acometidos pelo vírus e uso dos EPIs (equipamentos de proteção individual) pelos profissionais de saúde.
Assim, devem-se adotar rotineiramente as seguintes medidas de prevenção:
Na identificação de trabalhadores com sintomas respiratórios na instituição:
  • Solicitar que o trabalhador faça uso da máscara imediatamente;
  • Afastá-lo imediatamente das suas atividades;
  • Verificar, por telefone, se a unidade de saúde mais próxima receberá este paciente ou se deslocará profissionais da saúde até o estabelecimento, para a elucidação diagnóstica (coleta de material caso necessário) e encaminhamentos complementares;
  • Comunicar à vigilância epidemiológica local a ocorrência de suspeita de caso(s) de infecção humana pelo novo coronavírus (COVID-19).
Na ocorrência de trabalhadores com diagnóstico de infecção pelo coronavírus (COVID-19) confirmado:
  • De acordo com as normas vigentes, afastar o funcionário pelo prazo determinado de acordo com a recomendação médica;
  • Manter ventilação natural nos ambientes e diminuir o uso de condicionadores de ar ao estritamente necessário.

No manejo de residentes com sintomas respiratórios:

  • Na presença de febre e/ou outros sintomas respiratórios, verificar por telefone se a unidade de saúde mais próxima receberá este paciente ou se deslocará profissionais da saúde até o estabelecimento, para a elucidação diagnóstica (coleta de material caso necessário) e encaminhamentos complementares;
  • Comunicar à vigilância epidemiológica local a ocorrência de suspeita de caso(s) de infecção humana pelo coronavírus (COVID-19);
  • Aos estabelecimentos que dispõem de profissional de saúde em seus quadros profissionais, fica obrigatória a notificação dos casos suspeitos, à vigilância epidemiológica local;
  • Seguir as recomendações de uso de máscara e as medidas padrão de controle;
  • Se possível, manter o residente em quarto privativo até elucidação diagnóstica, ou agrupar os casos suspeitos em um mesmo quarto;
  • Restringir a permanência nos ambientes de atividades coletivas (refeitórios, salas de jogos, etc.) até elucidação diagnóstica;
  • Manter ventilação natural nos ambientes e diminuir o uso de condicionadores de ar ao estritamente necessário.
Avaliação clínica inicial:
  • Procurar sinais de gravidade: dispnéia, desconforto respiratório, saturação da hemoglobina pelo oxigênio menor de 95% ou exacerbação de doença preexistente=iniciar medidas de suporte e encaminhar para internação (leito na instituição ou no serviço de referência regional, através da regulação);
  • Se sinais de choque, insuficiência respiratória ou instabilidade hemodinâmica, iniciar medidas de suporte e encaminhamento imediato para vaga de UTI (leito na instituição ou no serviço de referência regional, através da regulação;
  • Caso paciente se enquadre na definição de caso suspeito e não tenha sinais de gravidade, tenha sido notificado para a vigilância epidemiológica e realizada a coleta de material para diagnóstico etiológico, tenha recebido tratamento para comorbidades, descompensação respiratória outros vírus respiratórios (oseltamivir, enquanto influenza for o vírus predominante na identificação pela vigilância laboratorial), o mesmo deve receber orientações gerais sobre manter-se em isolamento domiciliar e cuidados com sua saúde.
No manejo de residentes com diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) confirmado:
  • Manter o residente em quarto privativo, ou agrupar os residentes com diagnóstico confirmado para COVID-19 dentro do mesmo quarto.Restringir a permanência nos ambientes de atividades coletivas (refeitórios, salas de jogos, etc.);
  • Quando em ambientes de circulação e em transporte, fazer uso de máscara cirúrgica;
  • Reforçar os procedimentos de higiene e desinfecção de utensílios do residente, equipamentos médicos e ambientes de convivência;
  • Restringir o uso de lenços de pano para higiene respiratória, fornecendo lenços de papel descartáveis que sejam trocados com frequência pela equipe da ILPI.
Instituir as medidas de precaução, conforme segue:
  • Lavar com água e sabonete ou friccionar as mãos com álcool a 70% (se as mãos não estiverem visivelmente sujas) antes e após o contato com o residente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções;
  • Durante a assistência direta ao residente utilizar luvas, óculos, máscara, gorro e/ou avental descartável conforme exposição ao risco. Colocá-los imediatamente antes do contato com o residente ou com as superfícies e retirá-los logo após o uso, higienizando as mãos em seguida;
  • Equipamentos como termômetro, esfigmomanômetro e estetoscópio preferencialmente, devem ser de uso exclusivo do paciente. Caso não seja possível, promover a higienização dos mesmos com álcool 70% ou outro desinfetante indicado para este fim imediatamente após o uso.
No acesso de visitantes:
  • Restringir o acesso de visitantes com febre até elucidação diagnóstica;
  • Proibir o acesso de visitantes com sintomas respiratórios e ou diagnóstico confirmado para influenza ou COVID-19.
Das medidas padrão de controle:
  • Determinar uso de máscara aos funcionários assintomáticos que trabalham em outras instituições onde há pacientes diagnosticados com o COVID-19;
  • Divulgar e reforçar medidas de higiene das mãos – com preparação alcoólica ou água e sabonete líquido (ou espuma) – para funcionários, visitantes e residentes;
  • Disponibilizar dispensadores com preparação alcoólica nos principais pontos de assistência e circulação;
  • Divulgar e reforçar a etiqueta respiratória – se tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com cotovelo flexionado ou lenço de papel – para funcionários, visitantes e residentes, bem como evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas;
  • Sempre que possível, manter os ambientes ventilados naturalmente (portas e/ou janelas abertas);
  • Reforçar os procedimentos de higiene e desinfecção de utensílios, equipamentos e ambientes de convivência;
  • Atualizar a situação vacinal para influenza e doença pneumocócica conforme indicação, para residentes e funcionários;
  • Restringir o uso de utensílios compartilhados como: copos, xícaras, garrafas de água, etc.
Uso de máscaras:
  • Usar máscara cirúrgica é uma das medidas de prevenção para limitar a propagação de doenças respiratórias, incluindo a COVID-19. No entanto, apenas o uso da máscara cirúrgica é insuficiente para fornecer o nível seguro de proteção;
  • Outras medidas igualmente relevantes devem ser adotadas, como a higiene das mãos com água e sabonete (líquido ou espuma) ou preparação alcoólica antes e após a utilização das máscaras;
  • Usar máscaras quando não indicado pode gerar custos desnecessários e criar uma falsa sensação de segurança. Além disso, a máscara deve estar apropriadamente ajustada à face e ser sistematicamente substituída para garantir sua eficácia e reduzir o risco de transmissão.
  • Todos os profissionais devem ser orientados sobre como usar, remover, descartar e na ação de higiene das mãos antes e após o uso.
Para o uso correto de máscaras:
  • Colocar a máscara cuidadosamente para cobrir a boca e o nariz e amarrar com segurança, para minimizar os espaços entre a face e a máscara;
  • Enquanto estiver em uso, evitar tocar na máscara;
  • Remover a máscara usando a técnica apropriada (ou seja, não tocar na frente, mas remover soltando as amarras);
  • Após a remoção, ou sempre que tocar inadvertidamente na máscara usada, higienizar as mãos usando preparação alcoólica ou água e sabonete líquido (ou espuma);
  • Descartar imediatamente a máscara após a remoção, não sendo permitido reutilizar máscaras descartáveis;
  • Caso a máscara fique úmida, substituir por uma nova, limpa e seca;
  • Máscaras de tecido (por exemplo, algodão ou gaze) não são recomendadas para esses ambientes.
  • As orientações contidas nesta recomendação técnica devem ser impressas e expostas nos locais de maior circulação da ILPI.
Pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por COVID-19 com sinais e sintomas que permitam assistência domiciliar devem seguir as seguintes recomendações:
  • Manter o paciente em quarto individual bem ventilado. Caso não seja possível manter em quarto privativo, manter a distância de pelo menos um metro da pessoa doente;
  • Limitar o número de cuidadores e não receber visitas;
  • Limitar a circulação do paciente e verificar se ambientes compartilhados (ex.: cozinha, banheiro) são bem ventilados (manter as janelas abertas);
  • O cuidador deve usar máscara cirúrgica bem ajustada ao rosto quando estiver na mesma sala e durante a manipulação da pessoa doente. As máscaras não devem ser tocadas ou manuseadas durante o uso. Se a máscara ficar molhada ou suja com secreções, deve ser trocada imediatamente;
  • Descartar a máscara cirúrgica imediatamente após o uso, sem tocar na superfície externa, e realizar a higiene das mãos com água e sabonete ou produto alcoólico após a remoção da máscara;
  • Ao realizar higiene das mãos com água e sabonete, utilizar, preferencialmente toalhas de papel descartáveis para secar as mãos. Caso toalhas de papel descartáveis não estejam disponíveis, usar toalhas de pano e trocar quando ficarem molhada;
  • Os cuidados de medida preventiva (etiqueta respiratória) devem ser praticados por todos, cuidadores e pacientes. Cobrir a boca e o nariz durante a tosse e espirros, usando máscara cirúrgica, lenços de papel ou cotovelo flexionado, seguido de higiene das mãos;
  • Descartar os materiais usados para cobrir a boca e o nariz imediatamente após o uso;
  • Evitar o contato direto com fluidos corporais, principalmente os orais, ou secreções respiratórias e fezes;
EPI’s e Materiais pessoais
  • Usar luvas descartáveis para fornecer cuidados orais ou respiratórios e quando manipular fezes, urina e resíduos. Realizar a higiene das mãos antes e depois da remoção das luvas;
  • Luvas, máscaras e outros resíduos gerados pelo paciente ou durante os cuidados com o paciente devem ser colocadas em lixeira com saco de lixo no quarto da pessoa doente antes do descarte com outros resíduos domésticos;
  • Evitar o compartilhamento de escovas de dente, talheres, pratos, bebidas, toalhas ou roupas de cama, tereré, chimarrão e narguilé;
  • Talheres e pratos devem ser limpos com água e sabão ou detergente comum após o uso e podem ser reutilizados;
Superfícies
  • Limpar e desinfetar as superfícies frequentemente tocadas, como mesas de cabeceira, quadros de cama e outros móveis do quarto do paciente diariamente com desinfetante doméstico comum;
  • Limpar e desinfetar as superfícies do banheiro pelo menos uma vez ao dia com desinfetante doméstico comum;
  • Roupas limpas e sujas, roupas de cama, toalhas de banho e de mão do paciente devem ser lavadas com água e sabão comum. Evitar agitar a roupa suja;
  • Usar luvas descartáveis e roupas de proteção (por exemplo, aventais de plástico). Retirar o avental antes da remoção das luvas e realizar higiene das mãos imediatamente após;
  • Considerando as evidências limitadas de transmissão pessoa a pessoa, indivíduos que podem ter sido expostos a casos suspeitos de infecção por COVID-19 (incluindo cuidadores e trabalhadores de saúde) devem ser aconselhados a monitorar sua saúde por 14 dias, a partir do último dia do possível contato, e procurar atendimento médico imediato se desenvolver quaisquer sintomas, particularmente, febre, tosse ou falta de ar;
  • Contatos sintomáticos devem entrar em contato com o serviço de saúde informando sua chegada e durante o transporte até a unidade de saúde usar máscara cirúrgica o tempo todo e evitar utilizar transporte público. É aconselhado chamar uma ambulância ou utilizar veículo privado com boa ventilação;
  • Álcool gel é uma das alternativas para assepsia, mas lavar as mãos frequentemente com produtos surfactantes, como sabão, detergente, sabonete líquido ou em barra e até shampoos.
Sanders

A Sanders do Brasil possui soluções para biossegurança, como autoclaves, lavadoras ultrassônicas, reprocessadoras de endoscópios, termodesinfectoras, entre outros, todos equipamentos destinados a segurança do paciente e dos operadores.
Conheça nossas linhas de produtos, acesse nosso site: www.sandersdobrasil.com.br

Referência: MATO GROSSO DO SUL. Governo do Estado. MANUAL DE CONDUTAS PARA ENFRENTAMENTO DO COVID-19: MANUAL DE CONDUTAS PARA ENFRENTAMENTO DO COVID-19. 2020. Disponível em: https://www.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/Manual-de-Condutas-corrigido-15.04.2020.pdf. Acesso em: 04 abr. 2020.

Higienização no Combate ao Coronavírus

O novo Coronavírus (ncov-2019) foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na china.

Aqui no Brasil, em 22 de janeiro, ministério da saúde ativou o centro de operações de emergências em saúde pública.

Assim, sendo o coronavírus um problema de todos, trazemos neste post as orientações sobre higienização de mãos e limpeza e desinfecção de superfícies encontradas no boletim epidemiológico, elaborado pelo ministério da saúde – infecção humana.

Portanto a esterilização de materiais médico-hospitalares é o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, sejam bactérias, vírus e fungos, mediante a aplicação de agentes físicos, químicos e físico-químicos.

Higienização De Mãos

Entre as medidas de prevenção padrão estão as já conhecidas precauções para prevenir a propagação do Coronavírus, bem como a higienização de mãos, seguindo as ações abaixo:

  • Proceder à frequente higienização das mãos, por pelo menos 20 segundos;
  • Utilizar as preparações alcoólicas para higienização das mãos, a base de álcool 70% (gel, spray) para uso frequente;
  • Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
  • Cobrir com um lenço de papel boca e nariz ao tossir ou espirrar;
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Limpeza E Desinfecção De Superfícies E Equipamentos

Os princípios básicos para a limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos em serviços de saúde são a seguir descritos no Manual da Anvisa para a Limpeza e Desinfecção de superfícies, destacando-se:

  • Realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos e produtos para saúde que tenha sido utilizado na assistência ao paciente.
  • O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve ser apropriado para a atividade a ser exercida.
  • Nunca varrer superfícies a seco, pois esse ato favorece a dispersão de microrganismos que são veiculados pelas partículas de pó. Utilizar a varredura úmida, que pode ser realizada com mops ou rodo e panos de limpeza de pisos.
  • Para a limpeza de pisos, devem ser seguidas as técnicas de varredura úmida, ensaboar, enxaguar e secar.
  • Para pacientes em isolamento de contato, recomenda-se exclusividade no kit de limpeza e desinfecção de superfícies. Utilizar, preferencialmente, pano de limpeza descartável.
  • Todos os equipamentos deverão ser limpos a cada término da jornada de trabalho.
  • A frequência de limpeza das superfícies pode ser estabelecida para cada serviço, de acordo com o protocolo da instituição.
  • Dar atenção especial às superfícies mais tocadas pelas mãos, assim como, maçanetas, corrimãos, objetos de uso manual, etc.
Uso Exclusivo de Equipamentos

Sempre que possível, equipamentos, produtos para saúde ou artigos utilizados na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (2019-nCoV) devem ser de uso exclusivo, assim como no caso de estetoscópios, esfigmomanômetro e termômetros.

Caso não seja possível o seu uso exclusivo, todos os produtos utilizados nestes pacientes devem ser limpos e desinfetados ou esterilizados antes de serem utilizados em outros pacientes.

A Sanders do Brasil possui soluções para biossegurança, como autoclaves, lavadoras ultrassônicas, reprocessadoras de endoscópios, termodesinfectoras, entre outros, todos equipamentos destinados a segurança do paciente e dos operadores.
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Coronavírus: Confira informações e saiba como se prevenir

Com o objetivo de disseminar informações relevantes das autoridades de saúde a respeito do novo coronavírus, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) disponibiliza as orientações e os cuidados para prevenir e evitar a propagação da doença.

Confira abaixo os principais esclarecimentos sobre o tema, que têm como base dados divulgados e atualizados pelo Ministério da Saúde:

O que é o coronavírus?

Trata-se de um vírus que causa doença respiratória pelo agente coronavírus, com casos originados na China e que vêm se disseminando rapidamente em outros países. 

É uma doença nova? Porque devo me preocupar? 

O novo coronavírus 2019-nCoV, é uma mutação da família coronavírus, conhecida desde os anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais.

Geralmente causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. 

Portanto trata-se de uma doença perigosa pela velocidade de disseminação e a capacidade de combatê-la.

A transmissão

As investigações sobre a transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação da doença se dá por contato próximo de pessoa por pessoa.

Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos.

Ainda não está claro com que facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa. Além disso, a transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:

  • Gotículas de saliva;
  • Espirro;
  • Tosse;
  • Catarro;
  • Contato pessoal próximo, bem como toque ou aperto de mão;
  • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Os sintomas do coronavírus 

Os sintomas são semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, assim como as pneumonias.

Os principais são indícios são:

  • Febre
  • Tosse
  • Dificuldade para respirar

Vale destacar que o vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

O tratamento 

Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano.

É recomendado repouso e consumo de bastante água.

Outras medidas também devem ser adotadas para aliviar os sintomas, dependendo de cada caso, como, por exemplo:

  • Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos);
  • Uso de humidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse.
Importante:
  • Ao surgirem os primeiros sintomas, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.
A prevenção

Entre as medidas preventivas estão:

  • Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
  • Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, bem como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
  • Evitar contato próximo, bem como, com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Importante: 
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem disseminação de secreções respiratórias assim como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

O Ministério da Saúde brasileiro tem divulgado informações sobre casos suspeitos que estão sendo investigados no país. Clique aqui para acessar.

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Fonte: ANS